Quanto o povo pagará para Dilma ficar!

Contra impeachment, Dilma negocia cargos
com poder sobre R$ 38 bilhões

Ricardo Brito e Victor Martins

Em busca de votos contra o afastamento, governo tenta atrair apoios com nomeações para vagas estratégicas na administração
DEPUTADOS FEDERAIS 
Da oposição ao Governo Dilma fazem ato de crítica ao "balcão de negócios" que o governo dela
abriu para negociar cargos e verbas em troca de apoio contra o impedimento dela

As mudanças no segundo escalão do governo, em busca de votos para brecar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, envolveram a negociação de cargos que podem movimentar até R$ 38 bilhões em recursos do Orçamento deste ano, dos quais R$ 6,2 bilhões são investimentos. Chamado de “repactuação” da base pelo governo e de “balcão de negócios” pela oposição, o processo se acelerou após rompimento oficial do PMDB com Dilma e às vésperas da votação do afastamento da petista pelo plenário da Câmara.

A estratégia do governo é fidelizar apoios ou ao menos garantir abstenções na votação no plenário da Câmara de partidos médios e pequenos como PP, PROS, PDT e PTN, ou até mesmo dentro do próprio PMDB – sigla do vice-presidente Michel Temer, cujos aliados trabalham para levá-lo ao Palácio do Planalto também com a promessa de cargos. Mesmo com o contingenciamento no orçamento, que proíbe temporariamente o uso de parte dos recursos de investimento, os órgãos de segundo escalão têm sido cobiçados pelas siglas.

Até o momento, as legendas que mais perderam influência foram o PMDB e o PTB, do relator do impeachment na Câmara, o deputado Jovair Arantes (GO). As mudanças no segundo escalão devem ser intensificadas até o dia 15 de abril, data em que começará a ser votado no plenário da Câmara o pedido de abertura do impeachment contra Dilma.
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A cúpula do PP [um dos partidos mais envolvidos no escândalo da Lava Jato], sigla que já ganhou a diretoria-geral do Dnocs [Departamento Nacional de Obras contra a Seca] e tenta, futuramente, assumir o Ministério da Saúde, promete dar entre 25 e 30 votos de uma bancada de 51 deputados para manter a presidente no cargo. Contudo, o placar do impeachment publicado diariamente pelo jornal O Estado de S. Paulo aponta que 24 são declaradamente favoráveis ao afastamento de Dilma e apenas nove são contrários. Ainda que os oito indecisos e seis que não quiseram responder se pronunciem futuramente a favor da petista, ela não terá o apoio prometido pelo PP.
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Além da negociação de cargos que controlam somas expressivas de dinheiro, estão em jogo postos sem atrativos financeiros e que envolvem outros interesses, a exemplo da influência de diretorias em agências reguladoras.

A presidente Dilma indicou, por exemplo, o ex-senador Luiz Otávio para a direção-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para agradar o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e pai do ministro dos Portos, Hélder Barbalho. Na bancada peemedebista do Pará, dos três deputados, dois se mostram indecisos e um não declarou posição, conforme levantamento do jornal O Estado de S. Paulo.
CARGOS E VERBAS QUE ESTÃO EM JOGO PARA TENTAR IMPEDIR
O AFASTAMENTO DA PRESIDENTE DILMA: VALE TUDO!!!

Fonte: O Estado de S. Paulo – Política – Domingo, 10 de abril de 2016 – Pág. A4 – Internet: clique aqui.

MALUF CORTEJADO PARA SALVAR DILMA ! ! !

Governo busca voto de Maluf na comissão

Daiene Cardoso, Daniel Carvalho, Igor Gadelha,
Julia Lindner e Tânia Monteiro

Para Planalto, deputado, que se diz a favor do impeachment,
pode mudar posicionamento
PAULO MALUF
Deputado Federal do PP está rindo à toa!!!
Está sendo cortejado e paparicado até pelo Governo Dilma, do PT!

O Planalto elegeu o voto do deputado Paulo Maluf (PP-SP) na Comissão Especial do impeachment como determinante para ser perseguido até segunda-feira [hoje, 11 de abril], quando o relatório favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff será apreciado no colegiado. A busca pelo parlamentar parte do princípio de que ele pode mudar novamente sua posição e ser, nas contas do governo, o 33.º voto de desempate em favor da petista.

Maluf migrou nos últimos dias de uma posição:
* contra o impeachment para,
* primeiro, uma posição indefinida e, depois,
* para uma favorável.

Além dele, o governo vai passar o fim de semana empenhado em conseguir mais votos para derrubar o relatório. Há 65 votantes na comissão. Segundo o Placar do Impeachment do Estado, até as 20h30 de ontem, 35 deputados do colegiado são a favor do impeachment. Na quarta-feira, o relator Jovair Arantes (PTB-GO) apresentou parecer favorável ao processo de impedimento.
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Fonte: O Estado de S. Paulo – Política – Sábado, 9 de abril de 2016 – Pág. A7 – Internet: clique aqui.

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