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Mostrando postagens de março, 2016

A revolução de Francisco em um mundo aos pedaços

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Balanço da caminhada de três anos de pontificado Entrevista com Massimo Borghesi Professor titular de Filosofia Moral da Universidade de Perugia (Itália) Luca Marcolivio Zenit 12-03-2016 Um pontífice que coloca as cartas sobre a mesa, que dribla todos os esquemas ideológicos e que, precisamente, por isso é profundamente admirado ou asperamente criticado PAPA FRANCISCO Um Papa que une fé e calor humano! No entanto, em apenas três anos de pontificado o Papa Francisco não fez mais que colocar novamente no centro a dimensão do encontro entre Deus e o homem , do qual surgem numerosas e evidentes consequências tanto em nível de magistério e de pastoral como de ação diplomática da Igreja. Massimo Borghesi foi, nos últimos três anos, um dos mais agudos “hermeneutas” do pontificado de Bergoglio , colocando em relevo suas características “proféticas”. Ao mesmo tempo, Borghesi explica por que o papa argentino é tão incômodo para muitos, sobretudo entre os próprios ...

O preço que o PT paga para ficar, ainda, no poder

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Fim de feira! Editorial A presidente Dilma Rousseff decidiu vender o governo a granel para tentar impedir seu impeachment No deplorável fim de feira em que se transformou seu mandato, a presidente Dilma Rousseff decidiu vender o governo a granel para tentar impedir seu impeachment . Não se trata somente de escancarar a administração pública federal aos políticos fisiológicos, distribuindo cargos e verbas a quem se dispuser a defendê-la no Congresso . Dilma também resolveu mostrar-se disposta a entregar de vez a chave dos depauperados cofres do Estado aos inimigos da racionalidade econômica , satisfazendo a agenda suicida dessa turma de irresponsáveis em troca de apoio. Essa situação torna o afastamento de Dilma ainda mais urgente: é preciso que a petista seja destituída o quanto antes, para que ela não tenha condições de ampliar a ruína do País . DILMA ROUSSEFF Parte para o "tudo ou nada" na tentativa de barrar o seu impeachment no Congresso: para se ter uma...

O cenário do pós-Dilma: nada de otimismo!

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Casamento mal-arranjado José Roberto de Toledo Há grande desconfiança na gestão do PMDB em caso de impedimento de Dilma, e incertezas sobre o desfecho das crises política e econômica   MICHEL TEMER, DILMA ROUSSEFF E LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Na cerimônia de posse como Presidente da República de Dilma O impeachment de Dilma Rousseff segue favorito na Câmara, apesar do regateio do PP e assemelhados com o PT por cargos e verbas. Mas o otimismo sobre o que pode ser o pós-Dilma parece estar em refluxo . A perspectiva de: * interinidade demorada de Michel Temer até o julgamento final da presidente pelo Senado, * a chance de cassação de ambos pelo Tribunal Superior Eleitoral e, principalmente, * o cheiro de pizza no ar - para safar a cúpula do PMDB na Lava Jato – sugerem meses de crise política e econômica, agora sob nova administração. Não é apenas aos olhos de atores políticos que o pós-Dilma está ganhando tons de cinza. A população em geral não e...

“Para se reinventar, o PT precisa sair do poder”

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Entrevista com Daniel Aarão Reis Professor do curso de História na Universidade Federal Fluminense (UFF) e estudioso da esquerda Débora Melo DANIEL AARÃO REIS Historiador e pesquisador sobre a esquerda política Com a proximidade da votação do pedido de impeachment na Câmara, a presidenta Dilma Rousseff negocia com a base as condições para evitar que aliados desembarquem do governo. Para o historiador Daniel Aarão Reis , que colaborou com a fundação do PT e hoje é crítico ao partido, a cláusula constitucional que permite o impeachment é “essencialmente antidemocrática”, mas a presidenta precisa esclarecer de que forma pretende continuar conduzindo o País. “A grande questão é a seguinte: Dilma quer se manter no poder para que, exatamente? Ela não está fazendo o tipo de política com a qual se comprometeu no segundo turno. Vai fazer agora?”, questiona. Em entrevista a CartaCapital , o historiador defende que, diante de um cenário de perda de identidade política, u...

Refutando aqueles que bradam: «Não vai haver golpe!»

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Apenas a lei Editorial Trata-se de evidente malandragem, cujo único objetivo é confundir a opinião pública. O processo de impeachment , se levado adiante e tiver como desfecho o afastamento de Dilma, terá cumprido seu papel exatamente como prevê a Constituição. CÁRMEN LÚCIA Ministra do Supremo Tribunal Federal - Brasília (DF) A presidente Dilma Rousseff está desesperada. Para se segurar na cadeira presidencial, a petista desistiu de vez de exercer seu mandato e se dedica, dia e noite, a acusar os que defendem seu impeachment – hoje a maioria absoluta dos brasileiros – de promover um golpe de Estado . De acordo com esse discurso, os lulopetistas e seus cúmplices são agora os patronos da Constituição, protegendo-a dos “golpistas” que, segundo dizem os governistas, tramam na surdina contra Dilma para derrubá-la sem nenhuma razão prevista em lei . Em síntese: impeachment , para essa turma, configuraria uma “ruptura institucional” que estaria “sendo forjada nos baixos por...

Aposentadorias: onde está o nó da questão?

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Gasto com 980 mil servidores é igual ao de todo o INSS Alexa Salomão Déficit de ambos os sistemas está na casa de R$ 90 bilhões; para reduzir rombo, alternativa é funcionalismo dobrar valor da sua contribuição Em 2013, houve quem pensasse que o nó financeiro da previdência pública federal estava finalmente desfeito. A presidente Dilma Rousseff sancionara a lei que criava a Funpresp , a Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais , responsável pela criação dos fundos de previdência complementar para os novos servidores. O nó, porém, permanece bem atado. Apesar de o gasto com o pagamento de aposentadorias e pensões ter arrefecido, permanece elevado e, com a crise, pode se tornar impagável . As apresentações de dados sobre gastos com pessoal no serviço público federal não são separados pelo governo – salários de quem está na ativa e benefícios ficam entrelaçados . Encerraram o ano em R$ 251,5 bilhões. O economista Nelson Marconi, coordenador...