«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Este médico salvou 50 milhões de pessoas!

Lin Lin Ginzberg

A fórmula, hoje, é mundialmente conhecida: 
uma solução simples de açúcar, sal e água. 
Uma mistura que pode ter salvado até 50 milhões de pessoas.
Norbert Hirschhorn - médico criador do soro caseiro

Encontrar um equilíbrio entre esses elementos foi o feito essencial dela, e o médico Norbert Hirschhorn teve um papel-chave na descoberta das medidas certas na preparação do soro caseiro.

Um caso emblemático: depois de dois dias sofrendo diarreia, um bebê egípcio de três meses não tinha forças nem para levantar a cabeça e mamar no peito da mãe.
Médicos temiam pelo pior: a diarreia grave é uma das principais causas de morte em países em desenvolvimento.

Com um tratamento simples, pouco mais de quatro horas depois ele estava bem o suficiente para retomar a amamentação - tudo graças a uma solução barata de açúcar e sal.

Hirschhorn descreve a transformação causada pela terapia de reidratação oral como incrível. "Você entra em uma sala e a criança ou o adulto está perto da morte. Eles têm olhos fundos, respiram acelerado, a pele e as unhas estão azuladas", conta.

Ver alguém se recuperar é "como ver Lázaro voltar dos mortos - um milagre", diz ele.

Medida certa

Hirschhorn se envolveu em pesquisas sobre terapia de reidratação oral em 1964.

Ele prestava serviço militar nos Estados Unidos no serviço público de saúde e foi enviado para o que é hoje Bangladesh, que padecia de uma grave epidemia de cólera.

A cólera causa diarreia grave e pacientes rapidamente perdem muita água e sais. Os infectados ficam extremamente desidratados e podem entrar em choque e morrer em poucas horas.

Na região, até 40% dos moradores que não tratavam cólera estavam morrendo.
À época, o tratamento de reidratação era administrado por via intravenosa no hospital. Era caro, e muitas vezes, inalcançável para os que mais precisavam dele.

O objetivo era encontrar uma maneira de dar o tratamento por via oral e assim ajudar muito mais gente.

Outros haviam tentado no passado encontrar o equilíbrio certo de açúcar, sais e água para um tratamento oral. Hirschhorn trabalhava com o capitão Robert Phillips, que havia tentado ele próprio, sem sucesso, sua própria mistura anos antes. Vários pacientes morreram durante os testes. Phillips estava muito receoso em deixar Hirschhorn realizar sua própria pesquisa.

"Ele já havia tentado a solução quando estava na Marinha em Taiwan e nas Filipinas, mas não acertou na medida, que era muito concentrada, e piorou as coisas", disse Hirschhorn.

O trabalho de Hirschhorn se baseou nos estudos de Phillips e de outro colega, David Sachar. Sachar havia mostrado que o corpo poderia transportar sódio assim que glicose fosse adicionada - algo fundamental no combate à desidratação.

Mas a medida correta era fundamental: a quantidade maior ou menor de qualquer um dos ingredientes poderia fazer com que a solução não apenas não funcionasse, mas causasse danos mais graves.

"As proporções são cruciais. Para obter a absorção ideal de água, você precisa da mesma quantidade de glicose e sódio", disse Hirschhorn.

Foi um estudo pequeno, de apenas oito pacientes, no qual a terapia de reidratação foi aplicada usando uma sonda nasogástrica, que provou que a combinação funcionava.
Irmãos atingidos por diarreia e desidratação aguardam ajuda no Sudão, em foto de 2004:
segundo a OMS, a diarreia mata cerca de 760 mil crianças por ano

No hospital e em casa

Hirschhorn disse que havia descrença de que uma mistura tão simples pudesse ser tão eficaz. "Sua simplicidade era sua própria inimiga. Levou muito tempo, muito tempo para convencer os pediatras de que fosse segura."

A publicação científica Lancet descreveu a terapia de reidratação oral como "potencialmente o avanço médico mais importante" do século 20.

O Unicef, fundo da ONU para infância, disse que nenhuma outra inovação médica do século "teve o potencial de evitar tantas mortes em um curto período de tempo e custo tão pequeno".

Agora, a eficácia é mundialmente conhecida e usada por médicos em clínicas e em casas por pais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte que a diarreia é a segunda principal causa de morte de crianças menores de cinco anos, responsável pela morte de cerca de 760 mil crianças por ano.

E qual é a sensação de saber que seus esforços ajudaram a salvar mais de 50 milhões de pessoas?

Hirschhorn conta a história de uma viagem ao Egito, muitos anos depois de seu trabalho clínico.

Durante uma conversa com um taxista, descobriu que o filho dele havia sido salvo por reidratação oral quando criança. O garoto cresceu para virar um jovem estudante, realizando seus próprios estudos científicos nos EUA.

"Essa troca", diz Hirschhorn, ainda visivelmente emocionado, "teve um impacto grande em mim, tanto quanto todas as estatísticas juntas".

Fonte: BBC Brasil – Saúde – Atualizado em 4 de agosto de 2014 às 11h51 (Brasília) – 14h51 GMT – Internet: clique aqui.

Receita de soro caseiro
Tatiana Zanin
Nutricionista


O soro caseiro, além de barato e simples de fazer, é uma excelente forma de evitar a desidratação causada por vômitos e diarreia.  Deve-se tomar o soro caseiro em pequenos goles ao longo do dia enquanto houver sinais de desidratação e principalmente após um episódio de vômito ou diarreia.



Como fazer o soro caseiro

Para fazer o soro caseiro siga as indicações abaixo.
Ingredientes:
  • 1 litro de água filtrada ou fervida;
  • 2 colheres (sopa) rasas de açúcar;
  • 1 colher (café) rasa de sal.
ou
  • 20 g de açúcar branco;
  • 3,5 g de sal;
  • 1 litro de água filtrada ou fervida.
ou
  • 1 medida rasa de açúcar, do lado maior da colher padrão;
  • 1 medida rasa de sal, do lado menor da colher padrão;
  • 1 copo (200ml) de água filtrada ou fervida.
Essa colher padrão é fornecida em qualquer posto de saúde ou na farmácia popular, gratuitamente.
Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes e beba várias vezes ao dia.
A durabilidade desse soro caseiro é de, no máximo, 24 horas e a quantidade que se deve beber é a equivalente à água perdida através do vômito ou diarreia. Para tomar o soro caseiro basta beber esta receita ao longo do dia e se for necessário tomar soro por mais dias, deve ser preparada uma nova receita a cada dia.
Atenção: Ao provar o soro fisiológico caseiro, este não deve ser mais salgado que uma lágrima, por exemplo.

Para que serve o soro caseiro

O soro caseiro serve para combater a desidratação porque ele repõe a água e os sais minerais perdidos vômitos e diarreias, comuns na gastroenterite e a dengue, por exemplo.
O soro caseiro é indicado para todas as idades e pode, inclusive, ser utilizado em cães e gatos, quando houver necessidade.
Fonte: Tua Saúde – Remédios Caseiros – Última atualização da página: 17/07/2014 – Internet: clique aqui.

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