«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Brasil pode proibir publicidade infantil

DE SÃO PAULO 

Câmara dos Deputados retoma projeto para acabar com propaganda de produtos e serviços para crianças

Agências e fabricantes dizem que só três países foram nesse caminho e defendem modelo de autorregulamentação

O Congresso Nacional retomou as discussões do projeto de lei que pretende proibir a publicidade infantil no país. A proposta confronta o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e gera controvérsias.

Em tramitação há uma década, o projeto foi proposto pelo deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Com o término da legislatura, no ano passado, foi arquivado. Hauly foi reeleito e retomou o projeto.

Embora não continue no Congresso (Hauly assumiu a Secretaria da Fazenda do Paraná em janeiro), o projeto segue sua tramitação. Neste momento, está na Comissão de Ciência e Tecnologia.

Sua justificativa é a de que a publicidade para crianças estimula hábitos consumistas. A criança passaria a ter o poder de influenciar a decisão de compra na família.

"Imagine a situação de um pai assalariado com uma filha seduzida por um comercial de viagem à Disney," diz o deputado Sandes Júnior (PP-GO), que recomenda a publicidade somente para pessoas acima de 12 anos.

Para a advogada Isabella Henriques, coordenadora de um programa do Instituto Alana, "a propaganda infantil transforma as crianças em promotores de venda".
O Alana é uma organização sem fins lucrativos de defesa dos direitos das crianças relacionados ao consumo.

Recentemente, uma pesquisa feita pelo Datafolha para o instituto mostrou que 80% do poder de venda das redes de fast food está lastreado pela propaganda.

Apesar disso, o Alana não defende a proibição da publicidade. "Os comerciais têm de ser direcionados para os pais, não para as crianças", afirma Isabella.

REGRAS DE HOJE
Atualmente, qualquer propaganda no país tem de ser feita a partir de regras definidas pelo Conar.
Criado em 1980, o conselho é formado por representantes da sociedade civil (como órgãos de defesa do consumidor), fabricantes, anunciantes e publicitários.

Há penalidades previstas caso alguma peça seja questionada. "Uma única queixa de consumidor ao Conar é o bastante para abrirmos um processo", diz Edney Narchi, vice-presidente executivo do Conar.

"Retiramos uma peça do ar, quando é o caso. O que não pode é haver censura prévia, que é o que estão tentando fazer com esses projetos no Congresso," diz.

Segundo a Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), o país está caminhando contra a tendência mundial.

Um levantamento feito pela associação mostrou que só três países proibiram a publicidade infantil (Suécia, Noruega e a província canadense de Québec). "O mundo escolheu a autorregulamentação", diz o publicitário Stalimir Vieira, assessor da presidência da Abap.

Para ele, não se pode punir um segmento por impulsionar o consumo. "É inegável que a propaganda tem poder de estimular as vendas, mas cabe aos pais a decisão de compra."

Uma pesquisa do Ibope mostrou que 25% dos brasileiros compram devido à publicidade. Só 37% comprariam menos se não houvesse propaganda. A maioria (66%) considera a propaganda informativa. Além disso, só 1% das reclamações registradas nos Procons do país se referem à publicidade.
Justamente por isso, o Conar considera que o Congresso não é o lugar ideal para esse tipo de debate. "Estamos abertos para reformulações, caso sejam necessárias."
Fonte: Folha de S. Paulo - Mercado - Sexta-feira, 17 de junho de 2011 - Pg. B7 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me1706201117.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.