«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Cresce número de candidatos religiosos nas eleições

WILSON TOSTA

Quantidade de postulantes à Câmara que associam sua fé ao “nome de urna” aumenta 54% neste ano em relação a quatro anos atrás

O número de candidatos a deputado federal que se apresentam com títulos religiosos - padre, pastor, missionário, bispo e outros - cresceu 54% nas eleições de 2014 em comparação com o pleito de 2010.

Levantamento feito pelo [jornal] Estado nos registros da Justiça Eleitoral encontrou 108 postulantes à Câmara que buscam votos com “nomes para urna” que fazem menções a crenças religiosas. Em 2010, foram 70. Apenas candidaturas que constam como deferidas pela Justiça foram consideradas para essa comparação.

Em 2014, os postulantes a deputado federal com títulos religiosos são 1,87% dos 5.774 candidatos à Câmara cujas candidaturas foram oficializadas pelo Judiciário. Também é um aumento em relação a 2010, quando essas candidaturas representaram 1,43% dos 4.903 concorrentes. Entre as duas proporções, o aumento foi de 30,7%. Hoje, apenas cinco deputados se apresentam assim. Equivalem a 0,97% dos 513 integrantes da Casa. As bancadas religiosas, porém, são maiores. São integradas por parlamentares sem títulos religiosos.

Dos candidatos com nomes que se referem a religiões em 2014, pouco menos de 2/3 (71 - 65% do total) é formada por pastoras e pastores evangélicos. Nas eleições gerais de 2010, foram 42 postulantes, 60% do total. Os padres são em número muito menor: um nas eleições atuais, contra cinco há 4 anos.

Na campanha atual, há ainda sete bispos e duas bispas (contra três no pleito passado). Também foram encontrados três missionárias e dois missionários em 2014, para, respectivamente, três mulheres e três homens que se apresentaram com esses títulos em 2010.

Por Estado

São Paulo é o Estado com mais candidatos desse tipo: 19, ante 17 em 2010. Em segundo lugar vêm Minas Gerais (15, contra 3 no pleito anterior) e Rio (15, com 8 em 2010). Também houve aumentos expressivos no Maranhão (de 2 em 2010 para 8 este ano) e em Santa Catarina (1 para 5).

Tanto em 2014 como em 2010, as candidaturas com títulos religiosos se concentram em partidos pequenos e têm alguma presença em legendas médias. Na atual campanha:
  • PTC (11 candidatos),
  • PRB (10),
  • PRTB e PRP (cada um com 9) e
  • PDT (7) lideram no número de candidatos com esse perfil.
  • PSDB e PT têm, cada um, uma candidatura desse tipo.
  • Mesmo um partido ideológico como o PSOL tem um concorrente religioso.
Quatro anos atrás, o PRB, com 10 candidatos, liderou nesse quesito. O partido é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).

Depois, vieram PSC (7), PR (6) e PP (5). Legenda média, o PTB aparecia com 6 postulantes religiosos. PSDB e PT tiveram, cada um, dois candidatos.

A situação contrasta com o quadro das Assembleias Legislativas e Câmara Legislativa do Distrito Federal. Nesse universo, as candidaturas com títulos religiosos deferidas pela Justiça caíram de 329 para 305, queda de 7,3%.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Política – Domingo, 28 de setembro de 2014 – Pg. A11 – Internet: clique aqui.

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