«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sábado, 17 de outubro de 2015

29º Domingo do Tempo Comum – Ano B – Homilia

Evangelho: Marcos 10,35-45


Naquele tempo,
35 Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram a Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir”.
36 Ele perguntou: “O que quereis que eu vos faça?”
37 Eles responderam: “Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória!”
38 Jesus então lhes disse: “Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?”
39 Eles responderam: “Podemos”. E ele lhes disse: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber, e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado.
40 Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado”.
41 Quando os outros dez discípulos ouviram isso, indignaram-se com Tiago e João.
42 Jesus os chamou e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam.
43 Mas, entre vós, não deve ser assim; quem quiser ser grande, seja vosso servo;
44 e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos.
45 Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”.

JOSÉ ANTONIO PAGOLA 

VOCÊS NÃO PODEM SER ASSIM

No caminho para Jerusalém, Jesus vai advertindo seus discípulos a respeito do destino doloroso que lhe aguarda, bem como, a todos que seguem seus passos. A inconsciência daqueles que o acompanham é incrível. E mesmo atualmente continua se repetindo!

Tiago e João, filhos de Zebedeu, separam-se do grupo e se aproximam sozinhos de Jesus. Não necessitam dos outros. Querem obter os postos mais privilegiados e serem os primeiros no projeto de Jesus, tal com eles o imaginam. O pedido deles não é uma súplica, mas uma ridícula ambição: «Queremos que faças o que vamos lhe pedir». Querem que Jesus coloque-os acima dos demais.

Jesus parece surpreso. «Não sabeis o que pedis». Não entenderam nada a respeito dele. Com grande paciência, convida-os a se perguntarem se são capazes de compartilhar de seu destino doloroso. Quando se inteiram do que acontece, os outros dez discípulos enchem-se de indignação contra Tiago e João. Também eles têm as mesmas aspirações. A ambição divide-os e coloca-os em confronto. A busca de honrarias e protagonismo interesseiros rompem sempre com a comunhão da comunidade cristã. Também hoje. O que pode ser mais contrário a Jesus e ao seu projeto de servir à libertação das pessoas?

O fato é tão grave, que Jesus «reúne-os» para deixar claro qual é a atitude que deve caracterizar sempre seus seguidores. Conhecem de sobra como atuam os romanos, «chefes dos povos» e «grandes» da terra: tiranizam os povos, submetem e fazem todos sentirem o peso de seu poder. Pois bem, «entre vós, não deve ser assim».

Entre seus seguidores, tudo deve ser diferente: «Quem quiser ser grande, seja o vosso servidor; e aquele que quiser ser o primeiro, seja escravo de todos». A grandeza não se mede pelo poder que se tem, o cargo que se ocupa ou os títulos que se ostenta. Quem ambiciona estas coisas, na Igreja de Jesus, não se faz maior, mas mais insignificante e ridículo. Na realidade, tal pessoa atrapalha a promoção do estilo de vida desejado pelo Crucificado. Falta-lhe uma característica fundamental para ser seguidor de Jesus.

Na Igreja, todos temos de ser servidores. Não podemos nos colocar na comunidade cristã a partir de cima como superiores, protagonistas interessados, mas a partir de baixo, disponíveis, a serviço e disponíveis a ajudar os demais. Nosso exemplo é Jesus. Não viveu jamais «para ser servido, mas para servir». Este é o melhor e mais admirável resumo do que ele foi: serviço a todos.

Traduzido do espanhol por Telmo José Amaral de Figueiredo.

Fonte: MUSICALITURGICA.COM – Segunda-feira, 12 de outubro de 2015 – 13h49 – Internet: clique aqui.

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