A SECA JÁ AFETOU A NOSSA ECONOMIA
Seca é o principal motivo da queda de 1%
do PIB do
Brasil, diz FMI
Redação
Um dos principais rios do Sudeste quase seco: RIO GRANDE - entre Minas Gerais e São Paulo, na altura de Colômbia (SP) - Maio de 2014 |
Pelo quinto ano consecutivo, os países emergentes devem
reduzir sua previsão de crescimento. De acordo com o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI),
divulgado nesta terça-feira (14 de abril), o Produto Interno Bruto (PIB) do
bloco deve crescer apenas 4,3% em 2015. No
Brasil, a crise hídrica é um dos fatores responsáveis pela queda do PIB, que
deve encolher 1% este ano.
O relatório do FMI ressalta "quatro anos consecutivos
de más surpresas" dos países do BRICS. O crescimento do bloco vem
encolhendo nos últimos anos : 4,3% previstos para 2015, 4,6% em 2014 e 5% em
2013.
Os especialistas apontam dois principais motivos para o mau desempenho:
·
a desaceleração
da economia da China (6,8% este ano e 6,3% previstos para 2016) e
·
o recuo
do PIB do Brasil, que deve diminuir 1% em 2015. O resultado do país é o
pior desde 1990, quando a economia brasileira encolheu 4,2%.
A seca, que prejudicou a distribuição de água e energia no
país, é a principal causa do recuo da economia brasileira. Para o FMI, o
controle do déficit fiscal e a redução da inflação podem contribuir no
restabelecimento da confiança dos investidores.
Pior que o Brasil, só a Venezuela
Na América do Sul, apenas a Venezuela deve se sair pior do
que o Brasil, com uma desaceleração de
7% este ano. Também enfrentando uma grave crise econômica, a Argentina deve registrar uma queda de
0,3% de seu PIB em 2015. A América Latina, bloco que tem países emergentes
com as piores economias, registra um crescimento de 0,9% em 2015.
Dos outros países do BRICS, a Rússia também recua: 3,8% em
2015 e 1,1% em 2016. Dos que registram crescimento, a África do Sul deve contar
com um aumento de 2% de seu PIB este ano e 2,1% em 2016.
O melhor resultado do grupo foi obtido pela Índia que para este ano e o próximo tem uma previsão de crescimento de 7,5%.
Fora do BRICS, a Nigéria se
posiciona como o novo motor econômico do continente africano, com uma previsão de aumento de 4,8% de seu PIB em
2015 e 5% em 2016.
Fonte: Radio France
Internationale (rfi) Português – Economia/Brasil – 14 de abril de 2015 – Internet:
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