«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Aquífero dura só mais 50 anos, dizem especialistas [Alerta!]


GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, 
DE RIBEIRÃO PRETO


Reservatório subterrâneo, Guarani sofre efeitos da exploração excessiva

Caso a formação fique mesmo inutilizada, Ribeirão Preto será uma das cidades mais prejudicadas do Estado  

A falta de ações efetivas para evitar a atual superexploração do aquífero Guarani pode tornar o uso da água do manancial inviável dentro de meio século.

Pelo menos cem cidades brasileiras são abastecidas pelo Guarani, segundo a Agência Nacional de Águas.
Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), é apontada como a cidade que mais pode sofrer as consequências no futuro.

A conclusão é dos especialistas Ricardo Hirata, da USP, e Paulo Finotti, presidente da Sociedade de Defesa Regional do Meio Ambiente.

"Existe uma voracidade pelo consumo que, sem controle, pode acarretar em problemas sérios nos próximos 50 anos em cidades que são abastecidas pelo manancial", afirma Hirata, diretor do Centro de Pesquisas de Água Subterrânea do Instituto de Geociências da USP.

As cidades em zonas de risco ficam nos Estados de São Paulo, Minas, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além do Uruguai e Paraguai.

O aquífero é um dos maiores reservatórios de água subterrânea do mundo e única fonte de abastecimento público de Ribeirão Preto.

Ele aponta ainda que, diferentemente de anos atrás, hoje os grandes usuários particulares são indústrias ligadas ao agronegócio, que têm capacidade de perfuração de grandes poços artesianos.
Finotti afirma que achava-se que o aquífero fosse infinito. "Hoje se sabe que em Ribeirão o consumo é 13 vezes maior que a recarga."

De acordo com o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), as maiores cidades do Estado de São Paulo abastecidas em sua totalidade pelo aquífero são Ribeirão, Sertãozinho e Matão.

Já São Carlos, Araraquara, Bauru e São José do Rio Preto têm o abastecimento parcial. Outras cidades têm abastecimento menor - como Avaré (30%), Tupã (20%) e Marília (15%), segundo o Daee.

FALTA DE GESTÃO
Didier Gastmans, pesquisador do Laboratório de Estudos de Bacias da Unesp de Rio Claro, afirma que o problema é a falta de gestão adequada pelas cidades que exploram o aquífero.

Para ele, não existe nenhum modelo adequado de gestão no país. "O poder público é o maior usuário de água subterrânea. A discussão é sobre quem vai pagar a conta no final", diz.

Luiz Amore, coordenador do Projeto Aquífero Guarani, afirma que Ribeirão é a única cidade onde a água consumida é maior que a recarregada. "Isso é resultado de uma falta de controle sobre o quanto entra e o quanto sai."

Fonte: Folha de S. Paulo - Cotidiano - Domingo, 19 de junho de 2011 - Pg. C5 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1906201111.htm

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