«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014 - RESULTADOS E ANÁLISES

A onda virou avalanche

 José Roberto de Toledo

O resultado do 1.º turno é muito ruim para Dilma Rousseff (PT). A presidente fez uma vantagem muito menor do que a esperada sobre Aécio Neves (PSDB), cerca de 8 milhões de votos. Em 2010, ela abriu quase o dobro disso, foram 12 milhões a mais do que o tucano José Serra. Por sua vez, Marina Silva (PSB) praticamente voltou ao seu patamar de quatro anos atrás. O que ela teve a mais veio de Pernambuco, herdado de Eduardo Campos.

A missão de Dilma é a mais difícil de um candidato a presidente do PT desde 1998. Em quantidade de votos, sua vantagem equivale à de Lula em 2006, mas com uma diferença fundamental: o ex-presidente ficara a 1,4 ponto de se eleger no primeiro turno. Dilma está a 9 pontos da reeleição. Faltam-lhe 9 milhões de votos.

A petista vai precisar dos pouco mais de 2 milhões de votos de Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) e pelo menos 7 milhões dos 22 milhões de votos de Marina. Ou seja, Dilma precisa de 32%, ou 1 a cada 3 eleitores da candidata do PSB. Na última simulação de segundo turno, a petista conseguia 20%, 1 de 5.

Já Aécio, que chegou a convocar uma entrevista coletiva para dizer que não renunciaria à candidatura em setembro, teve um desempenho melhor do que o de Serra em 2010. O eleitor mudancista migrou em massa para ele nos metros finais da corrida eleitoral quando percebeu que Marina não tinha mais chances.

Por pelo menos um mês, Marina surfou sozinha a maior onda de opinião pública em muitos anos no Brasil, mas caiu da prancha e acabou na areia. Como o movimento que a carregou, sua candidatura sucumbiu ao peso das próprias contradições.

As mesmas razões que levaram a comunidade de negócios a flertar com a
campanha de Marina à Presidência fizeram ela fraquejar nas pesquisas de intenção de voto quando a disputa esquentou.

Empresários e operadores do mercado financeiro enxergaram em Marina mais do que uma candidata aberta ao diálogo e disposta a ouvir opiniões divergentes – diferentemente da irredutibilidade de Dilma Rousseff (PT). Com ou sem razão, projetaram a imagem de alguém que, por falta de uma partido, precisaria de mais suporte de terceiros e se tornaria assim permeável a influências externas. É como se imaginassem que poderiam tutelá-la.

O problema foi que a opinião pública pensou a mesma coisa, com sinais trocados. Quem se deixa tutelar não é um líder confiável. A partir das idas e vindas em relação ao seu programa de governo, colou na imagem pública de Marina a ideia de que ela é volúvel. Era a favor do casamento gay, depois não era mais. Saiu do PT para o PV, depois para a Rede e, por falta de opção, entrou no PSB. Tudo em um espaço de tempo muito curto.

Não houve um evento catastrófico, mas a sucessão de pequenos desgastes. Sua candidatura não implodiu, foi desconstruída a marretadas, a cada inserção de 30 segundos dos adversários na TV. Fixaram-lhe a imagem de uma candidata sem estrutura partidária, sem equipe e sem firmeza de propósito.

A campanha de Marina era a sobreposição mal costurada do estafe herdado de Eduardo Campos com o séquito da Rede. Seu comando mudou de estratégia no meio da corrida. Primeiro pintou-a de vítima. No fim, tentou vesti-la de guerreira. Deu no que deu. Nem que tivesse sido Aécio a se vestir de amarelo no debate da Globo, a queda de Marina não teria sido interrompida nem seus ex-futuros-eleitores teriam deixado de cair no colo do tucano. Depois que a avalanche começa, não há nada que consiga pará-la.

O embate de Dilma com Aécio nas próximas três semanas será uma reprise do filme que o eleitor cansou de ver em 2006 e 2010: Norte/Nordeste contra Sudeste/Centro-Oeste, interior contra capitais, pobres contra ricos, menos escolarizados contra mais escolarizados. O final é incerto, mas o enredo será o mesmo de sempre; uma mistura de farsa e suspense com momentos de terror.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Especial/Eleições 2014 – Segunda-feira, 6 de outubro de 2014 – Pg. H2 – Edição impressa.
 
