«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Papa chega ao Quênia e pede luta contra a pobreza e o terrorismo

Agências ANSA e EFE

Durante a recepção do presidente queniano, o papa pediu aos líderes mundiais que se esforcem para promover modelos "responsáveis" de desenvolvimento econômico com o objetivo de enfrentar a "grave" crise ambiental
 
Fiéis do Quênia recebem Papa Francisco com muita alegria!
Trinta porcento dos quenianos são católicos.
O papa Francisco convidou nesta quarta-feira, 25 de novembro, dirigentes políticos e empresariais a lutarem contra "a pobreza e a frustração" mediante uma distribuição equitativa dos recursos. "A experiência mostra que a violência, os conflitos e o terrorismo se alimentam do medo, e que a desconfiança e o desespero nascem da pobreza e da frustração", afirmou o pontífice durante a recepção dada pelo presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, em sua residência.

O papa desembarcou hoje em Nairóbi em meio a extraordinárias medidas de segurança. O avião que o levava aterrissou no Aeroporto Jomo Kenyatta cerca de 20 minutos antes do previsto, por volta das 16h40 (11h40 horário de Brasília). Neste país, ele inicia sua primeira viagem à África, que além do Quênia inclui Uganda e a República Centro-Africana (RCA). A viagem é considerada de alto risco em razão dos conflitos e da ameaça terrorista do grupo jihadista Al-Shabab, o que o papa minimizou ao afirmar que a única coisa que o "preocupa são os mosquitos".

O pontífice foi recebido com cânticos tradicionais por uma delegação de representantes da Igreja queniana e do governo liderada pelo presidente, com quem se reuniu nesta tarde na residência presidencial. Jorge Mario Bergoglio seguiu a tradição queniana e assinou o Livro de Ouro dos visitantes do governo e, então, seguiu para um encontro privado com Kenyatta. Ao mesmo tempo, houve uma reunião bilateral entre as duas delegações.

Em seu discurso, ele fez referência à ameaça terrorista enfrentada pelo Quênia, onde o grupo jihadista somali Al-Shabab ataca com frequência em represália pelo envio de tropas quenianas para combater seus integrantes na Somália. Segundo o pontífice, "a luta contra estes inimigos da paz e da prosperidade deve ser feita por homens e mulheres que acreditam nela sem temor, e que dão testemunhos críveis dos grandes valores espirituais e políticos que inspiraram o nascimento da nação".

Francisco lembrou aos líderes políticos e empresários quenianos que "a promoção e preservação destes grandes valores é confiada a eles de um modo especial". "Esta é uma grande responsabilidade, uma verdadeira vocação a serviço de todo o povo do Quênia", acrescentou.

Ele falava na State House, residência oficial do presidente queniano, que é católico, assim como cerca de 30% dos 45 milhões de habitantes do país. Milhares de pessoas se enfileiraram pelas ruas da capital para saudar a passagem do papa.

A Igreja Católica está se expandindo rapidamente na África e acredita-se que o número de fiéis irá mais do que duplicar até 2050, chegando a 500 milhões. Também se prevê que o número de muçulmanos no continente aumentará na mesma proporção e alcançará a cifra de 670 milhões.
 
PAPA FRANCISCO
é recebido no aeroporto pelo Presidente do Quênia:
Uhuru Kenyatta (à esquerda do Pontífice, na foto)
Clima

Durante a recepção do presidente queniano, o papa também pediu aos líderes mundiais que se esforcem para promover modelos "responsáveis" de desenvolvimento econômico com o objetivo de enfrentar a "grave" crise ambiental atual. "Os valores (da natureza) devem inspirar os esforços dos líderes nacionais para promover modelos responsáveis de desenvolvimento econômico", afirmou o pontífice.

"A grave crise ambiental que nosso mundo enfrenta exige cada vez mais uma maior sensibilidade pela relação entre os seres humanos e a natureza", disse. "Temos a responsabilidade de transmitir às gerações futuras a beleza da natureza em sua integridade e a obrigação de administrar adequadamente os dons que recebemos."

Esses valores estão "profundamente arraigados na alma africana", considerou o papa, que elogiou os quenianos, "abençoados" pela beleza do país e pela abundância de recursos naturais, graças à cultura da conservação.

Segundo o papa Francisco, para construir uma ordem social "justa e equitativa" é necessário renovar a relação com a natureza, por isso, incentiva os líderes mundiais a buscarem alternativas econômicas que respeitem o meio ambiente.

No voo, o líder católico afirmou aos jornalistas que inicia essa viagem histórica ao continente africano "com alegria". Uma hora antes de aterrissar, Francisco publicou uma mensagem em seus perfis no Twitter: "Mungu abariki Quênia" (Deus abençoe o Quênia, em swahili). Um dispositivo de 10 mil agentes zela pela segurança de Francisco em Nairóbi, cidade que manterá suas principais avenidas fechadas durante a maior parte desta visita, que vai até sexta-feira.

Além de visitar o Quênia, o pontífice irá para Uganda, ainda na sexta-feira, e para a RCA, no domingo. Francisco será o quarto líder católico na história a visitar o continente africano. Antes dele, Bento XVI foi aos Camarões e Angola (2009), João Paulo II visitou 42 países durante seu pontificado (1978 a 2005) e Paulo VI visitou Uganda em 1969.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Internacional – Quinta-feira, 26 de novembro de 2015 – Pg. A17 – Internet: clique aqui.

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