«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

PT: AGORA NÃO HÁ COMO NEGAR!!!

Líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral do PT, é preso pela Polícia Federal

Camila Bomfim

Segundo investigadores, senador do PT estaria atrapalhando a Lava Jato.
Também foi preso o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.
DELCÍDIO DO AMARAL - SENADOR PELO PT DO MATO GROSSO DO SUL
Preso pela Polícia Federal por estar atrapalhando as investigações e o processo judicial da
Operação Lava Jato

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (25 de novembro) o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado. Segundo investigadores, o senador foi preso por estar atrapalhando apurações da Operação Lava Jato.

Também foram presos pela PF nesta manhã o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual e o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira.

A prisão de Esteves está ligada a inquéritos no âmbito da Lava Jato que tramitam no Supremo Tribunal Federal. Em nota, o BTG Pactual informou que "está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as investigações.”

As prisões foram um pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As prisões de Delcídio e de Ribeiro são preventivas, que é quando não há data determinada para terminar. As demais são temporárias, com data de término. 
NESTOR CERVERÓ
Ex-Diretor da Petrobras para quem o Senador petista Delcídio do Amaral prometeu
dinheiro e fuga caso não o denunciasse no processo da Lava Jato

Pedido de prisão

Delcídio foi preso por tentar dificultar a delação premiada de Nestor Cerveró sobre uma suposta participação do senador em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo investigadores, Delcídio chegou até a oferecer fuga a Cerveró, para que o ex-diretor não fizesse a delação premiada, o que reforçou para as autoridades a tentativa do petista de obstruir a Justiça.

A prova da tentativa de obstrução é uma gravação feita pelo filho de Cerveró que mostra a tentativa do senador de atrapalhar as investigações e de oferecer fuga para o ex-diretor não fazer a delação.

Após a prisão de Delcídio, o ministro Teori Zavascki, do STF, leu em uma sessão do tribunal as alegações da Procuradoria-Geral da República. No pedido de prisão, a procuradoria afirma que Delcídio chegou a oferecer R$ 50 mil mensais para Cerveró em troca de o ex-diretor não citar o senador na delação premiada.

A assessoria do senador informou que o advogado dele, Maurício Leite, recebeu uma ligação do Delcídio e embarcou de São Paulo para Brasília para acompanhar o caso.

No pedido de prisão enviado ao STF, Janot transcreve trechos das conversas de Delcídio do Amaral com o filho de Nestor Cerveró. Em um dos trechos, o senador diz que precisa "centrar fogo no STF", referindo-se a ministros com quem teria conversado para tentar blindar o ex-diretor da Petrobras.

«Eu acho que nós temos que centrar fogo no STF agora, eu conversei com o Teori [Zavascki], conversei com o [Dias] Toffoli, pedi para o Toffoli conversar com o Gilmar [Mendes], o Michel [Temer] conversou com o Gilmar também, porque o Michel tá muito preocupado com o [Jorge] Zelada, e eu vou conversar com o Gilmar também», disse Delcídio.

Após a PGR disponibilizar trechos das conversas de Delcídio que serviram como base para a prisão dele, a assessoria de imprensa do vice-presidente Michel Temer informou que ele «jamais» tratou desse tipo de tema com Delcídio do Amaral.

Além disso, após sessão do STF, o ministro Dias Toffoli declarou que a Corte «não vai aceitar nenhum tipo de intrusão nas investigações que estão em curso» e o ministro Gilmar Mendes negou ter recebido «apelo» para ajudar Cerveró. «Não tive oportunidade de receber qualquer referência em relação a esse fato», disse.

Sobre o acordo de pagamento mensal à família de Cerveró, o documento enviado por Janot ao STF traz trecho de uma conversa entre Delcídio, o advogado Edson Ribeiro e o filho do ex-diretor da Petrobras.

Para Janot, com a conversa, fica «induvidoso que essas pessoas não estão medindo esforços para influir nos itinerários probatórios da Operação Lava Jato».

«Só pra colocar. O que que eu combinei com o Nestor que ele negaria tudo com relação a você [Delcídio] e tudo com relação ao (...). Tudo. Não é isso?», questiona o advogado Edson Ribeiro.

«Tá acertado isso. Então não vai ter. Não tendo delação, ficaria acertado isso. Não tendo delação. Tá? E se houvesse delação, ele também excluiria», complementa.

«É isso», confirma o senador. «E aí a gente encaminha as coisas conforme o combinado. Vê como é que vai ser a operação de que jeito contratualmente, aquilo tudo que eu conversei com você», diz.

Ao final da conversa, Delcídio se refere ao filho de Cerveró e afirma: «Bernardo, esse é o compromisso que foi assumido, né? E nós vamos honrar». 
ANDRÉ ESTEVES
Banqueiro e o 10º homem mais rico do Brasil - Detido pela Polícia Federal

Fuga

Em outro trecho da conversa entre Delcídio e o filho de Cerveró, o petista afirma que o «foco» deve ser tirar o ex-diretor da Petrobras da prisão. «Agora a hora que ele sair tem que ir embora mesmo», sugere o senador.

