«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Francisco abre a Porta Santa na Basílica de São Pedro e inicia o Ano Jubilar da Misericória

Sergio Mora

Bento XVI estava presente.
O Ano Jubilar terminará em 20 de novembro de 2016
PAPA FRANCISCO
Ora diante da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Este rito precedeu a abertura da porta.
Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, 8 de dezembro de 2015

O Papa Francisco abriu hoje a Porta Santa da Basílica de São Pedro e passou por ela, seguido em procissão por Bento XVI, alguns cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos. A cerimônia foi muito simples, mas acompanhada pelos meios de comunicação de todo o mundo.

Começou então em Roma, o Jubileu extraordinário da Misericórdia, convocado por meio da bula Vultus Misericordiae que terminará na festa litúrgica de Cristo Rei, em 20 de novembro de 2016. Durante este período, o Papa convida "deixar-se surpreender por Deus" porque "Ele nunca se cansa de abrir a porta do seu coração para repetir que nos ama e quer compartilhar conosco a sua vida".

A procissão começou com os Salmos 121 e 122, de alegria, e foi envolvendo lentamente o átrio da Basílica de São Pedro. Pouco depois, o Santo Padre parou na frente da Porta Santa.

Francisco abraçou o Papa Emérito Bento XVI, que o aguardava ao lado da Porta, e rezou: "Ó Deus, que revela sua onipotência, sobretudo, com a misericórdia e o perdão, dá-nos um ano de graça, um tempo propício para te amar e amar os irmãos na alegria do Evangelho" (...).

Antes de abrir a Porta, o Papa fez um pedido e o coro respondeu em gregoriano: "Esta é a porta do Senhor: por esta entram os justos. Abri as portas da justiça; entrarei para agradecer ao Senhor. Por sua grande misericórdia, entrarei em sua casa, Senhor; me prostrarei em seu templo santo".
PAPA FRANCISCO
Diante da Porta Santa
Basílica de São Pedro - Vaticano
Terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Após um momento de silêncio, o Papa empurrou com força e lentamente a Porta Santa foi se abrindo. Francisco entrou, rezou novamente e, em seguida, entrou o Papa Emérito. Eles se cumprimentaram novamente, depois, entraram os cardeais e religiosos em direção ao túmulo de São Pedro e ao Altar da Confissão, onde recitou a oração final.

Poucos dias antes, foi derrubada a parede interna que fechava a Porta Santa na Basílica de São Pedro, construída no final do Jubileu do Ano 2000, e foram abertas as caixas contendo os documentos jubilares. Cerimônia que acontece desde 1300, quando Bonifácio VIII realizou o primeiro Jubileu da história.

A Porta atual foi doada, depois da Segunda Guerra Mundial, pelos católicos suíços em agradecimento por terem sido poupados dos horrores do conflito.

No último domingo, na catedral de Bangui, capital da República Centro Africana, o Papa abriu a primeira Porta Santa do Jubileu, no I Domingo do Advento.

Fonte: ZENIT.ORG – Cidade do Vaticano, 8 de dezembro de 2015 – Internet: clique aqui.

Papa: “Atravessar hoje a Porta Santa
compromete-nos a adotar a misericórdia
do bom samaritano”

Redação

Texto completo da homilia do Papa Francisco na Santa Missa e abertura
da Porta Santa por ocasião do Jubileu Extraordinário da Misericórdia
PAPA FRANCISCO
Abrindo a Porta Santa e inaugurando o Ano Jubilar da Misericórdia
Basílica de São Pedro - Vaticano
Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, 8 de dezembro de 2015

Nesta terça-feira, 08 de dezembro, Festa da Imaculada Conceição de Maria, o Papa Francisco celebrou a Santa Missa na Basílica de São Pedro e, logo em seguida, abriu a Porta Santa, dando início ao Jubileu Extraordinário da Misericórdia. 

Eis a homilia na íntegra:
 HOMILIA
Homilia do Papa Francisco na abertura do Ano da Misericórdia
Praça São Pedro – Vaticano

Terça-feira, 8 de dezembro de 2015


Daqui a pouco, terei a alegria de abrir a Porta Santa da Misericórdia. Este gesto, como fiz em Bangui, simples mas altamente simbólico, realizamo-lo à luz da Palavra de Deus escutada que põe em evidência a primazia da graça. Na verdade, o tema que mais vezes aflora nestas Leituras remete para aquela frase que o anjo Gabriel dirigiu a uma jovem mulher, surpresa e turbada, indicando o mistério que a iria envolver: «Salve, ó cheia de graça» (Lc 1,28).

