«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

QUATRO NOTÍCIAS DE TIRAR O SONO DOS BRASILEIROS!

Brasil deve ter pior desaceleração da economia
em mais de duas décadas, diz FMI

Altamiro Silva Junior

Relatório do Fundo Monetário Internacional defende que Dilma continue o processo de ajuste fiscal para conter o crescimento da dívida pública
Fachada do edifício-sede do
Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, D.C. - Estados Unidos
O Brasil pode ter em 2015 a pior desaceleração da economia em mais de duas décadas, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI), que volta a recomendar que mesmo com a atividade enfraquecida, a presidente Dilma Rousseff siga em frente com o ajuste fiscal e monetário, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira, 29 de abril, chamado "Perspectiva Econômica Regional: Hemisfério Ocidental".

"O Brasil está passando por sua desaceleração mais grave em mais de duas décadas, mas terá de perseverar com os recentes esforços para conter o aumento da dívida pública e repor a confiança no quadro da política macroeconômica", afirma o FMI no documento. Na reunião de primavera do Fundo, que terminou no último dia 19 em Washington, a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, elogiou o ajuste na economia e ainda recomendou reformas estruturais no Brasil.

A previsão dos economistas do FMI é que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil vai encolher 1% em 2015, um dos piores desempenhos entre as principais economias mundiais. Para 2016, a expectativa é de uma recuperação moderada, com o PIB crescendo 1%.

O aperto na política fiscal que vem sendo conduzido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ajuda a enfraquecer a atividade no curto prazo, mas é "criticamente necessário" para conter a piora da dívida pública e restaurar a confiança dos agentes. "As autoridades agora têm pouca escolha a não ser apertar a política fiscal em meio a uma recessão", afirma o documento. "O ajuste em curso no Brasil é fundamental para evitar a piora da dívida e restaurar a confiança na economia brasileira", disse hoje o diretor do departamento para o Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, ao comentar o relatório.

A mesma análise vale para a alta de juros que vem sendo promovida pelo Banco Central para conter a inflação. O aperto na política monetária desde 2014 é adequado, afirma o documento do FMI. Mesmo com a elevação das taxas, o BC continua enfrentando a tarefa de reforçar a credibilidade do arcabouço de política monetária, já que a inflação persiste em patamar alto, ressalta o texto. A previsão do FMI é que o IPCA suba 8% este ano, acima dos 7,8% em um relatório divulgado pelo FMI durante a reunião de primavera. Para 2016, a previsão é de alta de 5,4%, abaixo dos 5,9% do documento anterior.

O FMI volta a afirmar que vários fatores estão contribuindo para o fraco desempenho da economia brasileira. Entre eles, a baixa confiança dos empresários, que por isso não investem. Além disso, o escândalo de corrupção na Petrobrás é outro fator, que levou a petroleira e empresas do setor a cortar investimentos e ainda contribui para aumentar a incerteza na economia. Pelo lado dos consumidores, o estudo do FMI ressalta que os brasileiros têm segurado os gastos, em meio à inflação alta, expectativa de piora do mercado de trabalho e com os bancos segurando o crédito.

Pelo lado externo, o FMI ressalta que o fim do boom das commodities no mercado internacional, com a desaceleração da economia da China, também contribui para esfriar a atividade no Brasil e em outros países da América Latina.

O FMI avalia que a desaceleração do Brasil e em outros países da América Latina, como o Chile, tem sido pior que o antecipado. As projeções de expansão do PIB brasileiro vêm sendo rebaixadas a cada novo documento divulgado pela instituição desde 2012.

Para conhecer e entender melhor as medidas do ajuste fiscal
que o governo Dilma vem fazendo, clique aqui.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Economia & Negócios – 29 de abril de 2015 – 14h09 – Internet: clique aqui.

Em março, desocupação atingiu o maior nível desde maio de 2011 e a renda real teve a queda mensal mais acentuada em 12 anos

Idiana Tomazelli e Carla Araújo

Taxa de desemprego sobe para 6,2%
Em frente ao prédio do Ministério do Trabalho, no centro do Rio de Janeiro,
fila para obter carteira profissional e seguro-desemprego.
Foto: Adriana Lorete / O Globo/ 16-03-2015
O mercado de trabalho parou de absorver o número cada vez maior de pessoas que buscam trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do país. Pelo contrário, há registro de demissões, e o resultado dessa combinação é o aumento da taxa de desemprego para 6,2% em março – a maior desde maio de 2011, informou nesta terça-feira (28/04) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Houve ainda uma queda de 2,8% na renda média real dos trabalhadores em relação a fevereiro, o maior tombo mensal desde janeiro de 2003.

