«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Sexta-feira Santa: PAIXÃO DO SENHOR – Homilia

Evangelho: João 18,1–19,42

(Para ler o texto evangélico do anúncio da Paixão,
clique aqui)

JOSÉ ANTONIO PAGOLA

DIANTE DE JESUS CRUCIFICADO

Seguindo uma antiga tradição romana, na Sexta-Feira Santa não se celebra a Eucaristia, mas uma solene liturgia que tem como centro a Paixão e Morte do Senhor.

Sempre me impressionou, dentro desta celebração, a liturgia sóbria e profunda da adoração da Cruz, de inspiração provavelmente oriental.

Em primeiro lugar, o descobrimento progressivo do Crucificado e o repetido convite à adoração. Em seguida, a procissão de todos os fiéis até a Cruz, enquanto canta-se o admirável hino «Crux fidelis» [Ó Cruz fiel]. Por fim, o beijo emocionado de cada fiel ao Cristo morto.

Clique sobre a imagem abaixo para escutar o hino
«Ó Cruz fiel» mencionado acima:


 Não é um momento de tristeza. Para aqueles que creem, é momento de profunda meditação, onde se misturam, de maneira difícil de expressar, a gratidão, a adoração, o arrependimento.

Esse grande teólogo e crente que foi Karl Rahner [jesuíta alemão], nos revelou sua alma orante no precioso livro que leva por título «Orações de vida». Talvez a oração dele nos possa ajudar também a nos aproximarmos, nesta tarde de Sexta-Feira Santa, ao Deus crucificado:

«Aonde poderia eu me refugir com minha debilidade, com meu desleixo, com minhas ambiguidades e inseguranças... senão em Ti, Deus dos pecadores comuns, cotidianos, covardes, medíocres?

Olha-me, Senhor, vê minha miséria. A quem eu poderia fugir, senão a Ti?

Como poderia suportar-me a mim mesmo se não soubesse que Tu me suportas, se não tivesse a experiência de que Tu és bom comigo?

Meu pecado não é grandioso, é tão cotidiano, tão comum, tão medíocre que inclusive pode passar inadvertido... Porém, que aversão suscita a minha miséria, a minha apatia, a horrível mediocridade de minha boa consciência.

Somente Tu podes suportar tão coração.

Somente Tu tens ainda para comigo um amor paciente.

Somente Tu és maior que o meu pobre coração.

Deus santo, Deus justo, Deus que és a Verdade, a Fidelidade, a Sinceridade, a Justiça, a Bondade... tem compaixão de mim... Sou um pecador, porém tenho um desejo humilde de tua misericórdia gratuita.

Tu não te cansas em tua paciência para comigo. Tu vens em minha ajuda. Tu me dás a força de começar sempre de novo, de esperar contra toda a esperança, de crer na vitória, em tua vitória em mim e em todas as derrotas, que são as minhas.»

Talvez, neste ano o nosso beijo no Crucificado possa ser um pouco mais sincero e profundo!

Traduzido do espanhol por Telmo José Amaral de Figueiredo.

Fonte: Basílica de la Altagracia – Higüey – República Dominicana – Internet: clique aqui.

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