«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

CRISTÃOS DO IRAQUE AMEAÇADOS ! ! !

Papa pede proteção de populações cristãs em fuga

O papa Francisco emitiu hoje um apelo urgente à comunidade internacional para «proteger» as populações do norte do Iraque, na maioria cristãs, que estão em fuga perante o avanço dos «jihadistas» do Estado Islâmico. 
Papa Francisco durante o ÂNGELUS do dia 20 de julho de 2014
Num apelo transmitido pelo seu porta-voz Federico Lombardi, o papa retoma a sua exortação do Ângelus (oração dominical) de 20 de julho, sublinhando que «a violência não se vence pela violência, mas pela paz», e exprime a sua «proximidade» com os irmãos cristãos «perseguidos e despojados de tudo».

Francisco «emite um imperioso apelo à comunidade internacional, para que se mobilize e ponha fim ao drama humanitário em curso». Solicita «que sejam tomadas as medidas necessárias para proteger os que estão ameaçados pela violência, e asseguradas as ajudas necessárias, a começar pelas mais urgentes, para tantos deslocados, cujo destino despende da solidariedade dos outros».

«À luz destes inquietantes acontecimentos, o Santo Padre renova a expressão da sua proximidade espiritual para todos os que atravessam esta prova muito dolorosa e une-se aos insistentes apelos dos bispos regionais, pedindo, com eles e para as comunidades em perigo, que de toda a Igreja se erga uma oração unânime para pedir ao Espírito Santo o dom da paz».
Louis Raphael I Sako
Patriarca da Babilônia dos Caldeus e
Arcebispo de Bagdá, no Iraque

Hoje, os combatentes radicais islâmicos apoderaram-se de Qaraqosh, a maior cidade cristã do Iraque, forçando dezenas de milhares de pessoas a fugir, enquanto os clérigos caldeus apelavam à ajuda da comunidade internacional.

Segundo o patriarca caldeu Louis Sako [foto ao lado], 100.000 cristãos foram expulsos para as estradas «apenas com as roupas que envergavam» e as igrejas «foram ocupadas e as cruzes retiradas».

«Hoje emitimos um apelo, com muita dor e tristeza, ao Conselho de Segurança da ONU, à União Europeia e às organizações humanitárias, para que ajudem estas pessoas em perigo de morte», referiu o patriarca em declarações à agência noticiosa AFP no Iraque, sublinhando ainda recear «um genocídio».


Fonte: Diário Digital – Quinta-feira, 7 de agosto – 15h14 – Internet: clique aqui.

Cristãos fogem à medida que “Estado Islâmico” amplia domínio no Iraque

"Estado Islâmico" toma o controle de cidades cristãs no norte do Iraque, entre elas Qaraqosh e Tal Kayf, gerando nova onda de fugitivos.
ONU fala em tragédia humanitária.
Milhares de cristãos em fuga no norte do Iraque - tragédia humana, segundo a ONU

Militantes do "Estado Islâmico" (EI) ampliaram seu domínio em partes do norte do Iraque nesta quinta-feira (07/08), conquistando mais cidades e fortalecendo suas bases perto da região curda.

A ofensiva deixou em alerta o governo do país, além de ter causado um êxodo de cristãos, assustados com o avanço dos radicais. "Todas as vilas cristãs estão vazias", disse o arcebispo Joseph Thomas, na cidade curda de Kirkuk.

Dezenas de milhares de membros da minoria religiosa yazidi também fugiram do país rumo à Turquia, depois de jihadistas terem tomado o controle de grandes áreas no norte do Iraque.

Segundo relatos de testemunhas, os radicais tomaram Qaraqosh, a maior cidade cristã do Iraque, e outras localidades perto de Mossul. "Sei que as localidades de Qaraqosh, Tal Kayf, Bartella e Karamlesh foram esvaziadas de seus habitantes e estão sob controle dos rebeldes", afirmou o arcebispo.

Os combatentes do "Estado Islâmico" tomaram posições durante a noite, depois da retirada das forças curdas, explicaram residentes.

Qaraqosh é uma localidade totalmente cristã, situada entre Mossul, a principal cidade nas mãos do EI no Iraque, e Erbil, capital da região autônoma do Curdistão. A população residente era de 50 mil habitantes, mas recentemente começou a receber numerosos cristãos expulsos de Mossul.

