«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Como vivem os brasileiros

Editorial

A melhora das condições de vida no País constatada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está longe de ser suficiente para eliminar graves problemas sanitários que afetam a saúde de milhões de jovens brasileiros nem para reduzir de maneira expressiva as muitas disparidades que caracterizam a sociedade e a economia brasileiras. 
MAIS DE 44% DAS RESIDÊNCIAS NO BRASIL NÃO POSSUEM REDE DE ESGOTO!!!
Isso é uma vergonha e um crime! Muitas doenças encontram aqui seu ambiente apropriado!

Os números do IBGE mostram avanços, um dos mais notáveis dos quais é o aumento da esperança de vida ao nascer, de 71,6 anos para 75,1 anos, e a redução da probabilidade de morte entre 15 e 59 anos, de 177,7 para 145,4 óbitos por mil pessoas, entre 2004 e 2014. Mas a persistência de problemas que afetam a parcela mais desprotegida da população, e cujo combate depende da eficácia de políticas públicas, deixa claro que, se cumpriram sua principal promessa social – promover a melhoria da qualidade de vida e de renda dos mais necessitados –, os governos petistas o fizeram apenas parcialmente.

Com a publicação Síntese dos Indicadores Sociais, o IBGE procurou mostrar como vivem os brasileiros, destacando o nível de bem-estar das pessoas, famílias e grupos sociais, “tendo como eixo de análise principal a perspectiva das desigualdades”, como justifica na apresentação do documento. Há mudanças positivas, resultado daquilo que os especialistas chamam de “transição demográfica” pela qual passam também outros países em desenvolvimento, graças a práticas e procedimentos preventivos que absorveram dos países mais desenvolvidos. Mas ainda há problemas, cuja solução, em boa parte dos casos, depende do governo.

Um dos dados mais preocupantes é o que se refere às condições de higiene das habitações ocupadas pelos brasileiros. Das crianças e adolescentes de até 14 anos, nada menos que 44,3% ainda vivem em residências sem esgotamento sanitário ou fossa séptica. Trata-se de um sério problema de saúde pública, pois as más condições de saneamento são apontadas como fatores determinantes da alta incidência de moléstias infectocontagiosas responsáveis por morte de crianças.

O Plano Nacional de Saneamento Básico fixou como meta principal a universalização dos serviços de água encanada e de coleta e tratamento do esgoto sanitário. Em sua versão mais recente, essa meta deverá ser alcançada só em 2033. Pelos investimentos realizados nos últimos anos, porém, é pouco provável que a universalização – já alcançada há muito tempo pelos países desenvolvidos – seja atingida nesse prazo. Não falta apenas dinheiro; falta capacidade técnica de muitos municípios para executar o que lhes cabe no programa nacional de saneamento básico; e falta, sobretudo, competência administrativa do governo federal para tirar do papel, com a colaboração de outras esferas do poder público, projetos de obras nessa área. 
ESTE FATO TRARÁ SERÍSSIMAS CONSEQUÊNCIAS PARA A PREVIDÊNCIA NO BRASIL!

A composição da população por idade vem mudando rapidamente, aproximando o padrão brasileiro do que se observa nos países mais desenvolvidos. A proporção de crianças e adolescentes com até 14 anos de idade continua a cair e, em 2014, ficou em 21,6%, bem mais baixa do que a observada em 2004, de 27,1% da população. É reflexo da queda da taxa de fecundidade das mulheres: o número médio de filhos por mulher caiu de 2,14 em 2004 para 1,74 em 2014.

Em contrapartida, cresce a proporção de idosos na população, fenômeno alimentado também pelo aumento da expectativa de vida propiciado pelas melhores condições de saúde, habitação e trabalho, entre outros fatores. Com base na evolução demográfica recente, especialistas preveem que, em 2050, o número de brasileiros em idade ativa será apenas o dobro do número de idosos; em 1980, o total de pessoas em idade ativa correspondia a 10 vezes o número de idosos. Do ponto de vista de políticas públicas, isso significa que haverá bem menos contribuintes para sustentar um sistema previdenciário que terá um número bem maior de beneficiários. O problema previdenciário que já é grave no presente se acentuará se não houver uma profunda mudança nas regras do sistema.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Notas e Informações – Domingo, 3 de janeiro de 2016 – Pg. A3 – Internet: clique aqui.

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