«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Dom Paulo Evaristo Arns: 69 anos de padre e testemunho profético

Arcebispo emérito de São Paulo comemora 69 anos de ordenação em missa lotada

Paula Felix

D. Paulo E. Arns durante missa na Catedral da Sé
Domingo, 30 de novembro de 2014
Conhecido por seu trabalho com foco nos Direitos Humanos e pela atuação contra a violência no período da ditadura militar, o arcebispo emérito de São Paulo D. Paulo Evaristo Arns, de 93 anos, comemorou na manhã deste domingo, 30 de novembro, os 69 anos de sua ordenação como padre em uma missa que emocionou os fiéis na Catedral da Sé, na região central da capital. As aparições em público de D. Paulo são raras e havia ao menos quatro anos, ele não participava de um evento de grandes proporções.

A celebração, que marcou o 1º domingo do advento - período de preparação para o Natal -, foi conduzida pelo arcebispo metropolitano de São Paulo D. Odilo Scherer, que ressaltou a importância de dom Paulo Arns para a Igreja Católica.

“Já tínhamos feito convites em outras oportunidades e ele não pôde comparecer. Dom Paulo manifestou o desejo de celebrar na catedral os 69 anos de sua vida de padre e estava muito feliz e disposto. É certo que ele é um exemplo, um estímulo e um encorajamento para os futuros padres.”

No início da missa, dom Paulo fez um breve discurso no qual fez uma série de agradecimentos e abençoou os fiéis. “Que Deus abençoe as famílias e os jovens que desejam seguir a vida cristã”, finalizou e foi aplaudido pelas pessoas que lotavam a Catedral da Sé. Ao longo da celebração, o aniversário de ordenação foi lembrado por dom Odilo, fazendo com que o arcebispo emérito recebesse o carinho e o respeito dos fiéis em forma de palmas.

Franciscano, dom Paulo também foi homenageado pelo coral que acompanhava a celebração, que cantou a oração de São Francisco de Assis. Padres fizeram agradecimentos e, ao final da missa, o arcebispo emérito se aproximou e cumprimentou algumas pessoas que estavam próximas ao altar.

Emoção

A jornalista Cátia Rodrigues, de 51 anos, não conseguiu controlar as lágrimas ao ficar perto de dom Paulo. “Vim para vê-lo, porque fiz uma dissertação de mestrado de História Social, que defendi em 2009, falando sobre a atuação de dom Paulo durante a ditadura. Fiquei muito emocionada, porque nunca fiquei perto dele.”

O senador Eduardo Suplicy também participou da celebração e falou sobre sua admiração pelo trabalho do arcebispo emérito. “Foi tão bonito saber que dom Paulo continua consciente e recebeu uma homenagem do povo que lotou a Catedral da Sé. Ele transmitiu uma mensagem de acolhimento e é uma pessoa que pregou a solidariedade, a justiça e sempre foi um defensor dos Direitos Humanos. Ele ganhou o respeito de todos nós brasileiros.”

Luta

Dom Paulo Evaristo Arns atuou em defesa dos Direitos Humanos ao longo da ditadura militar. Em 1971, fez uma denúncia sobre a prisão e a tortura de dois agentes de pastoral. Dois anos depois, presidiu a “Celebração da Esperança”, famosa missa na Catedral da Sé em memória de um estudante que foi torturado e morto na prisão durante o regime militar. Também celebrou, em 1975, um culto ecumênico para homenagear o jornalista Vladimir Herzog, que foi morto naquele mesmo ano.

Em 1985, dom Paulo lançou o projeto “Brasil: Nunca Mais”, que continha informações oficiais sobre o uso da tortura durante o regime militar, entre 1964 e 1985. Ele se tornou arcebispo emérito de São Paulo em maio de 1998.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Metrópole – Segunda-feira, 1 de dezembro de 2014 – Pg. A16 – Internet: clique aqui.

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