Antes de mais nada, a Virgem Maria é convidada a alegrar-Se com aquilo que o Senhor realizou n’Ela. A graça de Deus envolveu-A, tornando-A digna de ser mãe de Cristo. Quando Gabriel entra na sua casa, até o mistério mais profundo, que ultrapassa toda e qualquer capacidade da razão, se torna para Ela motivo de alegria, motivo de fé, motivo de abandono à palavra que Lhe é revelada. A plenitude da graça é capaz de transformar o coração, permitindo-lhe realizar um ato tão grande que muda a história da humanidade.

A festa da Imaculada Conceição exprime a grandeza do amor divino. Deus não é apenas Aquele que perdoa o pecado, mas, em Maria, chega até a evitar a culpa original, que todo o homem traz consigo ao entrar neste mundo. É o amor de Deus que evita, antecipa e salva. O início da história do pecado no Jardim do Éden encontra solução no projeto de um amor que salva. As palavras do Gênesis levam-nos à experiência diária que descobrimos na nossa existência pessoal. Há sempre a tentação da desobediência, que se exprime no desejo de projetar a nossa vida independentemente da vontade de Deus. Esta é a inimizade que ameaça continuamente a vida dos homens, tentando contrapô-los ao desígnio de Deus. E, todavia, a própria história do pecado só é compreensível à luz do amor que perdoa. O pecado só se entende sob esta luz. Se tudo permanecesse ligado ao pecado, seríamos os mais desesperados entre as criaturas. Mas não! A promessa da vitória do amor de Cristo encerra tudo na misericórdia do Pai. Sobre isto, não deixa qualquer dúvida a palavra de Deus que ouvimos. Diante de nós, temos a Virgem Imaculada como testemunha privilegiada desta promessa e do seu cumprimento.

Também este Ano Extraordinário é dom de graça. Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um. É Ele que nos procura, é Ele que nos vem ao encontro. Neste Ano, deveremos crescer na convicção da misericórdia. Que grande injustiça fazemos a Deus e à sua graça, quando se afirma, em primeiro lugar, que os pecados são punidos pelo seu julgamento, sem antepor, diversamente, que são perdoados pela sua misericórdia (cf. Santo Agostinho, De praedestinatione sanctorum 12, 24)! E assim é verdadeiramente. Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo o caso, o julgamento de Deus será sempre feito à luz da sua misericórdia. Por isso, oxalá o cruzamento da Porta Santa nos faça sentir participantes deste mistério de amor, de ternura. Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não se coaduna em quem é amado; vivamos, antes, a alegria do encontro com a graça que tudo transforma.

Hoje, aqui em Roma e em todas as dioceses do mundo, ao cruzar a Porta Santa, queremos também recordar outra porta que, há cinquenta anos, os Padres do Concílio Vaticano II escancararam ao mundo. Esta efeméride não pode lembrar apenas a riqueza dos documentos emanados, que permitem verificar até aos nossos dias o grande progresso que se realizou na fé. Mas o Concílio foi também, e primariamente, um encontro; um verdadeiro encontro entre a Igreja e os homens do nosso tempo. Um encontro marcado pela força do Espírito que impelia a sua Igreja a sair dos baixios que por muitos anos a mantiveram fechada em si mesma, para retomar com entusiasmo o caminho missionário. Era a retomada de um percurso para ir ao encontro de cada homem no lugar onde vive: na sua cidade, na sua casa, no local de trabalho... em qualquer lugar onde houver uma pessoa, a Igreja é chamada a ir lá ter com ela, para lhe levar a alegria do Evangelho e levar a Misericórdia e o perdão de Deus. Trata-se, pois, de um impulso missionário que, depois destas décadas, retomamos com a mesma força e o mesmo entusiasmo. O Jubileu exorta-nos a esta abertura e obriga-nos a não transcurar o espírito que surgiu do Vaticano II, o do Samaritano, como recordou o Beato Paulo VI na conclusão do Concílio. Atravessar hoje a Porta Santa compromete-nos a adotar a misericórdia do bom samaritano.

Fonte: ZENIT.ORG – Cidade do Vaticano, 8 de dezembro de 2015 – Internet: clique aqui.

“Não se pode entender um cristão verdadeiro
que não seja misericordioso”,
diz Papa Francisco

Redação

Texto completo do Ângelus na Solenidade da Imaculada Conceição
PAPA FRANCISCO
Saúda a multidão presente ao ângelus neste dia da Solenidade da Imaculada
Praça São Pedro (Vaticano), 8 de dezembro de 2015

O Papa Francisco rezou o Ângelus nesta terça-feira, 8 de dezembro, da janela do Palácio Apostólico, juntamente com os milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro para a Missa de abertura do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

Eis as palavras pronunciadas pelo Santo Padre antes de rezar a oração mariana:
 ÂNGELUS
Solenidade da Imaculada Conceição
Praça São Pedro – Vaticano

Terça-feira, 8 de dezembro de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia e boa festa!

