«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

GOVERNO FEDERAL ATRASA DIVULGAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS !!!

Governo segura divulgação de dados que podem afetar campanha de Dilma

Fábio Takahashi e Sofia Fernandes

Estatísticas sobre 7 milhões de alunos e resultado da arrecadação de tributos em setembro ficam para depois da eleição. Órgãos responsáveis apontam questões administrativas, técnicas e legais para justificar adiamento.
Dilma Rousseff - candidata do PT à Presidência da República
 
Por decisão do governo federal, o país chegará ao segundo turno da eleição presidencial no domingo sem ter dados atualizados sobre o desempenho dos alunos em português e matemática e a arrecadação de tributos, estatísticas potencialmente negativas para a campanha da presidente Dilma Rousseff.

Como a Folha de S. Paulo informou, também só serão divulgados depois da eleição dados sobre o desmatamento e um novo estudo sobre o contingente de pobres e de miseráveis.

Avaliações independentes ou informações oficiais já publicadas sinalizam que os indicadores mostrarão piora nessas duas áreas.

Diferentes instituições do governo Dilma Rousseff responsáveis por esses dados apontam questões técnicas, administrativas ou legais para explicar o que houve.

No caso da educação, tradicionalmente até agosto são apresentados os resultados de um exame nacional aplicado, a cada dois anos, a mais de 7 milhões de alunos.

Em setembro, o Ministério da Educação divulgou indicador que usa como base a prova de 2013 e a taxa de aprovação dos alunos – o Ideb –, sem mostrar qual foi o resultado em cada âmbito.

Assim, não é possível saber como está o nível atual dos estudantes brasileiros em português e matemática.

Por meio de dados secundários do próprio ministério, é possível estimar que os estudantes do ensino médio tiveram notas piores na prova nacional, mas menor reprovação nas escolas.

Os colégios nesse nível de ensino são mantidos majoritariamente pelos Estados, mas cabe à União induzir melhorias no sistema.

Já os alunos do ensino fundamental devem ter obtido desempenho positivo nas duas matérias.

Associação de funcionários do Inep (órgão que organiza a prova) divulgou carta pedindo autonomia ao órgão e "proteção frente a demandas de caráter privado".

O professor da USP Ocimar Alavarse, especialista em avaliações educacionais, afirma que o intervalo entre a aplicação da prova (novembro de 2013) e a divulgação dos resultados (provavelmente novembro de 2014) "limita a análise" dos dados.

ECONOMIA

Outra informação que será divulgada apenas após as eleições é o resultado da arrecadação de tributos em setembro. Mantida a tendência recente, a arrecadação será menor do que a esperada pela gestão Dilma.

O anúncio normalmente ocorre até o dia 25. Em abril, maio e junho, porém, foi feito após essa data (nos dias 27, 26 e 28, respectivamente).

Na aferição do desmatamento da Amazônia, cujos resultados são divulgados todo mês, apenas em novembro serão publicados os dados de agosto e setembro. Segundo análise da ONG de pesquisa Imazon, a taxa subiu 191% se comparado os bimestres de 2013 e 2014.

Outra divulgação postergada foi o estudo do Ipea que analisará o número de miseráveis no país. Um diretor chegou a pedir afastamento devido à decisão.

Segundo pesquisa do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade), houve, no ano passado, pequeno aumento no número de indigentes. A informação já foi usada pelo tucano Aécio Neves em sua campanha.

EIS AS MÁS NOTÍCIAS

MAIS DESMATAMENTO?
O governo federal adiou para novembro a divulgação mensal dos dados parciais de desmatamento da Amazônia. Levantamento da ONG de pesquisa Imazon, que opera um sistema similar ao do governo, aponta que as taxas estão subindo e que houve um salto de 290% em setembro em relação a igual período de 2013. O governo alega que os valores serão anunciados com base em imagens de satélite mais precisas.

MISÉRIA SEM FIM?
O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ligado à Presidência, impediu a publicação em período eleitoral de estudo sobre a evolução de miseráveis. Um diretor do instituto pediu afastamento. Usando a mesma base de dados, pesquisadores independentes concluíram que, pela primeira vez desde 2003, a miséria parou de cair em 2013. O Ipea alega de adiou a divulgação para não favorecer nenhum candidato.

ARRECADAÇÃO MENOR?
A Receita Federal deixou para depois das eleições (próximo dia 29) a divulgação do resultado da arrecadação de tributos de setembro. O dado será desfavorável ao governo se for mantida a tendência dos últimos meses. O anúncio normalmente ocorre até dia 25. O órgão federal afirma que os responsáveis estarão em reunião interna nesta semana. Ele havia reduzido em setembro a previsão de aumento da arrecadação neste ano de 2% para 1%.

PIORES NOTAS?
O Ministério da Educação adiou a divulgação do desempenho dos alunos em português e matemática no Ideb (exame aplicado a cada dois anos). Os resultados são tradicionalmente apresentados até agosto. Por meio de dados secundários, é possível estimar que os estudantes do ensino médio tiveram notas piores na prova nacional. O governo alega que trabalha para tornar os dados do exame mais completos.

