«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sábado, 26 de março de 2016

Catolicismo cresce e chega a 1,27 bilhão de fiéis no mundo

Jamil Chade

Jorge Bergoglio foi escolhido como papa em fevereiro de 2013 e, no
comando da Igreja, abriu um novo espaço para o catolicismo
PAPA FRANCISCO
Deita-se em sinal de humildade e condolência ao Cristo Morto
Sexta-feira da Paixão, Basílica de S. Pedro (Vaticano), 25 de março de 2016

Depois de décadas em queda, o número de católicos no mundo volta a crescer a uma taxa superior à expansão da população mundial. Dados oficiais do Vaticano indicam que o aumento de pessoas batizadas nos últimos dez anos coloca o catolicismo no caminho de somar um quinto da população mundial nos próximos anos.

Em fevereiro de 2013, Jorge Bergoglio foi escolhido como papa e, no comando da Igreja, abriu um novo espaço para o catolicismo. Segundo os especialistas, o aumento no número de batizados em uma década não pode ser somente atribuída à popularidade do papa. Mas o Vaticano não nega que a tendência ganhou força a partir de início de 2013.

Segundo o Escritório Central de Estatística do Vaticano, o número de católicos passou de 1,11 bilhão em 2005 para 1,27 bilhão ao final de 2014, 17,8% da população mundial. Em dez anos, 157 milhões de pessoas foram batizadas.

Isso significa, segundo a Santa Sé, que a Igreja está ganhando adeptos num ritmo maior que o crescimento da população mundial. Essa realidade é registrada em todos os continentes, salvo na Oceania.

A maior expansão ocorreu na África, com um salto de 41% no número de católicos em dez anos. Nesse mesmo período, a população aumentou em 23%. Na Ásia, a expansão dos fiéis foi de 20%, contra um aumento da população de 9,6%.

Nas Américas, o crescimento também é registrado, ainda que menor. Os católicos aumentaram em 11,7% entre 2005 e 2014, contra uma expansão demográfica de 9,6%. Segundo o Vaticano, o continente americano ainda representa 50% dos católicos do planeta.

Em dificuldade, a Igreja na Europa comemorou o fato de voltar a crescer. Mas a taxa de apenas 2% em dez anos não permitiu que a taxa total fosse modificada. Hoje, 40% dos europeus se dizem católicos, de acordo com o Vaticano. 
RITO DE ORDENAÇÃO DE TRÊS PRESBÍTEROS

Padres

Segundo o Vaticano, o número de padres também voltou a subir, em 9,3 mil entre 2005 e 2014. No total, 415 mil religiosos estão espalhados ao mundo, à serviço do Vaticano. 

Mas se na Ásia e África a expansão é considerada como "dinâmica" pelo Vaticano, ela sofreu uma nova queda na Europa. No Velho Continente, a taxa foi reduzida em 8% em dez anos.

ANÁLISE

Daqui a uns anos a Igreja colherá frutos do
papa Francisco

Francisco Borba Ribeiro Neto*
FRANCISCO BORBA RIBEIRO NETO
Biólogo, Professor e Coordenador do "Núcleo Fé e Cultura" da PUC-SP

Este aumento de fiéis dificilmente é motivado apenas pelo novo papa. Provavelmente, o número de simpatizantes pelo Catolicismo aumentou com Francisco, mas o número de convertidos e batizados depende do trabalho pastoral. Quando um papa propõe mudanças na Igreja, é preciso um tempo de maturação para que as comunidades locais as assimilem e elas tenham efeito. O que estamos experimentando hoje é mais fruto da ação de João Paulo II e Bento XVI. Só daqui a uns anos colheremos os frutos do trabalho do papa Francisco, em termo s de conversão de fiéis.

O período recente, porém, foi muito difícil para o Catolicismo. Na Europa e nas Américas, há um aumento do secularismo e, com isso, um descrédito e até uma perseguição a quem se diz cristão. Na África e na Ásia existe a perseguição dos radicais muçulmanos e até de governos, como na China. A Igreja Católica teve ainda grandes dificuldades com os escândalos de pedofilia e a crise do Vaticano, que levou à renúncia do papa Bento XVI. Esses episódios obrigam as pessoas a se perguntarem por que são católicas e fortalece sua convicção na experiência que estão fazendo.

Está no DNA do Cristianismo crescer na dificuldade. Assim como certas plantas precisam ser podadas para crescer mais robustas, o Cristianismo precisa da dificuldade para se robustecer. Em um período de grandes desafios, os católicos tendem a ser mais convictos e coerentes, mais militantes e dar mais testemunho. Com isso, o número de conversões aumenta. As barreiras dos anos são como a poda que fortalece a árvore.

* FRANCISCO BORBA RIBEIRO NETO é o coordenador do Núcleo de Fé e Cultura da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP).

Fonte: O Estado de S. Paulo – Sábado, 26 de março de 2016 – Pág. A19 – Internet: clique aqui.

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