«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Mais de metade da população mundial está excluída da economia digital

Camilo Soldado

Banco Mundial avalia que vantagens do acesso à internet para a
economia global ficam aquém das expectativas. 
TRADUÇÃO:
2015 - INSTANTÂNEO DIGITAL GLOBAL

População mundial total: 7.210 bilhões (Urbanização: 53%)
Usuários ativos de internet no mundo: 3.010 bilhões (Penetração: 42%)
Contas de mídia social ativas: 2.078 bilhões (Penetração: 29%)
Usuários exclusivos de celulares: 3.649 bilhões (Penetração: 51%)
Contas de mídia social em celulares: 1.685 bilhão (Penetração: 23%)

Apesar da rápida disseminação da internet por equipamentos digitais como os celulares pelos países em desenvolvimento, os dividendos esperados de maior crescimento, mais emprego e melhores serviços públicos não acompanham o ritmo de propagação desta tecnologia.

A conclusão de que a maior parte dos “dividendos digitais” beneficia, essencialmente, os mais ricos, mais qualificados e mais influentes em vez de abater as assimetrias é do estudo “Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial: Dividendos Digitais” do Banco Mundial, que avalia que 60% da população mundial esteja excluída da crescente esfera da economia digital.

Embora a evolução tecnológica tenha representado avanços consideráveis, como o acesso a informação, a redução de custos e maior rapidez na sua propagação e a criação, estas vantagens apenas favorecem uma fração da população mundial.

Apesar de o número de indivíduos com acesso à web ter triplicado no espaço de uma década, com 3,2 bilhões de habitantes a utilizar este serviço no final de 2015, a internet continua a não chegar a esses 60%, o que corresponde a 4 bilhões de pessoas em todo o globo.

Para além de o impacto da evolução da tecnologia ter ficado aquém das expectativas, está também “distribuído de forma desigual”, pode ler-se no estudo liderado por dois economistas chefes do Banco Mundial, Deepak Mishra e Uwe Deichmann. Ou seja, os restantes 40% da população mundial estão melhor posicionados para tirar partido das vantagens proporcionadas pelo avanço tecnológico.

A pequena revolução operada pela internet em vários sectores está longe de ter apenas pontos positivos. O Banco Mundial avalia que, embora as empresas estejam mais interligadas, o ritmo de crescimento da produtividade abrandou e o mercado de trabalho tornou-se “mais polarizado em muitos países”, resultando no aumento das desigualdades. Estas tendências preocupam, “não porque sejam causadas pela rápida divulgação de tecnologias, mas porque têm persistido” apesar disso.

Os novos empregos que têm sido criados não compensam os postos de trabalho esvaziados pela automatização dos processos pelo que, mais uma vez, as “pessoas com melhor nível de instrução, bem conectadas e mais capazes” recebem a maior parte dos benefícios, “limitando os ganhos da revolução digital”. Da mesma forma, como a economia digital “favorece monopólios naturais”, um ambiente empresarial pouco competitivo pode “resultar em mercados mais concentrados”, o que consolida as empresas já constituídas. 
TRADUÇÃO:
JANEIRO DE 2015 - USO DE INTERNET
(por regiões do mundo)

Para inverter este sentido, o Banco Mundial sugere medidas como:
a) a adaptação das “aptidões dos trabalhadores à procura” bem como
b) o reforço na regulamentação que “assegure a concorrência entre empresas”.

Estas políticas enquadram-se naquilo a que a instituição se refere como um “fundamento analógico sólido”, uma vez que considera que “uma maior adopção digital não será suficiente” para tentar anular o fosso.

O mesmo é dizer que a propagação da tecnologia, por si só, não é suficiente para por fim às desigualdades no acesso à informação. O “hiato digital” mantém-se, com fatores como rendimento, idade, geografia e gênero a constituir-se como relevantes. O fato de cerca de 20% da população mundial não saber ler nem escrever mostra como o acesso à economia digital não está apenas condicionado por questões tecnológicas.

A instituição sediada em Washington considera que, tal como os mais antigos desafios ao desenvolvimento, para que haja uma melhor distribuição dos dividendos digitais é necessário criar um ambiente favorável às empresas e construir sistemas de formação eficazes.

Fonte: Público (Portugal) – Economia – 13/01/2016 – 20h33 – Internet: clique aqui.

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