Mais ao norte, Tal Kayf, onde também vivem muitos cristãos, mas também membros da minoria xiita Chabak, foi também esvaziada durante a noite. "Tal Kayf está nas mãos do Estado Islâmico. Eles não encontraram resistência alguma e chegaram ao local logo depois da meia-noite (hora local)", relatou um residente que fugiu da localidade, contactado por telefone em Erbil.
Mapa destacando a região em conflito no Iraque

Perseguição religiosa

O "Estado Islâmico", grupo radical sunita considerado mais extremo do que a Al Qaeda, vê a maioria xiita e minorias de cristãos e yazidis como "infiéis". Os yazidis, em especial, são vistos como "adoradores do diabo".

"Esta é uma tragédia de proporções imensas que tem impacto na vida de centenas de milhares de pessoas", disse David Swanson, porta-voz do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU. Segundo ele, cerca de 200 mil yazidis fugiram da cidade de Sinjar e estão escondidos nas montanhas da região.

Outra fonte da ONU alertou para a situação de crianças nas montanhas – muitas delas sofrendo de desidratação. De acordo com a fonte, pelo menos 40 crianças morreram desde que a ofensiva começou, no fim de semana passado.

O ataque de militantes do grupo levou o Iraque à sua pior crise desde a saída dos soldados americanos do país, em 2011.

Quando os radicais tomaram o controle de áreas habitadas por minorias, os cristãos foram obrigados a se converter, pagar uma taxa ou deixarem suas casas. Aqueles que não obedecessem, enfrentariam o risco de serem executados.

"A maioria dos deslocados está vivendo ao relento e pode morrer por causa do calor intenso e por causa da falta de água e comida", disse o arcebispo caldeu Louis Raphael Sako. "É um desastre humanitário."

Avanço

De acordo com fontes turcas, centenas de yazidis chegaram ao país depois de serem expulsos do Iraque por militantes do "Estado Islâmico".

Um funcionário do Ministério do Exterior da Turquia descreveu a fuga como uma tragédia humana. "Não é possível para a Turquia permanecer indiferente diante disso. Nós cumpriremos nossa responsabilidade."

Antes da ocupação americana no Iraque, em 2003, havia pelo menos 1,2 milhão de cristãos no país. O número teria sido reduzido para cerca de 500 mil atualmente.

Em sua conta no Twitter, os militantes disseram ter tomado o controle de 15 cidades, além da represa de Mossul, no rio Tigre, e uma base militar.

Além de representar a pior ameaça para a integridade do Iraque desde a queda de Saddam Hussein, em 2003, o avanço dos militantes preocupa a região como um todo, que teme que outros radicais juntem-se à campanha do "Estado Islâmico".

NOTA:

Quem são os yazidis?
Os yazidis são membros de uma das menores e mais incompreendidas religiões do Iraque - e por isso já foram perseguidos outras vezes. Em 2007, eles foram alvo do maior atentado suicida na história moderna do Iraque, em que 800 pessoas foram mortas.
De acordo com reportagem da The Economist, a religão dos yazidis combina elementos do zoroastrismo com Sufi Islã e crenças que remontam à antiga Mesopotâmia.
Eles acreditam que Deus e 7 anjos protegem o mundo. Um deles, chamado Malak Tawous - que é representado na Terra na forma de um pavão - foi expulso do paraíso por ter se recusado a curvar-se para Adão.
Para os yazidis isso é considerado um sinal de bondade, mas os muçulmanos o enxergam como um anjo caído e enxergam os yazidis como adoradores do diabo. 
Além disso, os yazidis acreditam na reencarnação, o que faz com que o entedimento com os islâmicos seja ainda mais difícil. 
A religião tem um sistema de castas rigoroso, que determina quem pode casar com quem dentro da comunidade. Casar fora da comunidade é proibido.
Atualmente, existem cerca de 600 mil yazidis no mundo. A maioria está concentrada no Iraque, Irã, Turquia e Síria (Fonte: clique aqui).

Fonte: Deutsche Welle – Notícias – Mundo – 07/08/2014 – Internet: clique aqui.

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