Para conferir os candidatos a:
Presidente da República,
Governador de Estado,
Senador da República,
Deputado Federal e
Deputado Estadual/Distrital
que foram eleitos ou passaram ao segundo turno das eleições,
clique aqui.
Você pode realizar consultas por Estado e, no interior de cada Estado, por municípios.

Vida que segue
CARLOS MELO*
Rua repleta de "santinhos" de candidatos
Em frente à Escola Estadual "João Firmino Correia de Araújo" - São Bernardo do Campo (SP)

Cenários, estratégias, futuro? A vida não é só esse matar leões; essa ânsia por compreender o devir. Depois das horas mais corridas, pede-se a avaliação mais calma e ampla; que constata sem sugerir. Um outro olhar, apenas. Ou, antes, um dedo nas nossas feridas e nas dos outros.

Não adianta tentar tapar o sol com a peneira, o resultado da eleição foi muito ruim para o PT — o partido ficou bem aquém de suas próprias expectativas e aquém também dos recursos e do poder de que dispunha para disputar a eleição, no país, nos estados; para a Câmara e para o Senado.

Não adianta a presidente dizer que teve maioria dos votos, pois a verdade é que a maioria dos eleitores não votou em Dilma, ainda que Dilma tenha obtido mais votos que seus adversários.

Não adianta Dilma esbanjar um otimismo forçado porque sabe que o segundo turno transcorrerá sob um clima muito complicado, com acusações de escândalos e com a desqualificação dos resultados do seu governo. Desqualificar pura e simplesmente as críticas será inócuo; e recorrer à velha estratégia de malhar o governo FHC [Fernando Henrique Cardoso] — arma tantas vezes utilizada — pode, um dia, não dar mais resultado. Matar hoje o sujeito que morreu ontem também é repetitivo e cansa.

Não adianta, Aécio, por sua vez, contar vantagem e sentir-se um super-homem — algo tão normal aos tucanos — porque, na verdade, vai ao segundo turno muito menos por seus méritos do que pela ruína de Marina Silva. Sabe que foi salvo menos por um eleitor que o aprova do que por um eleitor que desaprova Dilma. A ordem desses fatores altera, sim, o produto.

Não adianta fazer a crítica econômica ao governo do PT, afirmar que tudo precisa ser alterado, sem antes demonstrar como o fará para que seu ajuste não custe, antes, o emprego das pessoas. Este é o maior medo dos indivíduos e com ele Dilma assombrará a campanha e faz sentido que o faça. Emprego é mesmo coisa séria.

Não adianta dizer que não cometerá os mesmos erros do PT, sem antes demonstrar quais serão as diferenças de seu relacionamento com o Congresso e financiadores de campanha, por exemplo.

De nada vale a Marina dizer que foi desconstruída sem antes admitir que os pontos que a prejudicaram foram, a maioria deles, gerados em sua própria campanha, com toda a dissonância de opiniões e com os recuos que demonstraram indecisão e suscetibilidade à pressão.

Não adianta afirmar que foi um massacre. Como se diz, “os fortes, de verdade, quando tomam veneno, o veneno só os torna mais fortes”. Uma campanha política é mesmo um massacre para quem permite ser massacrado; é preciso saber ser leão e ser raposa, ao mesmo tempo, para sobreviver nessa selva. E, assim, avançar.

Não adianta dizer que não houve tempo de TV ou que tudo foi muito surpreendente e improvisado, a partir da morte de Eduardo Campos, porque foi mesmo assim e se sabia, de ante mão, que seria assim. E ainda assim, seria possível evitar algumas ciladas e dar mais e mais efetivas respostas do que Marina soube ou conseguiu dar.

Não adianta dizer o que se disser; os problemas do sistema político brasileiro não se resolvem com uma eleição. Aliás, em nenhum lugar do mundo se resolvem problemas assim de uma única vez; é preciso calma, engenho e persistência. Em todo o mundo há sistemas políticos com problemas e mesmo assim o processo político segue seu caminho.

Há críticas para todos os gostos, desculpas para todos os pecados; há dor para todos os corações e maldade para todos os cínicos. Não adianta dizer que não dá para seguir adiante. O sol nasce todos os dias, o mundo pesa e mesmo assim seguimos em frente, todos os dias. Amanhã será sempre outro dia da vida que segue… Enquanto a vida seguir.

