«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

REAÇÕES DOS ENVOLVIDOS DIRETOS NO PEDIDO DE IMPEACHMENT DE DILMA

Autores do pedido defendem processo de
impeachment

Pedro Venceslau e Valmar Hupsel Filho

Bicudo, Reale e Janaína minimizam acusação de que Cunha agiu
para retaliar governo:
"Não fez mais do que a obrigação", diz Hélio Bicudo.
Para Janaína Paschoal, as motivações de Cunha "não tiram a legitimidade" do processo. 
Estes são os três juristas que redigiram a solicitação de impeachment da Presidente Dilma:
HÉLIO BICUDO, MIGUEL REALE JÚNIOR e JANAÍNA PASCHOAL

Os três autores do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff acolhido nesta quarta-feira, 2 de novembro, pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal -, se disseram surpresos com a decisão e minimizaram o fato de, segundo eles, o peemedebista ter agido para retaliar o governo.

"Eu já não esperava mais que isso acontecesse e estava pensando sobre quais as providências poderíamos tomar para não passar em branco. Mas Cunha, enfim, despachou. E não fez nada mais do que a obrigação dele", disse Bicudo.

Depois de apresentar uma primeira versão considerada frágil pelos técnicos da Casa, o trio elaborou um novo pedido que incluiu as chamadas "pedaladas fiscais" (prática de atrasar repasses a bancos públicos para o pagamento de programas como o Bolsa Família) realizadas em 2015.

O documento assinado pelos juristas foi escolhido como a peça de resistência da oposição pelo simbolismo, já que Bicudo foi um quadro importante do PT e Reale, que é ligado ao PSDB, foi ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso.

"Não foi coincidência que Cunha tenha decidido acolher o impeachment no momento que deputados do PT decidiram votar favoravelmente à sua cassação no Conselho de Ética. Foi uma chantagem explícita, mas Cunha escreveu certo por linhas tortas", diz Reale Júnior.

Para Janaína Paschoal, as motivações de Cunha "não tiram a legitimidade" do processo. "Foi uma surpresa para mim. Eu já não esperava mais. Não sei qual foi a motivação, mas ela não tira a legitimidade do processo", afirma.

O documento tem três pilares, sendo o principal deles:

[1º] as chamadas pedaladas fiscais - o atraso do repasse de recursos a bancos federais para o pagamento de programas como o Bolsa Família. A nova versão incluiu o argumento de que essa prática se repetiu em 2015.

[2º] Os juristas também alegam que as dívidas do governo com os bancos públicos não foram incluídas na Dívida Líquida do Setor Público, que serve para conferir o cumprimento das metas fiscais e a presidente Dilma Rousseff teria sido omissa nos casos de corrupção na Petrobras.

[3º] Uma terceira argumentação é que o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que em 2014 o governo Dilma publicou decretos que abriam crédito suplementar para despesas do governo sem autorização do Congresso Nacional. 
Devido as "pedaladas fiscais" o Tribunal de Contas da União julgou inaceitáveis as
prestações de contas do governo Dilma referentes ao ano de 2014

Argumentos

A avaliação dos juristas é que as pedaladas e o decreto são as questões mais graves presentes no documento, embora elas não sejam tão facilmente compreendidas pela população como a suposta omissão da presidente nos casos de corrupção na Petrobras.

"Parece ser um argumento técnico e contábil, mas não é. Se isso não tivesse ocorrido, não estaríamos na situação de depressão econômica que estamos", diz Reale Júnior. "Já no caso da Petrobras há uma percepção mais direta", avalia Reale Júnior. Ele reconhece, porém, que o processo no Congresso Nacional será muito mais político do que técnico.

"O processo de fato e mais político nesse instante em que a situação de desalento com a presidente é muito grande. A população não confia mais nela", diz. "Agora é com a Câmara dos Deputados", finaliza Hélio Bicudo. Em entrevista nesta quarta-feira, o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, classificou como "extremamente consistente" o pedido do trio.

Idas e vindas

O presidente da Câmara mudou várias vezes de posição sobre a admissibilidade do pedido de impeachment.

Sua primeira opinião, emitida em abril, durante um evento organizado pelo empresário tucano João Doria Júnior, foi que as pedaladas "não sustentavam" o impedimento por terem ocorrido no mandato anterior.