A perda do poder de compra pode levar mais pessoas a sair em busca de uma colocação. “Se a pessoa precisa compor renda, ela pode se sujeitar a trabalhar por um salário menor”, disse Maria Lúcia Vieira, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. “Isso pode fazer com que pessoas aceitem trabalhos menos qualificados”, afirmou.

Uma parte na queda dos rendimentos é provocada pela inflação, que registrou em março a maior alta para o mês desde 1995. Outra parte, porém, é fruto de pagamentos menores em termos nominais. “São de fato pessoas recebendo remunerações menores em seus trabalhos. Não temos como afirmar se é menor poder de barganha do trabalhador, se são as pessoas que foram demitidas e acharam outra vaga com salário menor, ou se as pessoas estão se inserindo no mercado de trabalho já com remuneração mais baixa”, explicou a gerente.

Queda recorde de renda

Em termos anuais, a renda real também teve uma baixa recorde, a mais intensa desde fevereiro de 2004. A perda de 3% em relação a março do ano passado espalhou-se por todas as atividades, da indústria aos serviços. “Não há uma atividade ou posição que se destaque. Todos parecem ter perdido um pouco”, disse Maria Lúcia.

O mais preocupante é que a soma de todas as remunerações dos trabalhadores – a chamada massa de rendimento real – também encolheu em todas as comparações. “Isso pode agravar o processo recessivo. O corte da massa de renda terá reflexo no sentido de reduzir a demanda das famílias”, alertou o economista João Sabóia, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, percebe o resultado como consequência do ajuste promovido pelo governo. “Esse efeito vai ser ainda mais forte até o final deste ano”, previu. “O remédio é amargo.”

Fila do desemprego

No começo de cada ano, a taxa de desemprego costuma subir, seguindo um movimento sazonal, em função da dispensa de trabalhadores temporários contratados para o Natal. Acontece que, em 2015, as demissões ocorreram de forma mais intensa, e a taxa de desemprego mudou para um patamar mais elevado em função da conjuntura econômica, reconheceu o IBGE. Em março do ano passado, a taxa estava em 5%.

No período de um ano até março, 280 mil pessoas se somaram às filas por um emprego nas regiões metropolitanas pesquisadas. Parte dessa população estava atrás de recolocação após o corte de 197 mil vagas no período (a maior parte com carteira assinada), enquanto outros integravam antes o grupo de inativos – gente que não estava procurando trabalho e não podia ser considerada desempregada, pela metodologia das pesquisas sobre trabalho.

“O mercado de trabalho entrou num período de piora nítida. O clima geral no país está muito negativo e a tendência é aprofundar mais até o fim do ano”, analisou Saboia, para quem o quadro se assemelha ao início de 2009. Naquela época, também houve deterioração rápida no emprego após a crise internacional.

A despeito do quadro ruim, o Brasil está longe do fundo do poço. A perspectiva é que a busca por emprego continue aumentando, o que pressionará a taxa de desemprego para cima e representará uma inversão do cenário visto entre 2013 e 2014, quando a redução da procura por trabalho intrigava economistas.

Além disso, os rendimentos dos trabalhadores devem ficar ainda menores, sacrificados pela inflação elevada e pela conjuntura desfavorável.

“Imagino o desemprego chegando a 7% ou 7,5% no final do ano”, avaliou André Perfeito.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia – Quarta-feira, 29 de abril de 2015 – Pg. B5 – Internet: clique aqui.