* Carlos Melo, cientista politico. Professor do Insper.

Fonte: ESTADÃO.COM.BRBlog - 06/10/2014 – 02h45 – Internet: clique aqui.

A nova composição da Câmara dos Deputados
 Ao todo, 28 partidos elegeram deputados federais.
PT, PMDB e PSDB têm, em ordem decrescente, as três maiores bancadas.
Plenário da Câmara dos Deputados - Brasília (DF)
O Congresso em Foco apresenta aqui em primeira mão a lista dos deputados federais eleitos no Distrito Federal e nos 26 estados brasileiros. Os resultados ainda estão sujeitos a alteração se candidatos com o registro atualmente negado pela Justiça eleitoral – como o “ficha suja” Paulo Maluf (PP-SP) – conseguirem reverter essa decisão. Mas o quadro das candidaturas pendentes não tem possibilidade de alterar de maneira significativa a distribuição das cadeiras entre os partidos.

Os resultados eleitorais disponíveis mostram que o número de partidos com representação na Câmara – e, de tabela, no Congresso Nacional – aumentará de 22 para 28.

O PT, com 18 deputados a menos, foi o partido que mais perdeu parlamentares. Quem mais ganhou foi o PSDB, cuja bancada subiu de 44 para 55 integrantes.

Um aspecto importante é que vários ex-deputados federais voltarão ao Parlamento como o mais votado de seus respectivos estados. É o caso de Moroni Torgan (DEM-CE), Alberto Fraga (DEM-DF) e Celso Russomano (PRB-SP), o deputado federal mais votado no Brasil, com mais de 1,5 milhão de votos.

Outra peculiaridade da disputa para a Câmara é a grande votação alcançada por políticos conservadores, como Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Luiz Carlos Heinze (PP-RS), ambos os mais votados em seus estados.

Veja como é hoje e como ficará a composição partidária da Câmara dos Deputados a partir de 1o de fevereiro, data de início da nova legislatura.


Clique sobre a imagem para ampliá-la
Fonte: Congresso em Foco – 05/10/2014 – 23h08 – Internet: clique aqui.

Só 35 deputados se elegeram com a própria votação
EDSON SARDINHA
Os demais 478 eleitos no domingo contaram com os votos somados do partido ou coligação para atingir a votação necessária para a eleição de um parlamentar.
Só Russomanno elegeu mais quatro deputados.
Veja quem se elegeu sozinho

Dos 513 deputados federais que vão compor a Câmara a partir do próximo ano, apenas 35 (6,8%) receberam votos suficientes para se elegerem sozinhos. Os demais alcançaram o mandato com a soma dos votos dados à legenda ou de outros candidatos de seus partidos ou coligações.

Dono agora da segunda maior votação da história da Câmara, com 1,5 milhão de votos, Celso Russomanno (PRB-SP) conseguiu não só voltar à Cassa como elegeu outros quatro deputados de seu partido:
  • o cantor sertanejo Sérgio Reis (PRB-SP), que recebeu 45.330 votos,
  • Beto Mansur (PRB-SP), com 31.305,
  • Marcelo Squasoni (PRB-SP), com 30.315, e
  • Fausto Pinato (PRB), com 22.097 votos.
O deputado reeleito Tiririca (PR), que foi o segundo mais votado este ano, puxou mais dois candidatos de seu partido para a Câmara:
  • Capitão Augusto (PR), com 46.905 votos, e
  • Miguel Lombardi (PR), com 32.080.
O humorista recebeu mais de 1 milhão de votos.

Ao todo, 478 deputados não alcançaram sozinhos o chamado quociente eleitoral, que é a quantidade necessária de votos para a eleição de um parlamentar. O quociente é definido pela divisão do número de votos válidos pelo número de vagas que cabe a cada estado. No caso de São Paulo, o mínimo para a eleição de um deputado este ano foi de 299,9 mil votos (número obtido pela divisão dos 20,99 milhões de votos válidos pelas 70 cadeiras da bancada). No caso de Tiririca e Russomanno, por exemplo, as sobras foram rateadas entre os companheiros de partido.