Menos de um mês depois, porém, o peemedebista recebeu manifestantes anti-Dilma em seu gabinete. Em seguida, Cunha se aproximou do PSDB e deu vários sinais de que acataria o pedido. Ao mesmo tempo fazia sinalizações para os governistas de que poderia postergar a decisão indefinidamente.

A "pedalada fiscal" foi o nome dado à prática do Tesouro Nacional de atrasar de forma proposital o repasse de dinheiro para bancos (públicos e também privados) e autarquias, como o INSS. O objetivo do Tesouro e do Ministério da Fazenda era melhorar artificialmente as contas federais. Ao deixar de transferir o dinheiro, o governo apresentava todos os meses despesas menores do que elas deveriam ser na prática e, assim, ludibriava o mercado financeiro e especialistas em contas públicas.
Para saber mais e ter acesso a gráficos que facilitam o entendimento, clique aqui.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Política – Quinta-feira, 3 de dezembro de 2015 – Pg. A8 – Internet: clique aqui.

ACREDITE EM QUEM QUISER:

Dilma mentiu quando disse que não faria
barganha, diz Cunha

Fernanda Calgaro

Na quarta, ele aceitou dar seguimento a pedido de impeachment de Dilma.
Na TV, a presidente Dilma disse que não aceitaria fazer barganhas com o deputado.
Deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ):
Presidente da Câmara dos Deputados Federais em Brasília (DF)

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira (3 de novembro) que a presidente Dilma Rousseff mentiu à nação quando disse que não faria barganha sobre o caso dele no Conselho de Ética. De acordo com ele, Dilma chamou o deputado André Moura (PSC-SE), um dos aliados do presidente da Câmara, para propor que, em troca da aprovação da CPMF, o PT votasse a favor de Cunha no Conselho de Ética.

Cunha aceitou nesta quarta dar prosseguimento ao pedido de impeachment da presidente Dilma. Logo depois, ela fez um pronunciamento na TV do governo para dar uma resposta à decisão. Dilma ressaltou que não faria barganha com o deputado para que ele arquivasse o pedido de impeachment.

"Eu quero deixar bem claro que a presidente mentiu à nação quando disse que o seu governo não autorizou qualquer barganha. Ela simplesmente estava participando de uma negociação. O ministro [Jaques Wagner, da Casa Civil], levou um deputado ao gabinete e lá a presidente queria que tivesse o comprometimento de aprovar a CPMF. Eu não sabia da presença do deputado e sequer do conteúdo do diálogo e simplesmente foi me trazida a proposta", afirmou Cunha em entrevista coletiva que ele convocou para esta manhã na Câmara.
ANDRÉ MOURA
Deputado Federal pelo PSC de Sergipe, aliado do deputado Eduardo Cunha

O presidente da Câmara é alvo de processo no Conselho de Ética e, nos últimos dias, foi comentado em Brasília que o PT poderia estar negociando os três votos que têm no colegiado. Nesta quarta, no entanto, antes da decisão sobre o pedido de impeachment, o partido anunciou que votaria contra Cunha.

O G1 procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para saber se Dilma vai se pronunciar sobre as declarações de Cunha, e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem. Também deixou recado na secretária eletrônica de André Moura.
 Quando questionado pelos jornalistas sobre o que tratava a "barganha", o presidente da Câmara respondeu: "os votos do PT [no Conselho de Ética] e o comprometimento da aprovação da CPMF".

"André Moura que esteve com ela, levado pelo Wagner. A barganha veio sim, proposta pelo governo, e eu me recusei a aceitar. A presidente mentiu, esse é o ponto fundamental que eu queria dizer", continuou Cunha.

O presidente da Câmara disse ainda que a suposta negociação pela aprovação da CPMF era feita sem que ele soubesse. "Muitas coisas são feitas que eu não sei. Eu não participei de nenhuma negociação. Se havia negociação, havia barganha do outro lado. Comigo nenhuma [negociação], eu não quero nenhuma negociação, eu não participo de negociação", ressaltou ele.

Cunha também afirmou que já tinha tomado a decisão de acatar o pedido de impeachment antes de os deputados do PT no Conselho de Ética anunciarem que votariam contra ele.

Votos do PT no Conselho de Ética

O presidente da Câmara disse que tem atritos constantes com o PT e que prefere não contar com os votos do partido no Conselho de Ética.