Fonte: Folha de S. Paulo – Eleições 2014 – 23/10/2014 – 02h00 – Internet: clique aqui.

Economistas veem desconexão entre otimismo da população e fatos

Economistas, marqueteiros e acadêmicos têm hipóteses diversas para o descompasso entre o pessimismo do mercado com a economia e o otimismo da população com emprego, salário e inflação.

Conforme a pesquisa Datafolha de terça (21), a expectativa de aumento dos preços recuou para o patamar mais baixo da série do instituto desde 2007: só 31% acham que o custo de vida irá aumentar ante 50% em setembro e 64% em abril.

Depois de perder um pouco de fôlego entre junho e agosto, porém, a inflação voltou a acelerar em setembro, puxada pelos alimentos. Em 6,75% no cálculo dos últimos 12 meses, é o patamar mais alto em quase três anos.

Esse tipo de desconexão repete-se em outros temas apurados. Para 44%, a situação econômica do país vai melhorar, a melhor taxa desde abril de 2013. Mas as precisões técnicas para o PIB (Produto Interno Bruto) variam em torno de um fraco 0,3%.

Com o emprego, embora em menor grau, o fenômeno é parecido. Apesar de o desemprego continuar baixo, a geração de novas vagas caiu. Em setembro, foram criados 123.785 postos formais de trabalho, menor resultado para o mês desde 2001.

Economistas ouvidos pela reportagem são os que parecem mais perplexos com a dissonância.

Renda, emprego e inflação são fatores que pesam no otimismo do consumidor, dizem. "Mas isso não quer dizer que basta estar empregado. Se sua renda está sendo corroída pela inflação, diminui seu poder de compra e a tendência é de maior mau humor", afirma Fábio Pina, economista da Fecomércio-SP.

A instituição mede a confiança do consumidor na região metropolitana de São Paulo. O indicador de outubro mostrará queda de 2,6% da confiança em relação a setembro e 16,8% em comparação ao mesmo mês de 2013.

O recuo sucedeu uma ligeira melhora registrada em setembro e também captada por outros indicadores, como a Sondagem de Expectativas do Consumidor, da FGV, que cobre sete capitais do país.

Mesmo com a pequena recuperação vista no mês passado, os índices de confiança permaneciam em patamares históricos muito baixos.

"Concretamente, não vejo nenhum sinal de melhora na economia", diz o economista Alexandre Schwartsman, colunista da Folha.

Para Schwartsman, mesmo com o desemprego em nível ainda baixo, os profissionais percebem que a chance de se recolocar em caso de demissão é menor hoje do que nos últimos anos.

A desaceleração do mercado de trabalho é consequência do ritmo lento de expansão da economia.

CAMPANHA

Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, o que melhor explica o otimismo da população é efeito do marketing eleitoral: "Candidatos de todos os partidos, da situação e da oposição, estão há três meses dizendo que irão melhorar o Brasil. Quando não estão se atacando, estão vendendo otimismo", diz. "Então por que as pessoas irão duvidar?"

Paulino lembra que é preciso considerar também que nem sempre os economistas conseguem captar os sentimentos da população. "Uma coisa é o que o analista econômico enxerga, outra é o que a população sente", diz.

Sobre o momento pós-eleitoral, Paulino acredita que poderá haver um ajuste de expectativas. "Imagino que poderá acontecer com a economia um efeito parecido com o da água em São Paulo: sem a propaganda eleitoral do governador, a ficha começa a cair, as pessoas começam a ver melhor que há problema."

O cientista político Fernando Abrucio, pesquisador da FGV (Fundação Getúlio Vargas de São Paulo) entende que a propaganda eleitoral ajuda a explicar o aumento do otimismo, mas afirma que outros fatores também precisam ser considerados.

"Diziam no começo do ano que pessoas iriam perder o emprego e que a inflação iria explodir. A mensagem era que tudo iria piorar muito. Só que não piorou assim. O sujeito continua com seu emprego e viu que a inflação não explodiu", afirma.

Para ele, outro elemento importante a ser considerado na análise é a redução do endividamento das pessoas.

"Depois dos excessos de consumo, 2013 e 2014 foram anos de pagamento de dívida. O que temos agora é muita gente chegando ao final das prestações. Então o sujeito que pode ter imaginado que iria se afogar não só manteve o emprego como está vendo que conseguirá até quitar a dívida. E vem aí o 13º, o fim de ano. Claro que ele fica mais otimista", explica.

Entre os especialistas em propaganda eleitoral, o que mais conta é a eficiência da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT). Para Chico Santa Rita, a defesa de continuidade, com mudanças, é apresentada na propaganda de maneira mais "clara" e "palpável" que o discurso da necessidade de mudanças.

A avaliação é parecida com a do publicitário Chico Malfitani: "Antes, falava-se muito da inflação. Ultimamente, saiu do foco e entrou a corrupção. Com a volta do tema da corrupção, a inflação ficou um pouco em segundo plano", disse. "O que está na comunicação acaba sendo assimilado pelas pessoas".

Fonte: Folha de S. Paulo – Eleições 2014 – 23/10/2014 – 02h00 – Internet: clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.