«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

PAPA FRANCISCO: "É triste descobrir que os cristãos já não são o sal da terra"

Redação

As palavras do Papa Francisco durante o Ângelus

Publicamos aqui a tradução de ZENIT das palavras que o Papa pronunciou hoje [domingo, dia 31 de agosto] às 12 horas durante a oração do Ângelus na Praça de São Pedro.
Papa Francisco durante o Ângelus - Praça São Pedro (Vaticano)

[Antes do Ângelus]

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

No itinerário dominical com o Evangelho de Mateus, hoje chegamos ao ponto crucial em que Jesus, depois de ter verificado que Pedro e os outros onze tinham acreditado nele como Messias e Filho de Deus, “começou a explicar [-lhes] que tinha que ir à Jerusalém e sofrer muito..., ser morto e ressuscitar ao terceiro dia" (16, 21).

É um momento crítico no qual emerge o contraste entre o modo de pensar de Jesus e aquele dos discípulos. Pedro até mesmo se sente no dever de reprovar o Mestre, porque não pode atribuir ao Messias um fim tão vergonhoso. Então Jesus, por sua vez, repreende severamente Pedro, coloca-o de volta “na linha”, porque não pensa “como Deus, mas como os homens” (versículo 23) e sem perceber faz a tarefa de Satanás, o tentador.

Sobre este ponto insiste, na liturgia deste domingo, também o apóstolo Paulo, que, escrevendo aos cristãos de Roma, lhes diz: "Não vos conformeis com este mundo - não entreis nos padrões deste mundo -, mas deixai-vos transformar renovando o vosso modo de pensar, para poder discernir a vontade de Deus” (Romanos 12, 2).

Na verdade, nós cristãos vivemos no mundo, totalmente inseridos na realidade social e cultural do nosso tempo, e com razão; mas isso traz o risco de que nos tornemos "mundanos", o risco de que "o sal perca o sabor", como diria Jesus (cf. Mt 5, 13), ou seja, que o cristão se torne aguado, perca a novidade que lhe vem do Senhor e do Espírito Santo. Em vez disso, deveria ser o contrário: quando nos cristãos permanece viva a força do Evangelho, essa pode transformar “os critérios de juízo, os valores determinantes, os pontos de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida” (Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi, 19).

É triste encontrar cristãos "aguados", que parecem vinho diluído, e não se sabe se são cristãos ou mundanos, como o vinho diluído que não se sabe se é vinho ou água! É triste isso. É triste encontrar cristãos que não são mais o sal da terra, e sabemos que quando o sal perde o seu sabor, não serve mais para nada. O seu sal perdeu o sabor porque se entregou ao espírito do mundo, ou seja, se tornou mundano.

Portanto, é necessário renovar-se continuamente com a seiva do Evangelho. E como é possível fazer isso na prática? Antes de mais nada, [1º] lendo e meditando o Evangelho a cada dia, para que a palavra de Jesus esteja sempre presente na nossa vida. Lembrem-se: sempre será de ajuda levar o Evangelho com vocês: um pequeno Evangelho, no bolso, na bolsa, e ler uma passagem durante o dia. Mas sempre com o Evangelho, porque é levar a Palavra de Jesus, e poder lê-la. Também [2º] participando da Missa dominical, onde encontramos o Senhor na comunidade, escutamos a sua palavra e recebemos a Eucaristia que nos une a Ele e entre nós; e depois são muito importantes para a renovação espiritual as [3º] jornadas de retiro e de exercícios espirituais.

Evangelho, Eucaristia e oração. Não se esqueça: Evangelho, Eucaristia, oração. Graças a esses dons do Senhor podemos conformar-nos não ao mundo, mas a Cristo, e seguir o seu caminho, o caminho do “perder a própria vida” para reencontrá-la (versículo 25). "Perdê-la", no sentido de doá-la, oferecê-la por amor, e no amor - e isso envolve o sacrifício, até mesmo a cruz - para recebê-la novamente purificada, livre do egoísmo e da hipoteca da morte, cheia de eternidade.

A Virgem Maria nos precede sempre nesta jornada; deixemo-nos guiar e acompanhar por ela.
[...]


Fonte: ZENIT.ORG – Roma, 31 de agosto de 2014 – Internet: clique aqui.

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