Estados e partidos

De acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), os estados em que mais candidatos conseguiram alcançar o quociente eleitoral foram São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – cinco cada. Quatro pernambucanos também obtiveram sucesso apenas com os próprios votos. Na Paraíba, foram três. No Ceará, em Goiás e em Santa Catarina, dois. Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Sergipe e Roraima tiveram apenas um deputado entre os que atingiram a marca. No Distrito Federal e nos demais estados, ninguém foi eleito sozinho.

Ainda segundo o Diap, os partidos que mais tiveram parlamentares eleitos com os próprios votos foram: PSDB (6), PT, PMDB e PP (4 cada), DEM (3), PR, PSB e PSD (2), PRB, PSC, Psol, PTB, PTN e SD (1 cada). Em 2010, 36 deputados se elegeram sem a necessidade de contar com os votos da legenda ou coligação; em 2006, foram 32; e em 2002, 33.

Veja quem se elegeu ou reelegeu com os próprios votos:

Deputado eleito
Partido
UF
Votação
Situação
Profissão
Arthur Bisneto
PSDB
AM
250.896
Novo
Político, atual deputado estadual, já foi vereador
Lucio Vieira Lima
PMDB
BA
222.164
Reeleito
Cacauicultor, engenheiro agrônomo e pecuarista
Genecias Noronha
SD
CE
221.567
Reeleito
Empresário
Moroni Torgan
DEM
CE
277.774
Novo
Servidor público civil aposentado
Daniel Vilela
PMDB
GO
179.214
Novo
Graduado em Direito
Waldir Soares
PSDB
GO
274.625
Novo
Policial civil
Gabriel Guimarães
PT
MG
200.014
Reeleito
Empresário e advogado
Odair Cunha
PT
MG
201.782
Reeleito
Advogado
Misael Varella
DEM
MG
258.393
Novo
Empresário
Rodrigo de Castro
PSDB
MG
292.848
Reeleito
Advogado, administrador de empresas e empresário
Reginaldo Lopes
PT
MG
310.226
Reeleito
Economista
Zeca do PT
PT
MS
160.556
Novo
Bancário
Delegado Eder Mauro
PSD
PA
265.983
Novo
Delegado da Polícia Civil
Pedro Cunha Lima
PSDB
PB
179.886
Novo
Advogado
Veneziano
PMDB
PB
177.680
Novo
Advogado
Aguinaldo Ribeiro
PP
PB
161.999
Reeleito
Empresário
Eduardo da Fonte
PP
PE
283.567
Reeleito
Empresário
Pastor Eurico
PSB
PE
233.762
Reeleito
Comerciário e comunicador de rádio
Jarbas Vasconcelos
PMDB
PE
227.470
Novo
Bacharel em Direito
Felipe Carreras
PSB
PE
187.348
Novo
Empresário de shows e entretenimento
Christiane Yared
PTN
PR
200.144
Nova
Empresária e pastora
Jair Bolsonaro
PP
RJ
464.572
Reeleito
Militar da reserva
Clarissa Garotinho
PR
RJ
335.061
Nova
Jornalista
Eduardo Cunha
PMDB
RJ
232.708
Reeleito
Empresário e economista
Chico Alencar
PSol
RJ
195.964
Reeleito
Professor de ensino superior e escritor
Leonardo Picciani
PMDB
RJ
180.741
Reeleito
Empresário, agropecuarista e bacharel de Direito
Shéridan
PSDB
RR
35.555
Nova
Psicóloga
Esperidião Amim
PP
SC
229.668
Reeleito
Empresário, administrador, advogado, professor universitário
João Rodrigues
PSD
SC
221.409
Reeleito
Empresário, radialista
Adelson Barreto
PTB
SE
131.236
Novo
Jornalista e redator
Celso Russomano
PRB
SP
1.524.361
Novo
Bacharel em Direito e  jornalista
Tiririca
PR
SP
1.016.796
Reeleito
Humorista
Pastor Marco Feliciano
PSC
SP
398.087
Reeleito
Conferencista, empresário, pastor evangélico
Bruno Covas
PSDB
SP
352.708
Novo
Advogado e economista
Rodrigo Garcia
DEM
SP
336.151
Reeleito
Advogado, empresário e corretor de imóveis
 
Fonte: Congresso em Foco – 06/10/2014 – 13h16 – Internet: clique aqui.

