«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria - Homilia

Evangelho: Lucas 2,16-21

Naquele tempo:
16 Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido, deitado na manjedoura.
17 Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino.
18 E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam.
19 Quanto a Maria, guardava todos estes fatos e meditava sobre eles em seu coração.
20 Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito.
21 Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.

JOSÉ ANTONIO PAGOLA

A MÃE NOS ACOMPANHA

Costuma-se dizer que os cristãos de hoje vibram menos diante da figura de Maria que os crentes de outras épocas. Talvez, sejamos vítimas inconscientes de muitos receios e suspeitas diante de deformações que ocorreram na piedade mariana.

Às vezes, insistiu-se de modo excessivamente unilateral na função protetora de Maria, a Mãe que ampara seus filhos e filhas de todos os males, sem convertê-los a uma vida mais evangélica.

Outras vezes, alguns tipos de devoção mariana não souberam exaltar Maria como mãe sem criar uma dependência insana de uma “mãe idealizada” e fomentar uma imaturidade e um infantilismo religioso.

Quem sabe, esta mesma idealização de Maria como “a mulher única” acabou por alimentar um certo desprezo à mulher real e foi um reforço do domínio masculino. Ao menos, não deveríamos negligenciar essas reprovações que, a partir de várias frentes, são feitas a nós, católicos.

No entanto, seria lamentável que nós, católicos, empobrecêssemos nossa vida religiosa esquecendo o presente que Maria pode significar para aqueles que creem.

Uma piedade mariana bem entendida não encerra ninguém no infantilismo, mas assegura em nossa vida de fé a presença enriquecedora do feminino. O mesmo Deus quis encarnar-se no seio de uma mulher. Desde então, podemos dizer que “o feminino é caminho para Deus e de Deus” (Leonardo Boff).

A humanidade necessita, sempre, dessa riqueza que associamos ao feminino porque, ainda que também ocorra no varão, se condensa de modo especial na mulher: intimidade, acolhida, solicitude, carinho, ternura, entrega ao mistério, gestação, doação de vida.

Sempre que marginalizamos Maria de nossa vida, empobrecemos nossa fé. E sempre que desprezamos o feminino, nos fechamos a vias possíveis de abordagem desse Deus que se nos ofereceu nos braços de uma mãe.

Começamos o ano celebrando a festa da Santa Mãe de Deus, Maria.

·        Sua fidelidade e entrega à Palavra de Deus,
·        sua identificação com os pequenos,
·        sua adesão às opções de seu Filho Jesus,
·        sua presença servidora na Igreja nascente e, acima de tudo,
·        seu serviço de Mãe do Salvador
fazem dela a Mãe de nossa fé e de nossa esperança.

Traduzido do espanhol por Telmo José Amaral de Figueiredo.

Fonte: Sopelako San Pedro Apostol Parrokia – Sopelan – Bizkaia (Espanha) – J. A. Pagola – Ciclo B [Homilías] – Internet: clique aqui.

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