«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 15 de novembro de 2015

33º Domingo do Tempo Comum – Ano B – Homilia

Evangelho: Marcos 13,24-32


Naquele tempo:
Jesus disse a seus discípulos:
24 “Naqueles dias, depois da grande tribulação,
o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais,
25 as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas.
26 Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória.
27 Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra.
28 Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto.
29 Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas.
30 Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça.
31 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão.
32 Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai.

JOSÉ ANTONIO PAGOLA 

Aos poucos iam morrendo os discípulos que tinham conhecido Jesus. Aqueles que ficavam, criam nele sem tê-lo visto. Celebravam sua presença invisível nas eucaristias, porém quando veriam o seu rosto pleno de vida? Quando se cumpriria o desejo deles de encontrarem-se com ele para sempre?

Seguiam recordando com amor e com fé as palavras de Jesus. Elas eram seu alimento naqueles tempos difíceis de perseguição. Porém, quando poderiam comprovar a verdade que tais palavras encerravam? Não iriam se esquecer pouco a pouco? Passavam-se os anos e não chegava o «Dia Final» tão esperado, o que podiam pensar?

O discurso apocalíptico que encontramos em Marcos quer oferecer algumas convicções que devem alimentar sua esperança. Não podemos entendê-las em sentido literal, mas tratando de descobrir a fé contida nessas imagens e símbolos que hoje nos parecem tão estranhos.

Primeira convicção: a história apaixonante da Humanidade chegara um dia ao seu final.
O «sol» que assinala a sucessão dos anos se apagará. A «lua» que marca o ritmo dos meses não mais brilhará. Não haverá dias e noites, não haverá tempo. Além disso, «as estrelas cairão do céu», a distância entre o céu e a terra se extinguirá, não mais haverá espaço. Esta vida [que temos na Terra] não é para sempre. Um dia chegará a Vida definitiva, sem espaço nem tempo. Viveremos no Mistério de Deus.

Segunda convicção: Jesus voltará e seus seguidores poderão ver, finalmente, o seu rosto desejado: «vereis o Filho do Homem».
O sol, a lua e os astros se apagarão, porém o mundo não ficará sem luz. Será Jesus quem o iluminará para sempre pondo verdade, justiça e paz na história humana tão escrava, hoje em dia, de abusos, injustiças e mentiras.

Terceira convicção: Jesus trará consigo a salvação de Deus.
Chega com o poder grande e salvador do Pai. Não se apresenta com aspecto ameaçador. O evangelista evita falar aqui de julgamentos e condenações. Jesus vem para «reunir seus eleitos», aqueles que esperam com fé sua salvação.

Quarta convicção: as palavras de Jesus «não passarão».
Não perderão sua força salvadora. Hão de seguir alimentando a esperança de seus seguidores e o ânimo dos pobres. Não caminhamos para o nada e o vazio. Espera-nos o abraço de Deus!

Traduzido do espanhol por Telmo José Amaral de Figueiredo.

Fonte: Religión Digital – Buenas Noticias – José Antonio Pagola – 09/11/2015 – 10h05 – Internet: clique aqui.

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