«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

ESTAMOS ENDIVIDADOS COMO NUNCA!

Dívida pública tem alta recorde e chega
a R$ 2,793 trilhões em 2015

Adriana Fernandes, Bernardo Caram, Lorenna Rogrigues
e Rachel Gamarski

Aumento de R$ 497 bilhões no endividamento foi 
puxado principalmente pelo crescimento do pagamento de juros;
de acordo com analistas, custo alto da dívida pode torná-la insustentável, mas Tesouro garante que 
não há motivo para preocupação

Na esteira da alta de juros e da inflação, a dívida do governo federal aumentou R$ 497 bilhões e atingiu R$ 2,79 trilhões em 2015. A expansão do endividamento do governo, que inclui a dívida em títulos do Tesouro Nacional vendidos no mercado doméstico e internacional, chegou a 21,65% - o maior valor da série iniciada em 2006.

O resultado do ano passado revelou uma forte deterioração e uma reversão, em um único ano, do processo de melhoria dos principais indicadores da dívida que vinha ocorrendo desde 2003, no primeiro ano do governo Lula. Para agravar o cenário, o Tesouro avisou que a dívida só vai começar a melhorar daqui a três anos.

O ritmo de crescimento da dívida foi quase três vezes maior que o verificado em 2014. O resultado negativo do ano passado foi puxado pelo aumento de R$ 367,67 bilhões nas despesas com juros, que provocou o aumento do estoque. Para 2016, o Tesouro previu que a dívida pode aumentar R$ 507 bilhões e chegar a R$ 3,3 trilhões.

A piora acelerada da dívida já havia sido captada pelas agências internacionais de classificação de risco - Standard & Poor’s e Fitch - que retiraram o grau de investimento do Brasil no ano passado.

As dificuldades já esperadas também para 2016 devem agora alimentar o risco de novos rebaixamentos e a piora da percepção dos investidores sobre a economia brasileira. Os indicadores de capacidade de pagamento da dívida, como tipo de correção dos papéis e prazo de vencimento, são os mais observados pelas agências na hora de avaliar a nota de um País. O governo precisa melhorar a confiança para garantir investimentos e a retomada do crescimento.

O presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Júlio Miragaya, avaliou que o crescimento da dívida em 2015 a torna "explosiva". Para ele, com o atual nível do custo de financiamento, em cerca de 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB), a discussão sobre a entrega de um superávit primário de 0,5% do PIB "se torna secundária". "Com um custo da dívida desta ordem, você abate uma parcela pequena com o superávit. Se o custo fosse mais perto de 4% ou 5% do PIB, o impacto do esforço fiscal poderia ser muito maior", afirmou.

Em 2015, três das seis metas fixadas para os principais indicadores da dívida não foram cumpridas: parcela de títulos atrelados à taxa Selic, inflação e prefixados (papéis que têm taxa fixada na hora da venda). Com o descumprimento, ficou comprometida a estratégia do governo de reduzir os títulos com correção pela Selic, que têm taxa flutuante a depender da decisão do Banco Central e trazem maior risco de financiamento, e aumentar os papéis atrelados ao IPCA e os prefixados.

O maior desvio ocorreu com os títulos vinculados a Selic, as LFTs [Letras Financeiras do Tesouro]. A parcela desses papéis fechou ano passado em 22,8% do total da dívida, acima da meta que previa um intervalo de 17% e 22%. Para 2016, o Plano Anual de Financiamento (PAF), que contém a estratégia de gestão da dívida, prevê um aumento ainda maior destes papéis, que podem chegar a 34%. Um valor bem longe do patamar de 15% considerado confortável para a gestão da dívida.
NELSON BARBOSA - Ministro da Fazenda
Agora defende o ajuste fiscal!!! Será que adianta?

“Não nos incomoda o fato de estarmos avançando na ampliação das LFTs”, minimizou o secretário interino do Tesouro Nacional, Otavio Ladeira de Medeiros. No passado, o Tesouro chegou a ter como meta reduzir a zero a parcela vinculada à Selic. Ele rebateu a avaliação de que o aumento desses papéis diminui a potência da política monetária do BC. Segundo ele, em momento de alta de juros, os LFTs são um instrumento de redução de custo.

