«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Minha mensagem de Natal para você!

 O VERBO QUE SE VÊ

Não sou eu que hei de pregar o nascimento de Cristo.
O mesmo CRISTO nascido é que há de pregar o seu nascimento.
Mas como pode ensinar, o que ainda não fala?
Como ensina esse orador mudo?
Assim disse o Anjo aos pastores:
«Achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2,12).
Os pastores o entenderam, e declararam:
«Vamos a Belém e vejamos esta palavra, que é feita» (Lc 2,15).
Não dizem «ouvir», mas «ver».
Porque as palavras do divino orador não são palavras que se ouvem,
mas palavras que se veem.
O dizer de Deus é fazer.
«Deus disse: Faça-se a luz.» «E a luz foi feita.» «E Deus viu que a luz era boa.» (Gn 1,3.4)
Donde se segue que o ser criança e mudo o nosso divino orador de Belém...
... não lhe é impedimento para poder ensinar.
Assim como Deus antes de ser homem falava interiormente aos corações...
... também o menino ensina sem palavras, porque fala aos olhos.
Não ensina com vozes,
mas ensina com ações;
não ensina o que diz,
mas prega o que faz;
não diz palavras,
mas fala obras.
E o que ensina o nosso orador infante?
Virá o tempo em que abrirá a boca para ensinar.
Há de dizer com palavras: «Bem-aventurados os pobres» (Lc 6,20).
Isto é, o que já está ensinando com o presépio, com as palhas e
com a falta de todo o necessário.
«Bem-aventurados os mansos» (Mt 5,5) – E ei-lo com as mãos atadas.
«Bem-aventurados os que choram» (Mt 5,4) – E isto já está ensinando com
as lágrimas e os gemidos de recém-nascido.
Que brados, que exclamações estão dando contra o mundo
os silêncios deste orador mudo!
Mas assim como suas vozes não serão ouvidas por muitos surdos com ouvidos,
suas ações são mal vistas e pior imitadas por muitos cegos com olhos.
«O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça» (Mt 8,20; Lc 9,58)...
... e tu edificas palácios magníficos e medes os pórticos pela tua vaidade,
em vez de medi-los contigo.
«Que coisa mais indigna, que vendo ao Deus do Céu feito tão pequenino,
o homem queira sem grande!
Que coisa mais intolerável, quando a majestade se encolhe,
que o verme se engrandeça!» (São Bernardo).
Mas faça isto o mundo cego.
E nós, a quem ele por sua bondade abriu os olhos, que faremos?
Os pastores foram ver e passaram;
os magos foram ver e voltaram à sua terra.
E o que fez a estrela, guia e mestra dos magos sábios?
Foi a Belém, chegou ao presépio, e ali parou (Mt 2,9).
Imitemos a estrela! Vamos a Belém e vejamos o Verbo!

(Adaptação livre do «Sermão do nascimento do Menino Deus» de
Padre Antônio Vieira [1608-1697] - grupoparte.blogspot.com)

Feliz Natal!
E muita saúde, coragem e alegria em 2016!

Pe. Telmo José Amaral de Figueiredo

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