«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sábado, 12 de dezembro de 2015

COP21: Divulgada versão preliminar do acordo climático

Reinaldo Canto

Novo texto de negociação da Conferência do Clima em Paris ainda têm indefinições, mas deixa as portas abertas para que um acordo ambicioso possa ser assinado nos próximos dias.

O número de páginas diminuiu pela metade, das 48 apresentadas no primeiro rascunho para as atuais 29. Isso não significa que as questões polêmicas ainda não estejam sobre a mesa aguardando as tão almejadas definições.

Sinal do quanto alguns desses pontos se mantêm em suspense é o fato de que os negociadores dos 195 países presentes ao centro de eventos Le Bourget, em Paris, entraram pela madrugada de quarta-feira para conseguir fechar essa segunda versão do acordo climático.

As chamadas negociações de alto nível que reúnem as lideranças de todos os países vai continuar nesta quinta-feira, 10/12.

O desgastante processo não parece desanimar o presidente da COP21, Laurent Fabius, que é também Ministro das Relações Exteriores do governo francês. Para ele, os avanços foram muito grandes entre o primeiro documento, divulgado no final de semana, e este agora. Fabius afirma que os ministros têm encontrado diversos consensos, como, por exemplo, os mecanismos para verificar a implantação do acordo pelos países.

Segundo declarações do próprio presidente da COP, permanecem em discussão três pontos fundamentais:
  • financiamento,
  • diferenciação e até mesmo
  • o nível de ambição de cada país.
Temas que colocam em posições opostas os países desenvolvidos e os em desenvolvimento.

As revisões de cinco anos das metas, com um primeiro encontro para tratar do ajuste da ambição já em 2018; o reconhecimento da cooperação Sul-Sul como medida de engajamento dos países em desenvolvimento em prover meios de implementação, e de que os US$ 100 bilhões de dólares por ano prometidos pelos países desenvolvidos até 2020 são um piso para o financiamento climático ainda estão presentes no texto.

Para Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima, o texto até agora mantem todas as boas opções nos temas chave, mas alerta, “só resultará em bom acordo se o conjunto dessas boas opções for mantido”. 
Diversos tipos de energia renovável
Sociedade civil

Grupos da sociedade civil, incluindo sindicatos, jovens e povos indígenas se uniram hoje e realizaram um protesto pacífico dentro do Le Bourget – onde a Conferência acontece – para lembrar os ministros e negociadores que estão de olho no texto que negocia o futuro do planeta e de todos.

Sinais de que é possível colocar o mundo no caminho que leva a um futuro descarbonizado estiveram por todas as partes esta semana: a notícia de que as emissões globais de gases de efeito estufa se mantiveram estáveis em 2014 e os inúmeros anúncios relacionados às energias renováveis mostram que estas fontes terão um papel fundamental no futuro da economia global. Santa Lúcia, por exemplo, se tornou a 29ª nação a se juntar a uma iniciativa de energia renovável para ilhas; a Índia publicou mais detalhes e informações sobre a aliança de energia solar formada na semana passada e nações africanas trabalharam para alcançar a meta de 300GW de energia renovável até 2030.

Com mais dois dias de negociações pela frente e com a última versão do texto na mesa, as nações reunidas em Paris podem optar por trilhar um caminho em direção a um futuro com um objetivo claro de descarbonização da economia global que trará ganhos econômicos e benefícios à saúde de populações ao redor do mundo, além de significar que as nações mais vulneráveis terão apoio para se adaptar às mudanças climáticas e que haverá justiça para as populações mais impactadas.

O documento final sobre o novo acordo climático global está previsto para ser anunciado nesta sexta-feira, 11/12 [foi adiado para hoje, sábado, 12 de dezembro].

O AQUECIMENTO CLIMÁTICO EM 5 NÚMEROS:

4,8ºC suplementares deverão ser registrados daqui a 2100, se seguirmos a tendência atual, contra uma alta de apenas 0,89ºC entre 1901 e 2010.

70% de emissões de gases de efeito estufa em menos são para manter a alta média das temperaturas abaixo de 2ºC daqui até o final do século.

Entre 26 e 82 centímetros, é a alta do nível dos oceanos esperada daqui a 2100, segundo as previsões dos especialistas da ONU.

235 milhões de pessoas no mundo são afetadas pela mudança climática.

43% da população mundial enfrentará a falta d’água em 2080, contra 28% em 2012.

Fonte: Envolverde – 10 de dezembro de 2015 – Internet: clique aqui.

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