Logo depois, o filho de Cerveró diz ao petista que estava pensando em uma rota de fuga pela Venezuela e que o «melhor jeito» seria fugir em um barco. Pouco depois, Delcídio sugere, então, que a melhor rota de fuga seria pelo Paraguai.

«Tem que pegar um Falcon 50 [modelo de avião], alguma coisa assim. Aí vai direto, vai embora. Desce na Espanha», afirma Delcídio. «Falcon 50, o cara sai daqui e vai direto até lá», complementa.

Prisão

O senador foi preso no hotel onde mora em Brasília, o mesmo em que estava hospedado o pecuarista e empresário José Carlos Bumlai quando foi preso nesta terça-feira (24/11). Depois ele foi levado para a superintendência da PF em Brasília. Ele começou a prestar depoimento logo depois de chegar ao local. Segundo a PF, Delcídio vai ficar numa cela de 20 m², com banheiro, a mesma em que ficou o ex-governador do DF José Roberto Arruda quando foi preso, em 2010.

Também foram realizadas buscas e apreensões no gabinete de Delcídio, no Congresso, e na casa dele, em Campo Grande (MS).

A Constituição diz que membros do Congresso não poderão ser presos, "salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão".

Ainda na manhã desta quarta, uma sessão extraordinária na Segunda Turma do STF deverá analisar os mandados de prisão, informou o ministro Gilmar ao chegar ao tribunal.

Histórico

O líder do governo foi citado na Lava Jato na delação do lobista conhecido como Fernando Baiano. No depoimento, Baiano disse que Delcídio recebeu US$ 1,5 milhão de dólares de propina pela compra da refinaria.

Em outubro, Delcídio havia negado o teor da denúncia de Baiano e disse que a citação a seu nome era "lamentável".

 Delcídio também foi citado em outro contrato da Petrobras, que trata do aluguel de navios-sonda para a estatal. Segundo Baiano, houve um acordo entre Delcídio, o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ex-ministro Silas Rondeau, também filiado ao PMDB, para dividir entre si suborno de US$ 6 milhões.

O líder do governo havia classificado a denúncia de uma "coisa curiosa" que não tem lógica.

Fonte: Portal G1 – Política – Operação Lava Jato – 25/11/2015 – 13h57 – Internet: clique aqui.

Quem é Delcídio do Amaral, senador preso
pela Polícia Federal

Redação

O petista, líder do governo até esta quarta-feira, foi
ministro de Itamar Franco e diretor da Petrobras
SENADOR DELCÍDIO DO AMARAL (PT-MS):
teria se beneficiado do esquema de propinas da Petrobras, inclusive, recebendo dinheiro
na compra desvantajosa da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na manhã desta quarta-feira 25 pela Polícia Federal, é uma figura política controversa e conhecida por seu bom trânsito em diversos partidos. Exemplo disso é o fato de ser conhecido nos bastidores do Senado, como contou recentemente o jornal O Globo, como "o mais tucano dos petistas".

Engenheiro elétrico, Delcídio tem uma carreira ligada ao setor de energia. Foi engenheiro-chefe da construção da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará; trabalhou como diretor da Shell na Holanda; e comandou a Eletrosul, braço da Eletrobrás. No governo de Itamar Franco (1992-1994), foi secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, ministro da pasta e presidente do Conselho de Administração da Vale do Rio Doce.

Em 1998, Delcídio assinou sua filiação ao PSDB, mas seu ingresso no partido não chegou a ser homologado. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, foi diretor de Gás e Energia da Petrobras entre 2000 e 2001, quando trabalhou com Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, dois dos delatores da Operação Lava Jato.

Em 2001, ocorreu a aproximação com o PT. Delcídio foi secretário estadual de Infraestrutura e Habitação do governo de Zeca do PT no Mato Grosso do Sul e, em 2002, elegeu-se senador, já no Partido dos Trabalhadores.

Desde então a influência de Delcídio Amaral no partido só cresceu. Em 2005, Delcídio presidiu a CPI dos Correios, responsável pela apuração do "mensalão". Em 2009, o senador teve outra atuação controversa a favor de um líder do PMDB: votou pelo arquivamento das ações contra o ex-presidente do Senado José Sarney, que na época era relacionado a contratos ilegais e à nomeação de pessoas envolvidas em escândalos de corrupção.

Nas eleições de 2014, Delcídio sofreu sua segunda derrota para o pleito de governador do Mato Grosso do Sul. No ano seguinte, porém, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff como líder do governo no Senado e no Congresso Nacional, cargo que ocupava até esta quarta-feira 25.
[ . . . ]

Delcídio do Amaral é o primeiro senador preso no exercício do cargo, desde a redemocratização do País. Apesar de o STF já ter autorizado a prisão de Delcídio, o Senado ainda precisa confirmar a prisão do senador, em até 24 horas, pelo voto da maioria de seus membros.

Fonte: Carta Capital – Política – Operação Lava Jato – 25/11/2015 – 09h31 – Internet: clique aqui.

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