Caixa vai passar a financiar apenas a metade do valor dos imóveis usados

Aline Bronzati e Renée Pereira

Com a queda nos recursos da caderneta de poupança, principal fonte de financiamento imobiliário, banco reduziu de 80% para 50% a parcela a ser financiada nos imóveis do SFH e de 70% para 40% nos imóveis do SFI; é o terceiro aperto no crédito em duas semanas
Em menos de duas semanas, a Caixa anunciou três medidas que vão dificultar a vida do brasileiro na compra da casa própria:

·        Primeiro reduziu o limite de financiamento para imóveis em geral de 90% para 80% e elevou a taxa de juros.
·        Ontem, diante da escassez de dinheiro por causa da queda nos depósitos da caderneta de poupança (principal fonte de recursos do crédito imobiliário), o banco foi mais radical e derrubou de 80% para 50% o limite de crédito para quem quiser comprar um imóvel usado dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH); e
·        de 70% para 40% para imóveis usados enquadrados no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).

No SFH, o valor máximo do imóvel financiado é de R$ 750 mil nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal; nos demais Estados, o valor é de R$ 650 mil. No SFI, estão os financiamentos que não se enquadram no SFH, como os imóveis com valores superiores ao estabelecido pela lei. A mudança nos porcentuais da Caixa – que financia 70% do crédito imobiliário do País – vale a partir de 4 de maio, para operações com recursos da poupança no chamado Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, financiadas pelo Sistema de Amortização Constante (SAC).

Os empréstimos de habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida, continuam com a regra anterior, assim como as operações da Caixa que usam a linha de crédito formada por recursos do Fundo de Garantia (FGTS) para financiar imóveis. Para os empréstimos do SFH que seguem o sistema de amortização da tabela Price, a cota máxima de financiamento já havia sido reduzida de 70% para 50% em meados do mês.

“A medida anunciada ontem dever e tirar do mercado um número grande de famílias que estava planejando a compra de imóvel de menor valor”, afirma o vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, Flávio Prando. Na avaliação dele, a redução nos limites de financiamento faz uma diferença  enorme no planejamento da população de renda menor.

“Punição dobrada”

Antes, uma família poderia comprar um imóvel de R$ 500 mil dando apenas R$ 100 mil de entrada e financiando R$ 400 mil. “Agora ele tem de ter em mãos R$ 250 mil e financiar outros R$ 250 mil”, afirma o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira. “O brasileiro preferia pagar um pouco mais de juros e dar uma entrada menor. Agora ele está sendo punido duas vezes: tem de pagar mais juros e ainda ter mais dinheiro para dar de entrada.”

Uma das explicações para o corte no financiamento foram os saques feitos na poupança nos últimos meses. Apenas no primeiro trimestre, as retiradas somaram R$ 23,2 bilhões.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia & Negócios – Terça-feira, 28 de abril de 2015 – Pg. B1 – Internet: clique aqui.

Banco Central eleva juro para 13,25% ao ano,
maior nível em mais de 6 anos

Redação

Alta de 0,50 ponto porcentual já era esperada pelo mercado financeiro
Edifício-sede do Banco Central do Brasil
Brasília (DF)
O Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual nesta quarta-feira, 29 de abril, para 13,25% ao ano. É o maior patamar do juro desde dezembro de 2008, quando estava em 13,75%. A decisão foi unânime e já era esperada pelo mercado financeiro. O BC repetiu o comunicado das reuniões anteriores (veja abaixo).

O aumento foi decidido em meio à alta da inflação, que bateu em 8,13% no acumulado em 12 meses até março, e apesar do ritmo já enfraquecido da economia.

Declarações recentes do presidente do BC, Alexandre Tombini, e do diretor de Política Econômica, Luiz Awazu Pereira, vêm reiterando que a autoridade monetária está e permanecerá "vigilante" no combate à inflação. Na visão do BC, os efeitos dos reajustes dos preços administrados ficarão circunscritos ao primeiro trimestre de 2015 e a inflação deve convergir para o centro da meta de 4,5% no fim de 2016.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, recentemente também se alinhou ao discurso, ao afirmar que o BC precisa seguir vigilante e conduzindo ajustes para que a inflação caia e a expectativa seja ancorada em 4,5%.

Veja a íntegra do comunicado:

"Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 13,25% a.a., sem viés.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê:

Alexandre Antonio Tombini (Presidente),
Aldo Luiz Mendes,
Altamir Lopes,
Anthero de Moraes Meirelles,
Luiz Awazu Pereira da Silva,
Luiz Edson Feltrim,
Otávio Ribeiro Damaso,
Sidnei Corrêa Marques e
Tony Volpon."

Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Economia & Negócios – 29 de abril de 2015 – 19h48 – Internet: clique aqui.

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