Professores brasileiros são os que mais sofrem violência dos alunos em todo o mundo
Débora Freitas
O Brasil é o primeiro país no ranking de violência nas escolas segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Estudo
indica que 12,5% dos docentes relataram ser vítimas de agressões verbais ou
intimidações diariamente ou, ao menos, uma vez por semana. O número corresponde
ao mais alto índice entre os cem mil
profissionais entrevistados em 34 países. A média mundial é de 3,4%.
Segundo
a socióloga Helena Singer, diretora
do projeto Escola Aprendiz, as
pessoas, normalmente, levam as suas experiências boas e, também, ruins para os
locais de convivência. No entanto, para ela, a estrutura escolar brasileira
ajuda a promover o ambiente violento: “É uma estrutura que tanto os professores
quanto os alunos estão sujeitos a regras, a metas, a imposições que eles não
participaram da decisão. Então, eles não se sentem donos daquele espaço, não
sentem que a escola lhes pertence. Ali é um encontro de pessoas,
cotidianamente, e nenhum sentido de comunidade, de pertencimento”.
Ainda,
segundo Helena Singer, para diminuir
a violência nas escolas não basta a participação da família, mas também o
envolvimento da escola na comunidade onde está inserida: “Se a escola tivesse
um trabalho junto à comunidade em que ela está, de repercussão sobre que lugar
é aquele. A escola não pode ser igual em todos os lugares. O Brasil é um país
muito diverso, não pode haver um único modelo de escola para o Brasil todo, ela
ser igual em todos os lugares. A escola precisa refletir o lugar em que ela
está”.
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