«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Aumenta o desemprego

Celso Ming

O desemprego aumentou e deve aumentar ainda mais;
foi o que mostrou a nova Pesquisa por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE

O nível de desocupação no período de três meses (trimestre móvel) terminado em fevereiro atingiu 7,4%. É um número mais alto do que os 6,8% apresentados no mesmo período do ano passado e do que os 6,5% do trimestre terminado em novembro.

Quem não está habituado com as danças estatísticas desta área no Brasil deve estar um tanto confuso. No mês passado, o mesmo IBGE avisou que o nível do desemprego foi de 5,9%. Mas outras pesquisas também sugerem situação pior do que essa.

Essa diferença se deve não só a universos diferentes de medida, mas também a metodologias diferentes. O levantamento mais conhecido é a Pesquisa Mensal de Emprego feita pelo IBGE. Avalia a ocupação de um mês para outro com metodologia equivalente à praticada no resto do mundo, mas com uma limitação: restringe a pesquisa a apenas seis regiões metropolitanas do Brasil. Já a Pnad Contínua é feita em âmbito nacional e mede o desemprego por trimestres móveis, mas não submete os resultados a ajustes sazonais.

Há, também, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontado mensalmente pelo Ministério do Trabalho, que avalia apenas o vaivém dos contratos de trabalho com carteira assinada. Ficam de fora a ocupação informal (mercado paralelo) e o trabalho autônomo. E tem ainda o Dieese, organismo financiado por sindicatos, cuja pesquisa incorpora o chamado trabalho precário. Sua limitação é a de que se restringe à Grande São Paulo.

Independentemente dessas diferenças, são duas as novidades apontadas pela pesquisa da Pnad Contínua:

·        A primeira é a intensificação das dispensas de pessoal a partir de janeiro, não só porque foi tempo de férias e o comércio fica mais fraco depois das vendas de Natal, mas, também, porque a crise e o ajuste fiscal empurraram as empresas ao corte de custos.
·        A outra novidade é a de que há muito mais gente procurando trabalho, além dos que perderam o emprego ou dos que estão chegando agora ao mercado. É uma situação que reflete dois movimentos:

*        O primeiro é a redução de vagas de trabalho já mencionada. Quem acompanha o noticiário vem notando o aumento da frequência das dispensas de pessoal pelas empresas. E o Caged mostra há alguns meses que se fecham mais postos de trabalho do que se abrem no País.
*        O outro movimento é a queda do poder aquisitivo da população em consequência da inflação aliada ao aumento da insegurança com o emprego. É fator que empurra mais gente da família à procura de reforço do orçamento doméstico.

Aparentemente contraditória é a informação de que a massa de rendimento real do trabalhador vem aumentando, num quadro de aumento do desemprego. Uma explicação para isso pode ser a concentração dos reajustes salariais neste período.

Enfim, a situação do emprego deve piorar antes de começar a melhorar.

CONFIRA:

A tabela [ao lado] mostra como evoluiu a avaliação da qualidade da dívida do Brasil pela agência Fitch.

Esperar para ver

A Fitch anunciou nesta quinta-feira [09/04/2015] que colocou “em perspectiva negativa” a avaliação dos títulos do Brasil. A decisão foi recebida com alívio, porque foi entendida como voto de confiança na política de ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy. Na prática é uma atitude de esperar para ver. Mesmo se, dentro de um prazo de até 18 meses, a dívida do Brasil vier a ser rebaixada, ainda assim manterá (no último degrau) o nível de investimento.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia – Sexta-feira, 10 de abril de 2015 – Pg. B2 – Internet: clique aqui.

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