PMDB foi o partido que elegeu mais senadores;
veja como ficará o Senado
FÁBIO GÓIS
Entre os parlamentares que saíram vitoriosos neste domingo, cinco se reelegeram e três já exerceram o mandato em outra legislatura
Plenário do Senado Federal - Brasília (DF)
Maior partido do Senado na atual legislatura, com 19 nomes, o PMDB foi o partido que mais emplacou representantes entre os 27 senadores eleitos para a próxima legislatura. Foram cinco (veja lista abaixo), entre os quais uma reeleita, Kátia Abreu (TO). Ao todo, são 19 novos senadores. Alguns velhos conhecidos da Casa: cinco foram reeleitos e três já exerceram o cargo em outra legislatura.

Depois do PMDB, o PSDB e o PDT foram os que mais elegeram representantes para a próxima legislatura, que terá início em fevereiro de 2015. Os partidos, que já dispõem de 12 e seis nomes na Casa, respectivamente, elegeram quatro representantes cada – alguns reeleitos, como Álvaro Dias (PSDB-PR).

Em seguida, com três representantes eleitos cada, figuram o PSB e o DEM, partidos que já dispõem de quatro senadores. Desse grupo, Maria do Carmo Alves (DEM-SE) foi a única reeleita, e exercerá o terceiro mandato consecutivo.

Três partidos elegeram dois representantes cada: PT (que já tem 13), PTB (seis) e PSD (um). PP, que tem cinco nomes atualmente, e o PR, que tem quatro, elegeram apenas um representante para a próxima legislatura.

Pendências

Mesmo com mais quatro anos de Senado pela frente a partir de 2015, alguns nomes da atual legislatura (2011-2015) vão se despedir dos colegas no próximo ano. É o caso de Wellington Dias (PT), eleito governador do Piauí em primeiro turno, e de Pedro Taques (PDT), que comandará Mato Grosso. Os primeiros-suplentes devem assumir as respectivas vagas.

Essa lista pode aumentar. Vencedor do primeiro turno, Rodrigo Rollemberg (PSB) pode se tornar governador do Distrito Federal caso derrote Jofran Frejat (PR) no próximo dia 26. Além dele, Eduardo Braga (PMDB-AM), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Delcídio do Amaral (PT-MS), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Marcelo Crivella (PRB-RJ) podem vir a ser eleitos governadores.

Confira a composição do novo Senado:

Acre
Gladson Cameli (PP) – senador eleito
Jorge Viana (PT)
Sérgio Petecão (PSD)

Alagoas
Fernando Collor (PTB) – reeleito
Benedito de Lira (PP)
Renan Calheiros (PMDB)

Amapá
Davi Alcolumbre (DEM) – senador eleito
João Capiberibe (PSB)
Randolfe Rodrigues (Psol)

Amazonas
Omar Aziz (PSD) – senador eleito
Eduardo Braga (PMDB) **
Vanessa Grazziotin (PCdoB)

Bahia
Otto Alencar (PSD) – senador eleito
Lídice da Mata (PSB)
Walter Pinheiro (PT)

Ceará
Tasso Jereissati (PSDB) – senador eleito
Eunício Oliveira (PMDB) **
José Pimentel (PT)

Distrito Federal
Reguffe (PDT) – senador eleito
Cristovam Buarque (PDT)
Rodrigo Rollemberg (PSB) **

Espírito Santo
Rose de Freitas (PMDB) – senadora eleita
Magno Malta (PR)
Ricardo Ferraço (PMDB)

Goiás
Ronaldo Caiado (DEM) – senador eleito
Fleury (DEM)
Lúcia Vânia (PSDB)

Maranhão
Roberto Rocha (PSB) – senador eleito
João Alberto Souza (PMDB)
Lobão Filho (PMDB)

Mato Grosso
Wellington Fagundes (PR) – senador eleito
Blairo Maggi (PR)
José Antônio Medeiros (PPS) – 1º suplente do governador eleito Pedro Taques (PDT)

Mato Grosso do Sul
Simone Tebet (PMDB) – senadora eleita
Delcídio do Amaral (PT) **
Waldemir Moka (PMDB)

Minas Gerais
Antonio Anastasia (PSDB) – senador eleito
Aécio Neves (PSDB) ***
Zezé Perrella (PDT)

Pará
Paulo Rocha (PT) – senador eleito
Flexa Ribeiro (PSDB)
Jader Barbalho (PMDB)