"Todos sabem que eu sou adversário do PT. Nós vivemos em atrito constante. Claro que o PT tem pessoas de bem, pessoas com quem eu tenho boa relação, mas o conjunto do partido é meu adversário. Eu prefiro, com sinceridade, que eu não tivesse os votos do PT no Conselho", disse.

Fonte: Portal G1 – Política – 03/12/2015 – 11h06 - Atualizado em 03/12/2015 às 12h21 – Internet: clique aqui.

Wagner diz que Cunha mentiu ao falar que
Dilma esteve com deputado

Filipe Matoso

Cunha disse que Dilma propôs “barganha” a deputado
André Moura (PSC-SE).
Segundo Wagner, Dilma não esteve com o parlamentar. 
JAQUES WAGNER
Ministro-Chefe da Casa Civil do governo Dilma rebate as acusações de Eduardo Cunha

O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta quinta-feira (3 de novembro) que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mentiu ao dizer que o deputado André Moura (PSC-SE) foi levado pelo ministro para uma reunião com Dilma nesta quarta.

Cunha havia convocado entrevista coletiva mais cedo na qual afirmou que Wagner levou Moura, um dos aliados mais próximos do presidente da Câmara, até Dilma nesta quarta (2 de novembro). Disse ainda que a presidente havia proposto que Cunha desse apoio à CPMF em troca de votos do PT em favor dele no Conselho de Ética.

Na quarta, o presidente da Câmara aceitou dar prosseguimento a um pedido de impeachment de Dilma. No mesmo dia, poucas horas depois, Dilma falou em pronunciamento na TV que estava indignada com a decisão de Cunha e que não faria barganhas com ele para evitar o seguimento do impeachment. Na coletiva desta quinta, Cunha disse que Dilma mentiu e que tentou, sim, fazer "barganha".

"O presidente da Câmara mentiu, porque ele afirmou que ontem o André Moura foi levado por mim à presidente da República", afirmou Wagner."O deputado André Moura não esteve com a Dilma. Esteve comigo. Eu sempre discuti com ele [Moura] como emissário do presidente da Câmara. Discuti pauta econômica: a DRU, a CPMF, repatriação. Sempre discuti com ele uma pauta que chamo de Pauta Brasil", continuou o ministro.

Impeachment

Em outro momento da entrevista, Jaques Wagner classificou o processo de impeachment da presidente Dilma como “artificialidade” de quem “perdeu no campo e quer ganhar no tapetão.”

Um dos principais conselheiros políticos de Dilma, o ministro também afirmou que não é obrigado a ser “verdadeiro” com alguém que usa o poder para “paralisar o país e paralisar a vida do Congresso Nacional.” Wagner relembrou que Cunha anunciou que prorrogará a CPI da Petrobras, “como sempre, sua única ferramenta de ameaça”.

“Mas eu estou muito tranquilo, e quero reafirmar aqui: quem mentiu foi o presidente Eduardo Cunha”, completou.

Segundo o ministro, a presidente Dilma convocou para a tarde desta quinta uma reunião da coordenação política do governo, grupo que se reúne semanalmente para avaliar o cenário político e definir as estratégias que o governo adotará nos próximos dias. 
Mercado financeiro - Bolsa de Valores de São Paulo e Câmbio - reage positivamente
à notícia de abertura de processo de impeachment da Presidente Dilma:
dólar caiu, diante do real e BOVESPA sobiu!

Mercado financeiro

Perguntado sobre o que achou das movimentações do mercado financeiro desde que Eduardo Cunha anunciou o processo de impeachment de Dilma, Jaques Wagner disse que as regras do mercado são "difíceis de se precisar" porque não são "matemáticas".

"Tem gente que aproveita momentos como esse para fazer especulação. Ou seja, sobe num dia, desce no outro. Não diria que o mercado recebeu bem, porque não se trata só do impeachment, trata-se de mais um elemento para tumultuar a cena política brasileira e isso não é bom", disse.

"Mas o dólar ter caído um pouco e a bolsa ter subido, eu até acho positivo, espero que continue assim até o fim do processo", concluiu o ministro.

Fonte: Portal G1 – Política – 03/12/2015 – 12h45 – Atualizado em 03/12/2015 às 13h51 – Internet: clique aqui.

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