«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

FICOU MUITO FEIO ! ! !

Totalmente parcial

Editorial

Num Estado de Direito, bloquear estradas não é um meio legítimo para reivindicações políticas... Outra coisa bem diversa – e não legítima – é a absoluta diferença de tratamento que o governo de Dilma Rousseff dispensa às manifestações, dependendo da sua cor ideológica.
CAMINHÕES PARADOS PELA MANIFESTAÇÃO CONTRA O GOVERNO DILMA ROUSSEFF

É evidente que o poder público não pode se omitir diante de manifestantes que desejam criar o caos no País como forma de impor suas demandas políticas. Entre as funções primordiais do Estado está o dever de assegurar à população a paz social e, obviamente, o direito de ir e vir.

Como é lógico, o governo federal deve utilizar os meios de que dispõe para estabelecer a ordem pública diante das manifestações de caminhoneiros que vêm interditando diversas rodovias pelo Brasil afora. Num Estado de Direito, bloquear estradas não é um meio legítimo para reivindicações políticas.

Isso é uma coisa. Outra coisa bem diversae não legítimaé a absoluta diferença de tratamento que o governo de Dilma Rousseff dispensa às manifestações, dependendo da sua cor ideológica. Tolera de uma forma acintosa [deliberada, provocadora] toda e qualquer movimentação de João Pedro Stédile e seu exército [Movimento dos Sem-Terra, MST], como Lula diz – ainda que violenta, ainda que destrua a propriedade privada, ainda que atrapalhe a vida de milhares de pessoas. Tolera greves políticas, como a que vem ocorrendo na Petrobrás – e causa não pequeno prejuízo à estatal e ao País.

No entanto, não há qualquer tolerância para manifestações não alinhadas aos pendores ideológicos da presidente da República. Fica evidente que no Palácio do Planalto vige a máxima: “Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a lei”. E se a lei não existe, basta criá-la.

Assim, a presidente Dilma Rousseff criou uma Medida Provisória (MP) específica para penalizar de forma mais dura os caminhoneiros que pedem o seu impeachment. O governo federal editou a MP 699, que altera o Código de Trânsito Brasileiro para criar um novo tipo de infração que pune especificamente os caminhoneiros que bloqueiam estradas.

Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo com o discurso da presidente:


Que contradição ! ! !
O discurso da presidente está impecável!
De fato, bloquear estradas, impedir a livre circulação de pessoas e mercadorias
é um crime gravíssimo!
Porém, por que o seu governo somente age de modo rápido, duro e
repressivo contra caminhoneiros que desejam seu afastamento?
A lei não é igual para todos, como ela mesma afirma?
Ou alguns são mais "iguais" que outros perante a lei?

Está longe da boa prudência de um governante alterar a legislação a partir de situações únicas. Mas aqui o caso é ainda mais grave, pois se trata de usar o poder institucional para impor uma determinada vontade política. Por que nunca ocorreu à presidente Dilma editar uma MP com esse mesmo teor para penalizar as manifestações de “movimentos sociais” de esquerda – que nada mais são do que movimentos político-partidários – que tantas vezes criaram o caos no País? Por que não se criou uma MP nesse estilo quando Stédile e suas agremiações bloquearam estradas – as mesmas estradas que os caminhoneiros estão bloqueando – e invadiram repartições públicas no primeiro semestre deste ano?

No início de março, algumas mulheres militantes de esquerda invadiram uma empresa em Goiás e destruíram estufas, mudas e material genético. O que fez a presidente Dilma? Promoveu um convescote com as “camponesas” no Palácio do Planalto.

Dias depois, o MST promoveu uma onda de manifestações pelo País, que incluiu fechamento de avenidas e rodovias, ocupação de repartições e obras públicas, invasão de fazendas, agências bancárias e empresas privadas. E o que fez a tão diligente presidente da República quando se trata de reprimir manifestações pró-impeachment? Viajou até o Rio Grande do Sul para confraternizar com João Pedro Stédile e militantes do MST e da Via Campesina, no assentamento Lanceiros Negros.

Não é justificável bloquear estradas para pedir o que for – seja a reforma agrária, seja o impeachment, seja a mudança na política econômica. Não é justificável promover greves políticas – a legitimidade das greves está diretamente vinculada a reivindicações trabalhistas. Todos devem respeitar a lei.

É exatamente isso o que a presidente Dilma Rousseff e sua turma precisam aprender – todos, e não apenas alguns, devem respeitar a lei. Quando o poder público faz distinções político-ideológicas na hora de decidir o que combater e o que tolerar, ele perde autoridade. Fere-se a essência igualitária do Estado. Não cabe a um presidente da República – eleito para ser representante de todos – ser tão acintosamente parcial.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Notas e Informações – Quinta-feira, 12 de novembro de 2015 – Pg. A3 – Internet: clique aqui.