Paraíba
José Maranhão (PMDB) – senador eleito
Cássio Cunha Lima (PSDB) *
Vital do Rêgo (PMDB)

Paraná
Álvaro Dias (PSDB) – reeleito
Gleisi Hoffmann (PT)
Roberto Requião (PMDB)

Pernambuco
Fernando Bezerra (PSB) – senador eleito
Douglas Cintra (PTB)
Humberto Costa (PT)

Piauí
Elmano Férrer (PTB) – senador eleito
Ciro Nogueira (PP)
Regina Sousa (PT) – 1ª suplente do governador eleito Wellington Dias (PT)

Rio de Janeiro
Romário (PSB) – senador eleito
Lindbergh Farias (PT)
Marcelo Crivella (PRB) **

Rio Grande do Norte
Fátima (PT) – senadora eleita
José Agripino (DEM)
Paulo Davim (PV)

Rio Grande do Sul
Lasier Martins (PDT) – senador eleito
Ana Amélia (PP)
Paulo Paim (PT)

Rondônia
Acir Gurgacz (PDT) – reeleito
Odacir Soares (PP)
Valdir Raupp (PMDB)

Roraima
Telmário Mota (PDT) – senador eleito
Ângela Portela (PT)
Romero Jucá (PMDB)

Santa Catarina
Dário Berger (PMDB) – senador eleito
Luiz Henrique (PMDB)
Paulo Bauer (PSDB)

São Paulo
José Serra (PSDB) – senador eleito
Antônio Rodrigues (PR-SP)
Aloysio Nunes (PSDB) ***

Sergipe
Maria do Carmo Alves (DEM) – reeleita
Antônio Carlos Valadares (PSB)
Kaká Andrade (PDT)

Tocantins
Kátia Abreu (PMDB) – senadora eleita
Ataídes Oliveira (Pros)
Vicentinho Alves (SD)

Senadores eleitos governadores em primeiro turno *
Senadores que disputam o segundo turno para governador **
Senadores que disputam o segundo turno presidencial ***

Fonte: Congresso em Foco – 06/10/2014 – 00h28 – Internet: clique aqui.

I N F E L I Z M E N T E :

PMDB mantém maior bancada no Senado, reduz distância do PT na Câmara Federal e pode crescer em governadores
José Roberto Toledo e Rodrigo Burgarelli


O PMDB encolheu no Congresso, mas sai mais forte das urnas. Menos pelo número de governadores eleitos que vão disputar o 2º turno, mais pela posição relativa aos demais partidos no Congresso.

 
Os peemedebistas elegeram parlamentares suficientes para ter a maior bancada no Senado e a segunda maior da Câmara. Pode ser o suficiente para manter as presidências das Casas – e é daí que emana o poder do partido.

 
Mesmo depois de todas as manifestações e protestos de 2013, o partido que é a encarnação do status quo na política continuará onde sempre esteve desde a redemocratização: no centro do poder.

 
O PMDB se beneficiou pelo fato de o PT, seu maior rival em tamanho, ter diminuído também. Ambos perderam deputados e senadores, mas o que importa é quem tem mais. E o PMDB ficou à frente do PT no Senado e diminuiu a diferença na Câmara.

 
O PMDB terá menos senadores do que tinha. Mas o PT também encolheu, assim como o PSDB. Assim, os peemedebistas se beneficiam da tradição para fazer o presidente da Casa e liderar comissões.

 
Isso só é possível porque aumentou a dispersão partidária. Na divisão de cadeiras, partidos médios e pequenos cresceram.

 
Na Câmara, a situação é igual. O PMDB caiu, mas o PT caiu ainda mais. O PSDB cresceu, de 44 para 52 cadeiras, mas ainda está em um distante terceiro lugar.

 
O PMDB comanda sete Estados hoje. Elegeu quatro governadores no 1º turno e está na disputa por mais sete. Ou seja, pode chegar a dez governos estaduais.

 
O PT elegeu três governadores no 1º turno. E vai para o 2º turno em mais três. Dois são petistas candidatos à reeleição.

 
Fonte: O Estado de S. Paulo – Especial/Eleições 2014 – Segunda-feira, 6 de outubro de 2014 – Pg. H28 - Edição impressa.
 

 

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