«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

E o que mais aconteceu? (Interessante!)

MOISÉS NAÍM*
Moisés Naím

Síria, Ucrânia, Gaza, Iraque, Estado Islâmico, Ebola. A lista é longa. Mas durante o trágico verão (no hemisfério setentrional) de 2014 houve outros acontecimentos que, embora chamassem menos a atenção, poderiam ser tão importantes quanto as notícias que dominaram a TV e os periódicos.

Alguns deles são mudanças inesperadas, enquanto outros revelam tendências que, a se manterem, terão consideráveis consequências.

1. Caiu o preço do petróleo. O preço do petróleo chegou ao seu patamar mais baixo em um ano. As guerras no Oriente Médio e na Ucrânia e as graves sanções impostas à Rússia deveriam ter provocado o seu aumento. Mas não foi assim. Graças ao aumento da produção nos EUA [Estados Unidos da América], em julho foi registrado o maior volume de bruto do mundo desde 1987. Por outro lado, a fraca atividade econômica mundial não gera tanta demanda de energia como antes. A combinação de mais oferta e menos demanda pressiona os preços para baixo. Se essas tendências se mantiverem, mudarão o mundo.

2. A pior seca em 106 anos. O oeste dos EUA, o México e a América Central há três anos registram uma chuva extraordinariamente escassa e a situação se tornou crítica. O verão foi assolado por acidentes climáticos extremos.

3. A freada econômica europeia. Neste verão ficou confirmado que a lenta recuperação das economias europeias foi interrompida. Chegamos à conclusão de que durante a primeira metade do ano, a atividade econômica declinou na Alemanha e na Itália e estancou na França. Nem todas as notícias foram ruins. Na Espanha, a economia continua crescendo e o Banco Central Europeu tomou medidas para estimular as economias da zona do euro. Entretanto, lamentavelmente, ao mesmo tempo, reapareceu na Europa o fantasma da deflação: uma queda crônica do nível de preços que, combinada a altos níveis de endividamento, resulta muito perigosa. Uma vez que se cai nesta armadilha, é difícil sair dela.

4. Quem é Federica Mogherini? A partir de novembro, ela será chefe da política externa europeia. Quando assumir o cargo, Federica, nomeada em agosto, negociará em nome da Europa. Também dirigirá o Conselho Europeu e o Serviço Europeu de Ação Exterior. Qual é sua principal credencial? Ter sido ministra do Exterior da Itália por seis meses. Antes disso, nenhuma experiência. Analistas concordam que ela não está qualificada para o cargo. Concordam ainda que sua nomeação confirma que os países europeus não estão interessados em ter uma política internacional comum.

5. Acidente aéreo. Com o acidente de 13 de agosto que matou Eduardo Campos, candidato à presidência do Brasil, Marina Silva substituiu-o e as pesquisas indicam que ela poderá derrotar Dilma. Se isso acontecer, é provável que poderá acabar a cega solidariedade que Lula e Dilma têm com os governos latino-americanos que minam a democracia e violam os direitos humanos.

* Moisés Naím é escritor venezuelano e membro do Carnegie Endowment.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Internacional – Domingo, 14 de setembro de 2014 – Pg. A29 – Internet: clique aqui.

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