«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

ISRAEL X HAMAS: Como terminar a guerra

THOMAS L. FRIEDMAN
THE NEW YORK TIMES
Thomas Loren Friedman - jornalista norte-americano

Esta é uma geração de líderes árabes, palestinos e israelenses especializados em construir túneis e muros. Nenhum deles pensou em erguer pontes e portas. Na sexta-feira refleti sobre como tanta criatividade tem sido usada numa guerra e o quão pouco é aplicada para se fazer a paz.

Israel desenvolveu um sistema de interceptação de foguetes que imediatamente calcula se um foguete do Hamas atingirá uma área urbanizada em Israel ou se cairá no mar ou no deserto, evitando assim gastar US$ 50 mil num interceptor. Se o governo israelense tivesse aplicado esta mesma engenhosidade para tentar forjar um acordo com a moderada Autoridade Palestina [AP] na Cisjordânia, o Hamas estaria muito mais isolado hoje - não Israel.

O Hamas, por seu lado, usando picaretas, pás e furadeiras, desenvolveu um labirinto de túneis em Gaza sob o nariz de Israel. Se o grupo, que só tem trazido ruína para a população de Gaza, tivesse aplicado a mesma criatividade para construir na superfície, teria criado a maior empresa de construção do mundo árabe nos dias atuais, e mais escolas.

Mesmo antes de um cessar-fogo estável, autoridades de Israel e da AP vêm discutindo os princípios de um acordo duradouro para Gaza. Como Egito, Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes odeiam o Hamas - por seus vínculos com a Irmandade Muçulmana - tanto quanto Israel, há potencial para um acordo para Gaza que de fato mobilize árabes moderados, palestinos e Israel. Mas exigirá que Israel, Hamas e EUA [Estados Unidos da América] eliminem velhas regras sobre quem não deve falar com quem.

Eis a razão: O Hamas é um terrível inimigo de Israel e não deve suspender esta guerra sem um acordo que encerre o bloqueio de Gaza. Israel não deve também terminar a guerra sem ter eliminado o maior número de túneis do Hamas e instalar no local um regime para desmilitarizar Gaza e impedir a importação de novos foguetes.

Como nem Israel ou Egito querem dominar Gaza, a única chance de as metas serem adotadas é se a AP for convidada a ir a Gaza (da qual foi expulsa em 2007). E, como explicou-me um dos principais assessores do presidente Mahmoud Abbas, Yasser Abed Rabbo, isso só ocorrerá se os palestinos formarem um governo de unidade nacional com o Hamas e Israel concordar em retomar as negociações com esse governo sobre o fim da ocupação da Cisjordânia.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Internacional/Artigo – Segunda-feira, 4 de agosto de 2014 – Pg. A9 – Internet: clique aqui.

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