«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

A INTERNET É POSITIVA?

Editorial

A internet apenas reforça a importância de uma educação
de qualidade, dada pela família, pela escola e pela sociedade.
No mundo contemporâneo, a internet ganha cada vez mais importância na vida das pessoas, tanto pela maior facilidade de acesso - os smartphones, por exemplo - quanto pelo contínuo incremento de novas funcionalidades. Mas sua influência é positiva ou negativa? Como as pessoas encaram os efeitos da internet no seu dia a dia? Um estudo do Pew Research Center - um dos principais institutos de pesquisa dos Estados Unidos da América [EUA] -, envolvendo 32 países emergentes ou em desenvolvimento, buscou analisar a percepção das pessoas a respeito do impacto da internet nas suas vidas.

A pesquisa revela que em relação à:

·        educação, relações pessoais e economia, a influência da internet é percebida como positiva.
·        Quanto à política, as opiniões foram muito divididas, 36% consideram os efeitos positivos e 30% entendem que são negativos.
·        Em relação à moralidade, em todos os países pesquisados se encontrou a mesma percepção majoritária - a internet teria um efeito negativo sobre a moral.

De acordo com o estudo, quanto maior o grau de instrução ou mais intenso o uso da internet, o olhar sobre ela tende a ser mais positivo.

A diferença de percepção sobre os efeitos da internet na educação e na moralidade pode ser um indicador da distância entre os atuais conceitos de educação - vista prioritariamente como uma formação técnica - e de moralidade - encarada como formação do caráter. O Pew Research Center esclarece que, na pesquisa, não foi utilizada nenhuma definição de moralidade, ou seja, baseou-se naquilo que as pessoas entendiam a priori por moralidade.

Quando se comparam os resultados encontrados no Brasil com os porcentuais médios dos 32 países, constata-se que a opinião do brasileiro sobre a internet acompanha a dos outros países. No entanto, em todos os quesitos a avaliação brasileira sobre a internet tende a ser mais positiva do que a média geral da pesquisa.

O porcentual das pessoas que usam a internet varia muito nos países pesquisados. Em média, 44% a utilizam ao menos ocasionalmente:

·        O maior porcentual foi encontrado no Chile (76%) e
·        o menor, no Paquistão (8%).
·        Entre os Brics, o Brasil ficou na terceira posição: 51% dos brasileiros acessam a internet ao menos ocasionalmente,
·        abaixo da Rússia (73%) e
·        China (63%), e
·        acima da África do Sul (41%) e
·        Índia (20%).

Um dado chamou a atenção dos pesquisadores. Em todos os países, foi observada a ocorrência de um fator que aumenta a probabilidade de acesso à internet, com independência de outros aspectos habitualmente importantes, como escolaridade, idade ou renda. É a capacidade, ainda que rudimentar, de compreender a língua inglesa. Por exemplo, mesmo na China, onde a maior parte dos sites liberados pelo governo está em chinês, saber a língua inglesa aumenta consideravelmente a probabilidade de acesso à internet.

A pesquisa revela que, na média geral:

·        86% utilizam a internet para se conectar com a família e os amigos, sendo essa a atividade mais comum.
·        Em seguida, vem a busca por notícias políticas (54%),
·        informações sobre saúde (46%) e
·        serviços públicos (42%). Entre as atividades realizadas na internet listadas na pesquisa,
·        assistir a aulas online foi a menos frequente, com 13%. No Brasil, esse índice ficou em 21%.

A internet, com suas múltiplas oportunidades, é um mundo cada vez mais amplo e mais rico. E é também um mundo cada vez mais povoado - a cada dia, mais pessoas têm a oportunidade de utilizá-la. Tal panorama é claramente positivo, ainda que não signifique ausência de desafios. A internet apenas reforça a importância de uma educação de qualidade, dada pela família, pela escola e pela sociedade. Por exemplo, o dado descoberto na pesquisa a respeito da língua inglesa como facilitador de acesso à internet pode ser aplicado à própria língua nativa. Quanto maior o domínio do idioma pátrio, maior será a capacidade de usufruir dos benefícios da internet. Ou seja, os novos mundos têm os mesmos desafios - para uma internet cada vez mais positiva, uma melhor educação. Para todos.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Notas e Informações – Domingo, 5 de abril de 2015 – Pg. A3 – Internet: clique aqui.

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