Mesmo com redução de prefixados e aumento de títulos indexados à Selic, o secretário disse que a composição da dívida ainda está melhor do que o período de 2003 a 2011 e que houve agora um “pequeno recuo em um período complexo". "Não vejo retrocesso no conjunto da dívida", completou. Ele citou o fato de a dívida de curto prazo, a vencer em 12 meses, continuará em queda, devendo ficar abaixo de 20% em 2016.

Ele informou que o chamado “colchão de liquidez”, que são os recursos que o Tesouro tem em caixa para pagar os títulos que estão vencendo, soma hoje cerca de R$ 250 bilhões, montante suficiente para honrar os compromissos da dívida nos próximos seis meses. Com esse colchão, o Tesouro pode ficar sem vender títulos em momentos de turbulência no mercado.

Na mensagem em texto do apresentação do PAF, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, fez uma defesa do ajuste fiscal. O ministro reafirmou o compromisso com solidez fiscal permanente para a retomada do crescimento econômico sustentável, guiada pelo retorno do investimento e da produtividade.

“Por meio de resultados fiscais perenes, devolveremos aos agentes econômicos a previsibilidade e a confiança necessárias para o retorno dos investimentos privados, vetor principal de dinamização da economia brasileira", escreveu Barbosa.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia – Terça-feira, 26 de janeiro de 2016 – Pg. B1 – Internet: clique aqui.

Nas mãos de quem está a nossa
Dívida Pública Federal?

Eduardo Campos, Edna Simão e Fábio Pupo 
Clique sobre a imagem para ampliá-la.
Percebe-se que cresce, cada ano mais, o percentual do orçamento do Governo Federal
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1. A participação de investidores estrangeiros na DPMFi [Dívida Pública Mobiliária Federal Interna] caiu em termos percentuais em dezembro [2015], saindo de 19,37% do total em novembro para 18,8%. Em valor absoluto, a fatia recuou de R$ 498,87 bilhões para R$ 497,84 bilhões.
2. As instituições financeiras encerraram o mês respondendo por 25,0% da DPMFi, contra 24,33% em novembro.
3. Os fundos de investimento subiram a participação de 19,48% em novembro para 19,6% em dezembro.
4. As instituições de previdência fecharam dezembro com 21,44%, mesmo percentual de novembro.
5. O governo saiu de 5,9% para 5,8%.
6. Já as seguradoras reduziram de 4,7% para 4,6%.
7. Investidores individuais, pessoas físicas possuem 4,76%.

COMPOSIÇÃO

Depois de o Tesouro ter passado os últimos anos trabalhando para aumentar a participação de prefixados e para reduzir a de títulos mais voláteis para melhorar a gestão da dívida, a crise e as incertezas econômicas atrapalharam a trajetória esperada para 2015. No ano passado, houve uma piora na composição da dívida pública, com aumento na participação de títulos indexados à Selic.

A parcela de títulos prefixados na DPF [Dívida Pública Federal] caiu de 41,6% em 2014 para 39,4 em dezembro de 2015. O intervalo previsto no PAF era de 40,0% a 44,0%.

Os papéis atrelados à Selic aumentaram a fatia no período, de 18 7% para 22,8%. A projeção do PAF era de 17,0% a 22,0%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram de 34,9% para 32,5% - a previsão era de 33,0% a 37,0%. Os papéis cambiais tiveram a participação ampliada de 4,9% para 5,3% - a previsão era de 4,0% a 6,0%.

O Tesouro destacou que houve emissões em volumes superiores à necessidade de financiamento, auxiliando a redução do excesso de liquidez. Também informou que foi ampliado o colchão da dívida para níveis próximos a seis meses de vencimento.

Fontes: Valor Econômico – 25/01/2016 – 14h50 – Internet: clique aqui; e ATRIBUNA.COM.BR – Notícias – Economia – 25/01/2016 – 16h48 – Internet: clique aqui.

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