«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Alunos brasileiros estão dez anos atrasados em inclusão digital [Mais um triste recorde!]

Jamil Chade
Correspondente em Genebra

Levantamento PISA, publicado pela Unesco e OCDE, 
mostra que somente 53% dos estudantes do País tem acesso à internet 
enquanto a média nos países ricos é maior de 90%

Metade dos estudantes brasileiros está "desconectado" e o País soma uma década de atraso em comparação aos alunos de escolas de países ricos no que se refere ao acesso à computadores e Internet. Se não bastasse, as escolas brasileiras estão entre as piores em termos de acesso de seus alunos à informática, o que pode já comprometer a formação de milhares de jovens.

Esse é o resultado do primeiro levantamento PISA* feito para avaliar a relação entre os sistemas de ensino e a tecnologia. Segundo o documento, elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, as escolas brasileiras não estão equipadas e o País é o último numa lista de 38 sistemas de ensino avaliados quando o assunto é o número de computadores em escolas por alunos.

O Brasil é ainda um dos países mais desiguais em termos de acesso aos computadores e a disparidade continua aumentando.

Apesar de os dados serem de 2009, os pesquisadores acreditam que eles revelam uma imagem da preparação de diferentes sistemas de ensino para enfrentar o século 21 e suas tecnologias. Ela mede o acesso ao computador de um estudante de 15 anos no mundo.

De um total de 65 países avaliados, apenas dez estão em uma situação pior que a do Brasil. Segundo o levantamento, alunos da Romênia, Rússia e Bulgária contam com mais acesso à tecnologia que os brasileiros.

Na média, 53% dos estudantes brasileiro de 15 anos tinham computadores em casa. Há dez anos, essa taxa era de apenas 23%. Apesar do avanço, os números são ainda muito inferiores à média dos países ricos. Na Europa, Estados Unidos e Japão, em média mais de 90% dos estudantes tem um computador em casa.

A taxa de 50% que o Brasil tem hoje é equivalente ao que a média da Europa tinha no ano 2000. O atraso, portanto, seria de dez anos.

Desigualdade
Mas o estudo revela que a média brasileira na realidade esconde uma profunda desigualdade no acesso à informática. Entre a camada mais rica dos estudantes, 86% deles tem computador e Internet em casa. A taxa é equivalente aos estudantes dos países ricos.

Mas entre os estudantes com menos recursos no Brasil, apenas 15% tem a ferramenta. A proporção é bem melhor que o cenário do ano 2000. Naquele ano, apenas 1 a cada 100 estudante pobre tinha acesso ao computador e uma série de iniciativas vez o número subir. Agora, são 15 alunos para cada 100 com acesso. Mas segundo a OCDE, a diferença entre os estudantes ricos e pobres no Brasil é uma das maiores do mundo e continua a aumentar, e não reduzir.

Nos países europeus, a diferença entre as duas classe é de menos de dez pontos percentuais.


Entre os alunos brasileiros que tem computadores, menos de 30% dos mais pobres tem Internet em casa. Nos ricos, eles chegam a 90%.

Escolas
Para Sophie Vayssettes, pesquisadora da OCDE que preparou o levantamento, cabe ao poder público compensar essa disparidade social, dando acesso aos computadores nas escolas. "Muitas famílias não tem renda para ter um computador em casa. Mas políticas devem ser implementadas para permitir uma correção dessa situação e dar esse acesso em locais públicos, como as escolas", disse ao Estado.

Mas, no caso do Brasil, essa política continua frágil. Hoje as escolas tem um computador para cada cinco alunos, taxa considerada como insuficiente. Na média dos países ricos, as escolas tem um computador para cada dois alunos. Na Austrália, o sistema de educação garante um computador por aluno.

Segundo o levantamento, o Brasil é o último em uma lista de 38 sistemas de ensino a garantir acesso ao computador, superado pela Albânia, Indonésia e Bulgária.

O levantamento mostrou que 62% dos alunos brasileiros frequentam escolas com sérios problemas para garantir acesso de seus estudantes aos computadores. Entre a classe mais pobre, 3 de cada 4 está em escolas com sérias deficiências.

"O aprendizado do uso de computadores é primordial para o futuro desses jovens ", disse Sophie. "Estudos mostram que pessoas com conhecimento de informática tem 25% a mais de chance de encontrar um trabalho. Portanto, preparar os alunos aos século 21 é fundamental para qualquer sistema de ensino ", alertou.

Segundo a pesquisadora, não é apenas com o objetivo de encontrar um posto de trabalho que a informática deve ser ensinada na escola. "Cada vez mais, muito do que fazemos está sendo limitado à Internet, como a compra de passagens aéreas. Não ter acesso à computadores também é uma forma de exclusão social ", completou.
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* O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (em inglês: Programme for International Student Assessment - PISA) é uma rede mundial de avaliação de desempenho escolar, realizado pela primeira vez em 2000 e repetido a cada três anos. É coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), com vista a melhorar as políticas e resultados educacionais.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR - Educação - Dia 28 de junho de 2011 - 14h45 - Internet: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,alunos-brasileiros-estao-dez-anos-atrasados-em-inclusao-digital,738029,0.htm
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Computador na escola é mais eficiente se for usado para treinar professor, 
diz OCDE

Da Redação
Em São Paulo 

Um novo levantamento da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), com base no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) 2009, mostra que os computadores das escolas são mais eficientes se utilizados para treinar o professor. O “Resultados Pisa 2009: Estudantes online” quis avaliar como estudantes de 15 anos usam os equipamentos e a internet no aprendizado.

Além disso, mostra o estudo, o impacto nos resultados foi maior nos casos em que o computador estava na casa do estudante e não na escola. De acordo com a OCDE, o equipamento precisa estar integrado aos currículos.

Alunos de 15 anos de 18 países fizeram parte da pesquisa: Austrália, Áustria, Bélgica, Chile, Dinamarca, França, Hungria, Islândia, Irlanda, Japão, Coreia, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Espanha, Suécia, Colômbia e as regiões de Hong Kong e Macau, na China. O Brasil não participou do levantamento.

Na maioria dos países, o resultado dos testes escritos foi basicamente o mesmo dos testes online. Os países onde os alunos se saíram melhor nos testes digitais foram Coreia, Austrália, Nova Zelândia, Suécia e Islândia, além da região de Macau (China). Em todos os locais, as meninas foram melhor que os meninos, principalmente nos testes escritos.

Fonte: Portal UOL - Notícias - Educação - 28/06/2011 - 11h46 - Internet: http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/06/28/computador-na-escola-e-mais-eficiente-se-for-usado-para-treinar-professor-diz-ocde.jhtm

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