«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

PENA DE MORTE CRESCEU 28% EM 2014

WILSON TOSTA

De acordo com relatório anual produzido pela Anistia Internacional, 2.466 condenações foram decretadas no ano passado em 22 países
Em todo o mundo, 2.466 pessoas foram condenadas à morte em 2014, segundo relatório da Anistia Internacional [AI] divulgado na terça-feira. O número representa um aumento de 28% em relação a 2013. O texto aponta, porém, que ocorreram menos execuções no ano passado do que no anterior. Foram 607, queda de 22% com relação a 2013.

O país com mais penas capitais cumpridas e oficialmente divulgadas foi o Irã, com 289 casos. Os números não incluem a China, onde o assunto, segundo a AI, é segredo de Estado. Lá, diz a entidade, houve mais execuções no período do que em todos os demais países somados.

Nos dois anos comparados, o número de países em que condenações à morte foram cumpridas não se alterou. Foram 22, mas não os mesmos, afirma a AI no relatório Sentenças de Morte e Execuções 2014.

"Sete países que executaram em 2013 não o fizeram em 2014 (Bangladesh, Botsuana, Indonésia, Índia, Kuwait, Nigéria e Sudão do Sul), ao passo que outros sete retomaram as execuções (Bielo-Rússia, Egito, Guiné Equatorial, Jordânia, Paquistão, Cingapura e Emirados Árabes Unidos)", diz o documento.

Segundo o texto, em "2009, a Anistia deixou de publicar suas estimativas sobre o uso da pena de morte na China". Em vez disso, a organização afirma estar desafiando "as autoridades chinesas a provar suas alegações de que estão atingindo seu objetivo de reduzir a aplicação da pena de morte".

O combate ao terrorismo, ao crime e à instabilidade interna foi usado, de acordo com a Anistia, por "um número alarmante de países" como justificativa para penas capitais. Egito e Nigéria foram responsáveis pelo aumento de quase 500 sentenças de morte decretadas em 2014, em comparação com 2013. Nos dois países, que vivem contextos marcados por conflitos internos e instabilidade política, houve condenações em massa.

"Os governos que utilizam a pena de morte para combater o crime estão se iludindo. Não há evidências que mostram que a ameaça de execução é um impedimento ao crime mais eficiente do que qualquer outra punição", diz Salil Shetty, secretário-geral da Anistia Internacional, em comunicado divulgado pela entidade.

No relatório, a Anistia Internacional, sem apresentar números, afirma acreditar que todo ano milhares de pessoas na China são condenadas à morte e executadas. Isso também teria ocorrido em 2014, o que novamente colocaria o Estado chinês na liderança do ranking.

Em seguida, vem o Irã, onde, além das 289 execuções anunciadas oficialmente, teria havido pelo menos mais 454 penas capitais cumpridas e não reconhecidas pelas autoridades. Outros países líderes foram Arábia Saudita (pelo menos 90 executados), Iraque (pelo menos 61) e os EUA (35).

Há 20 anos, a Anistia Internacional registrou execuções em 41 países - um contraste com os 22 de 2014. Isso mostra uma tendência global para abolição da pena de morte, avalia, em tom otimista, a organização.

A AI considera preocupante o que afirma ser tendência de governos recorrerem à pena capital para enfrentar problemas de segurança nacional. O fenômeno, de acordo com a entidade, foi percebido na China, no Paquistão, no Irã e no Iraque. Nesses locais, houve muitas execuções de acusados de terrorismo. O Paquistão retomou a pena após um ataque do Taleban a uma escola em Peshawar, em dezembro.
Para visualizar melhor o infográfico, clique sobre a imagem
Em 2014, os métodos de execução incluíram decapitação, enforcamento, injeção letal e fuzilamento. Muitos crimes não letais foram punidos com sentença capital. A lista inclui roubo, crimes contra a economia e relacionados a drogas. Também houve condenados a morte por "blasfêmia", "feitiçaria" e "adultério", além de acusações de supostos crimes comuns cometidos por opositores políticos.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Internacional – Quinta-feira, 2 de abril de 2015 – Pg. A10 – Internet: clique aqui.

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