«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Papa: transmitir a misericórdia de Deus é missão comum aos cristãos

Jéssica Marçal

Na Catequese de hoje, Papa falou da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, enfatizando a partilha do Batismo e a missão de levar a misericórdia de Deus 
PAPA FRANCISCO
Abençoa imagem de Nossa Senhora apresentada por um fiel durante a Audiência Geral
Quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Aula Paulo VI - Vaticano

A catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 20 de janeiro, foi dedicada à unidade entre os cristãos, tendo em vista que na Itália e em alguns outros países se celebra a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos desde segunda-feira, 18. Sem se distanciar do CICLO DE CATEQUESES SOBRE MISERICÓRDIA, Francisco enfatizou que transmitir a misericórdia de Deus aos outros é uma missão comum aos cristãos.

O Santo Padre explicou que nesta Semana, os cristãos são convidados a redescobrir a graça do Batismo, um dos pontos de unidade, e ir além das divisões. Segundo ele, partilhar o Batismo significa reconhecer que todos são pecadores e precisam de salvação. O Batismo chama os cristãos ao encontro com o Deus vivo, cheio de misericórdia, acrescentou.

Francisco reconheceu que todos acabam fazendo a experiência do egoísmo que leva à divisão, mas partir novamente do Batismo significa reencontrar a fonte da misericórdia, que é fonte de esperança para todos, pois ninguém está excluído da misericórdia de Deus.

“A partilha dessa graça (do Batismo) cria uma ligação indissolúvel entre nós cristãos, de forma que no Batismo podemos nos considerar todos irmãos, somos povo santo de Deus mesmo que por causa de nossos pecados não sejamos um povo plenamente unido”.

Para os cristãos, acrescentou o Santo Padre, anunciar a força do Evangelho e partilhar as obras de misericórdia, corporais e espirituais, é uma experiência concreta de fraternidade. “Temos uma missão em comum que é aquela de transmitir a misericórdia recebida aos outros, partindo dos mais pobres e abandonados.

Francisco concluiu a audiência pública com os fiéis pedindo que, nesta Semana de Oração, eles rezem para que todos os discípulos de Cristo encontrem, juntos, um modo de levar a misericórdia do Pai a todos os cantos da terra.

Leia, na íntegra, a Catequese do Papa:


PAPA FRANCISCO
Audiência Geral
CATEQUESE
Sala Paulo VI – Vaticano
Quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Caros irmãos e irmãs, bom dia!

Escutamos o texto bíblico que neste ano dirige a reflexão na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos [1Pd 2, 9-10], que vai de 18 a 25 de janeiro: esta semana. Esse trecho da Primeira Carta de São Pedro foi escolhido por um grupo ecumênico da Letônia, o qual foi encarregado pelo Conselho Ecumênico das Igrejas e pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Ao centro da catedral luterana de Riga há uma fonte batismal que remonta ao século XII, na época em que a Letônia foi evangelizada por São Mainardo. Aquela fonte é sinal eloquente de uma origem de fé reconhecida por todos os cristãos da Letônia, católicos, luteranos e ortodoxos. Essa origem é o nosso comum Batismo. O Concílio Vaticano II afirma que «o Batismo constitui o vínculo sacramental da unidade que vigora entre todos aqueles que por meio dele foram regenerados» (Unitatis redintegratio, 22). A Primeira Carta de Pedro é dirigida à primeira geração de cristãos para torná-los conscientes do dom recebido com o Batismo e das exigências que ele comporta. Também nós, nesta Semana de Oração, somos convidados a redescobrir tudo isto, e fazê-lo juntos, indo além de nossas divisões.

Antes de tudo, compartilhar o Batismo significa que todos somos pecadores e temos necessidade de sermos salvos, redimidos, libertos do mal. É este o aspecto negativo, que a Primeira Carta de Pedro chama «trevas» quando diz: «[Deus] vos chamou das trevas para conduzir-vos em sua luz maravilhosa» [1Pd 2,9]. Esta é a experiência da morte, que Cristo fez própria, e que é simbolizada no Batismo pela imersão na água, a qual segue o reemergir, símbolo da ressurreição para a nova vida em Cristo. Quando nós cristãos dizemos de compartilhar um só Batismo, afirmamos que todos nós – católicos, protestantes e ortodoxos – compartilhamos a experiência de ser chamados das trevas impiedosas e alienantes ao encontro com o Deus vivente, pleno de misericórdia. Todos, de fato, infelizmente, fazemos experiência do egoísmo, que gera divisão, fechamento, desprezo. Partir novamente do Batismo significa reencontrar a fonte da misericórdia, fonte de esperança para todos, porque ninguém está excluído da misericórdia de Deus.

A partilha desta graça cria uma ligação indissolúvel entre nós cristãos, tanto que, em virtude do Batismo, podemos considerar-nos todos realmente irmãos. Somos realmente povo santo de Deus, mesmo se, por causa dos nossos pecados, não somos ainda um povo plenamente unido. A misericórdia de Deus, que opera no Batismo, é mais forte que nossas divisões. À medida que acolhemos a graça da misericórdia, nos tornamos sempre mais plenamente povo de Deus, e nos tornamos também capazes de anunciar a todos as suas obras maravilhosas, justamente a partir de um simples e fraterno testemunho de unidade. Nós cristãos podemos anunciar a todos a força do Evangelho empenhando-nos a compartilhar as obras de misericórdia corporais e espirituais. E este é um testemunho concreto de unidade entre nós cristãos: protestantes, ortodoxos e católicos.

Traduzido do italiano por Pe. Telmo José Amaral de Figueiredo.

Fontes: Canção Nova – Especiais – Papa Francisco – Catequese – Quarta-feira, 20 de janeiro de 2016 – 07h46 – Internet: clique aqui; e Site Oficial do Vaticano – Francesco – Udienze – 2016 – Quarta-feira, 20 de janeiro de 2016 – Internet: clique aqui.

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