MAIS UMA DEMOSTRAÇÃO DE AUTORITARISMO E
DESRESPEITO ÀS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS:

Arreganhos do desespero

Editorial

Para o PT está tudo errado no trabalho dos delegados, procuradores e juízes federais – em especial Sergio Moro, a personificação de Satanás –, porque os petistas pegos com a boca na botija estão sendo mandados para a cadeia.

Para baixar em formato pdf o conteúdo desta
publicação do PT, clique aqui

Enquanto Lula corre contra o tempo e age nos bastidores na tentativa de convencer Dilma a adotar uma “nova política econômica” que preserve o potencial eleitoral do PT – quer dizer, dele próprio –, seu partido decide, a pretexto de se defender, partir para o ataque a tudo e a todos que representam ameaça a seu projeto de poder. Recorrendo ao velho hábito de usar as palavras para obter efeito exatamente contrário ao que elas significam, a direção nacional do partido está distribuindo milhares de cópias de um texto intitulado Em defesa do PT, da Verdade e da Democracia, que já é mentiroso a partir do título porque não defende coisa alguma. Ao contrário, dedica-se, em suas 34 páginas, a atacar ferozmente a Operação Lava Jato, o juiz Sergio Moro, o ministro do STF Gilmar Mendes, os tucanos, a imprensa, acusando a todos de, com base em óbvias mentiras, estarem empenhados numa campanha para “eliminar o partido da vida pública brasileira”.

O PT chegou ao poder mitificando sua identificação com os pobres e os estratos sociais marginalizados da vida econômica, de modo a, por meio de marota simbiose, compartilhar o papel de vítima numa sociedade dominada por opressores perversos, as famosas elites. E foi assim que ressurgiu – exumado dos despojos da luta de classes retratada pela ótica do marxismo-leninismo – o argumento central do discurso lulopetista, o do “nós” contra “eles”. Um discurso que não mudou nem com a ascensão de Lula à Presidência e que, como se vê, é revigorado no momento em que o PT, tendo malogrado na tentativa de criar o Paraíso na Terra com seu voluntarismo vesgo, percebe toda a extensão de sua vulnerabilidade política, social e, acima de tudo, moral.

É hora, portanto, de dramatizar o papel de vítima exposta à sanha demolidora daqueles que “mentem sob a proteção da toga, nos mais altos tribunais, afrontando a consciência jurídica da nação em rede nacional de TV. Mentem sob a impunidade parlamentar, disseminando o ódio nas redes sociais. Mentem sob a proteção da autonomia funcional, forjando procedimentos investigatórios sem base alguma, apenas para produzir manchetes”. 
JOÃO VACCARI
Tesoureiro do PT é preso pela Polícia Federal na terça-feira, dia 14 de abril de 2015.
É isso que provoca medo nos petistas???

O tom do documento é patético. Essa chamada “cartilha” destinada a fornecer argumentos à militância petista afirma que “desde a campanha eleitoral de 2014 adversários escolheram as investigações da Operação Lava Jato para insistir em criminalizar” o PT, com o objetivo de “cassar o registro do partido” por temerem “a quinta derrota consecutiva nas eleições”. Como se a vitória petista nas eleições municipais do próximo ano e na presidencial de 2018 fosse favas contadas.

Descontados os exageros que devem ser debitados ao desespero, concretamente motivado pela decadência do apoio popular ao PT, não se pode relevar a gravidade do flagrante desrespeito às instituições democráticas embutido no discurso da liderança petista. Sente-se o PT, com sua vocação autoritária, no direito de julgar o Poder Judiciário de acordo com suas próprias conveniências, chegando ao absurdo de afirmar que seus dirigentes que respondem a denúncias de corrupção têm sido condenados “sem provas”. Disseram isso por ocasião do julgamento do mensalão e repetem agora. Ora, se é o PT quem sabe quais culpas resultam provadas ou não perante os tribunais, para que servem os tribunais? Seria, então, o caso de o partido que está no governo criar um comissariado para substituir um dos Três Poderes da República, integrado por magistrados incompetentes ou mal-intencionados que não sabem distinguir inocentes de culpados?

Para o PT está tudo errado no trabalho dos delegados, procuradores e juízes federais – em especial Sergio Moro, a personificação de Satanás –, porque os petistas pegos com a boca na botija estão sendo mandados para a cadeia. E tudo isso é consequência – ataca o PT – da forma como procuradores, delegados e juízes manipulam a “autonomia funcional de que dispõem”. Em sua enorme soberba e arrogância, os sobas [déspotas] petistas creem que, só pelo fato de estarem no poder, tudo podem e jamais deveriam ser contrariados por “subalternos”. Subestimaram a força de instituições enraizadas na consciência democrática da Nação.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Notas e Informações – Quinta-feira, 12 de novembro de 2015 – Pg. A3 – Internet: clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.