«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

ENSINO MÉDIO NO BRASIL: PREOCUPANTE!

Apenas 54% dos jovens concluem o ensino médio até 19 anos, diz estudo

Paulo Guilherme

Índice tem crescimento abaixo do esperado, segundo Todos pela Educação.
Presidente do Inep diz que educação básica no Brasil “está melhorando”.
Alejandra Meraz Velasco
Coordenadora-Geral da ONG "TODOS PELA EDUCAÇÃO"
Considerado o grande "gargalo" da educação brasileira, o ensino médio é cursado até o seu final por apenas 54,3% dos jovens até 19 anos, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira (08/12/2014) pela ONG Todos pela Educação. O levantamento foi feito com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2013, divulgada em setembro.

Apesar de apresentar uma melhora em relação aos últimos anos, quando o índice observado para os jovens no ensino médio foi de 46,6% em 2007, 51,6% em 2009 e 53,4% em 2011, os números revelam as dificuldades que o país encontra para fazer com que os jovens concluam o ensino médio na idade certa.

Segundo o Todos pela Educação, o indicador é calculado anualmente com base nos dados da Pnad. Em 2010, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou o Censo Demográfico, a Pnad não foi realizada. Por causa da diferença metodológica (os dados do Censo são censitários, e a Pnad é amostral), o levantamento do Todos pela Educação não divulga os resultados referentes ao ano de 2010.

O levantamento divulgado nesta segunda-feira mostra que taxa atual ainda está longe do plano de metas estabelecido pelo Todos pela Educação para 2022. Para cumprir a meta, nos próximos nove anos, a taxa de jovens de 19 anos com ensino médio completo suba para 90%. Já a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE) é chegar a 2022 com 85% dos alunos de 15 a 17 anos matriculados no ensino médio.

Alejandra Meraz Velasco, coordenadora-geral do Todos pela Educação, diz que depois de 2009 esperava-se um crescimento mais acelerado, o que não vem ocorrendo. "Nesse ritmo de crescimento do ensino fundamental e na estagnação do ensino médio, não vamos alcançar a meta do PNE. A situação é preocupante."

José Francisco Soares, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), afirmou ao G1 que "a educação básica não está parada, está melhorando". "O Brasil teve despertar tardio para a educação. A tarefa que temos pela frente é muito grande. Estamos caminhando, mas temos muito o que caminhar. Vamos caminhar no ritmo do Plano Nacional da Educação."

Ele lembra que, em 2007, este índice era de 46,6%, e que os números de 2013 representam uma melhora considerável. "O ensino médio tem atualmente 8 milhões de alunos. O sistema de educação teve um fluxo enorme, está se adaptando para atender a esses alunos."

O estudo mostra ainda que 19,6% dos jovens de 15 a 17 anos estão ainda no ensino fundamental, 15,7% não estudam e não concluíram o ensino médio, e 5,9% não estudam, mas já terminaram o ensino médio.

No ensino fundamental, a taxa de conclusão até os 16 anos foi de 71,7%. O estudo apontou ainda diferença de aproximadamente 20 pontos percentuais entre as taxas de jovens declarados brancos que concluíram o ensino fundamental aos 16 anos (81%) e o ensino médio aos 19 anos (65,2%), e aqueles que se declaram negros (60% e 45%, respectivamente).

Em relação à renda, entre os 25% mais ricos, 83,3% terminam o ensino médio. Já entre os 25% mais pobres, este índice cai para 32,4%.

"As desigualdades na educação são apenas uma das feições da desigualdade da sociedade", diz Soares. "Algumas desigualdades tiveram uma queda enorme. Hoje não temos mais desigualdades de gênero e de acesso à escola."

Fonte: Portal G1 – Educação – 08/12/2014 – 00h00 – Atualizado em 08/12/2014 às 14h33 – Internet: clique aqui.

Cerca de 2 milhões de jovens entre 15 e 17 anos estão atrasados na escola

Distorção entre idade e a série dos estudantes brasileiros diminuiu
Sala de ensino médio noturno
A diferença de mais de dois anos entre a idade do aluno e a idade prevista para a série em que ele deveria estar matriculado é o que forma o parâmetro utilizado no cálculo da taxa de distorção idade-série. Os cálculos continuam mostrando a tendência de aumento da distorção conforme o aluno avança nos anos da educação básica, saltando de 4,1% no 1º ano do ensino fundamental para 24,3% no 5º ano, e chegando a 30% no 6º ano.

A conclusão faz parte de um relatório do Movimento Todos pela Educação, divulgado nesta segunda-feira (08/12/2014).

— Como reflexo dessa situação, o País tinha no ano passado cerca de 2 milhões de jovens entre 15 e 17 anos, que deveriam estar no ensino médio, mas estavam ainda no ensino fundamental, e outros 1,6 milhão, aproximadamente, que saíram da escola sem concluir a educação básica. No ensino médio, 33,1% dos alunos estavam com atraso escolar já no 1º ano.

Regiões do País

Comparando a situação de cada etapa em diferentes partes do País, observa-se novamente que as regiões Norte e Nordeste são as que mais sofrem com esse problema, com taxas de distorção idade-série no ensino fundamental que chegam ser mais que o dobro da taxa no Sudeste, região com menor percentual de alunos atrasados.

Mas, mesmo no Sudeste, as disparidades são evidentes: São Paulo, o Estado que historicamente sofre menos com esse problema, tem uma taxa de atraso escolar de 7,6% no ensino fundamental e 15,3% no ensino médio, enquanto o Rio de Janeiro tem, respectivamente, 26,3% e 32,6%, em 2013.

Apesar de serem as regiões que apresentam, desde 2006, os maiores percentuais de alunos com distorção idade-série, o Norte e o Nordeste são também os Estados onde mais houve evolução nesse aspecto, com uma queda de 9,6 pontos percentuais e 11,2 pontos percentuais, respectivamente no ensino fundamental, e de 15,3 pontos percentuais e 20,1 pontos percentuais, no ensino médio.

Metas do Movimento Todos pela Educação

O objetivo do relatório do Movimento Todos pela Educação é acompanhar anualmente as cinco metas de ensino e aprendizagem estipuladas pela organização para os estudantes brasileiros. São elas:

·        toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola (meta 1);

·        toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos (meta 2);

·        todo aluno com aprendizado adequado à sua série (meta 3);

·        todo jovem com ensino médio concluído até os 19 anos (meta 4) e

·        investimento em educação ampliado e bem gerido (meta 5).
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Fonte: Portal R7 – Notícias  – Educação – 08/12/2014 – 00h00 – Atualizado em 08/12/2014 às 12h45 – Internet: clique aqui.

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