Hoje, a festa da Imaculada nos faz contemplar Maria, que por singular privilégio foi preservada do pecado original desde a sua concepção. Mesmo vivendo no mundo marcado pelo pecado, não é tocada pelo pecado: Maria é nossa irmã no sofrimento, mas não no mal e no pecado. Antes, o mal nela foi vencido antes mesmo de tocá-la, porque Deus a encheu de graça (cf.: Lc 1,28). A Imaculada Conceição significa que Maria é a primeira salva pela infinita misericórdia do Pai, como primícia da salvação que Deus quer doar a cada homem e a cada mulher, em Cristo. Por isso, a Imaculada se tornou ícone sublime da misericórdia divina que venceu o pecado. E nós, hoje, no início do Jubileu da Misericórdia, queremos olhar para este ícone com amor confiante e contemplá-lo em todo o seu esplendor, imitando sua fé.

Na concepção imaculada de Maria somos convidados a reconhecer a aurora do mundo novo, transformado pela obra salvífica do Pai e do Filho e do Espírito Santo. A aurora da nova criação implementada pela divina misericórdia. Por isso, a Virgem Maria, nunca contaminada pelo pecado e sempre cheia de Deus é mãe de uma humanidade nova. É mãe do mundo recriado.

Celebrar essa festa comporta duas coisas:
Primeiro: acolher plenamente Deus e a sua graça misericordiosa na nossa vida.
Segundo: tornarmo-nos, por nossa vez, artífices de misericórdia mediante um caminho evangélico.

A festa da Imaculada se torna, então, a festa de todos nós se, com os nossos “sim” cotidianos conseguimos vencer o nosso egoísmo e tornar mais feliz a vida dos nossos irmãos, doar a eles esperança, enxugando lágrimas e dando um pouco de alegria. À imitação de Maria, somos chamados a nos tornarmos portadores de Cristo e testemunhas do seu amor, olhando antes de tudo para aqueles que são os privilegiados aos olhos de Jesus. São aqueles que o próprio Jesus indicou: “Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era estrangeiro e me acolhestes, nu e me vestistes, doente e me visitastes, estava preso e viestes me encontrar” (Mt 25,35-36).

A festa de hoje da Imaculada Conceição tem uma mensagem específica para nos comunicar: recorda-nos que na nossa vida tudo é dom, tudo é misericórdia. A Virgem Santa, primícia dos salvos, modelo da Igreja, esposa santa e imaculada, amada pelo Senhor, ajude-nos a redescobrir sempre mais a misericórdia divina como distintivo do cristão. Não se pode entender um cristão verdadeiro que não seja misericordioso, como não se pode entender Deus sem a sua misericórdia. Essa é a palavra-síntese do Evangelho: misericórdia. É a característica fundamental da face de Cristo: aquela face que nós reconhecemos nos diversos aspectos da sua existência: quando vai ao encontro de todos, quando cura os doentes, quando senta-se à mesa com os pecadores e, sobretudo, quando, pregado na cruz, perdoa; ali nós vemos a face da misericórdia divina. Não tenhamos medo: deixemo-nos abraçar pela misericórdia de Deus que nos espera e perdoa tudo. Nada é mais doce que a sua misericórdia. Deixemo-nos acariciar por Deus: o Senhor é tão bom e perdoa tudo.

Por intercessão de Maria Imaculada, a misericórdia tome posse dos nossos corações e transforme toda a nossa vida.

Depois do Ângelus:

Queridos irmãos e irmãs,

Saúdo a todos com afeto, especialmente as famílias, os grupos paroquiais e associações. Dirijo um pensamento especial aos membros da Associação católica italiana que hoje renovam a adesão à Associação: Desejo-lhes um bom caminho de formação e de serviço, sempre animado pela oração.

Esta tarde, irei para a Praça de Espanha, rezar aos pés do monumento dedicado à Imaculada. Depois, seguirei para Santa Maria Maggiore. Peço-lhes que se unam a mim espiritualmente nesta peregrinação, que é um ato de devoção filial a Maria, Mãe de Misericórdia. A Ela confiarei a Igreja e toda a humanidade, especialmente a cidade de Roma.

Hoje, atravessou a Porta da Misericórdia também o Papa Bento XVI. Enviamos saudações desde aqui, todos, ao Papa Bento!

Desejo a todos uma boa festa e um Ano Santo rico de frutos, com a guia e intercessão de nossa Mãe. Um Ano Santo cheio de misericórdia, para vocês e de vocês para os outros. Por favor, peçam isso ao Senhor também por mim, que preciso tanto!

Bom almoço e até logo!

Fonte: ZENIT.ORG – Cidade do Vaticano, 8 de dezembro de 2015 – Internet: clique aqui.

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