«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

SÍNODO SOBRE A FAMÍLIA - DEBATES

Em encontro, bispos discutem acolhida a divorciados e gays
 
 
JOSÉ MARIA MAYRINK
 
Dificuldades reais das famílias foi o tema desta terça na assembleia do Sínodo no Vaticano; Igreja Católica propõe simplificação dos processos de declaração de nulidade do casamento
Basílica de São Pedro - Missa de Abertura do Sínodo
O testemunho de Romano e Mavis Mirola, diretores do Conselho Católico Australiano Família e Matrimônio, levantou nesta terça-feira, 7, na assembleia do Sínodo Sobre a Família, no Vaticano, exemplos de dificuldades reais que a Igreja deve enfrentar, como:
  • o drama das mães solteiras,
  • a acolhida de um filho gay e
  • a educação de crianças portadoras de deficiências.
Os australianos disseram que a família, apresentada como beleza do amor humano e reflexo do amor divino, é cheia de pequenos dramas, como o de uma mãe solteira que educa os filhos e frequenta a paróquia, apesar de ser alvo de rejeições; o de um casal que aceita um filho homossexual ("ele é e continua sendo nosso filho"), e o de uma viúva que cuida do filho de 44 anos com síndrome de Down e esquizofrenia, preocupada com o futuro dele, depois que ela morrer.

Os padres, observou o casal, têm grande papel a cumprir na assistência que devem dar aos leigos na pastoral familiar, mas têm de receber formação mais adequada, a começar por uma mudança de mentalidade, como ensinou Bento XVI. Para o papa emérito, lembraram os australianos, os leigos são não apenas colaboradores do clero, mas corresponsáveis na evangelização. A formação do clero foi objeto de outras intervenções da sessão do Sínodo, que começou com breve introdução de um dos três presidentes-delegados, o arcebispo de Paris, cardeal André Vingt-Trois.

André Vingt-Trois - Cardeal-Arcebispo de Paris
A questão dos católicos divorciados  e recasados ocupou boa parte das discussões, conforme relato do Serviço de Informação do Vaticano. Vários participantes externaram preocupação com a necessidade de se dar melhor acolhimento a esses casais e com a aspiração deles de terem acesso ao sacramento da Eucaristia, "que não é sacramento dos perfeitos, mas daqueles que caminham", ou seja, de todos os fiéis que vivem o dia a dia da comunidade cristã.

Argumentando que a Igreja deve transmitir a verdade e não fazer um julgamento dos recasados, os participantes do Sínodo disseram que "o remédio da misericórdia traz acolhida, assistência e apoio", sobretudo porque as famílias que sofrem (discriminação na comunidade) não buscam soluções pastorais rápidas, nem querem ser mera cifra estatística, mas sentem a necessidade de se serem ouvidas e amadas. "Deve ser dado mais espaço para a lógica sacramental do que para a lógica jurídica", insistiram os bispos.

O Vaticano propõe, como se voltou a insistir no plenário do Sínodo, a simplificação dos processos de declaração de nulidade do casamento como solução para a situação dos recasados. A declaração de nulidade significa que o matrimônio não existiu, e não a anulação de um matrimônio válido. Dando-se mais agilidade aos tribunais eclesiásticos, diminuiria o número de casais em situação considerada irregular.

Paralelamente à questão jurídica, discutem-se problemas práticos, como o acesso dos recasados aos sacramentos. É provável que seja aceita a proposta do cardeal alemão Walter Kasper, que sugere a admissão dos casais em segunda união à Eucaristia, sob certas condições. A Conferência Episcopal da Alemanha apoiou Kasper, conforme anunciou seu presidente, cardeal Reinhard Marx.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Brasil – 07/10/2014 – 18h36 – Internet: clique aqui.

“Pode haver mais amor cristão em uma união irregular do que em um casal casado pela Igreja”

Giacomo Galeazzi
Vatican Insider
07-10-2014
Pe. Adolfo Nicolás abraçando Papa Francisco
 
Entrevista com Adolfo Nicolás

“Pode haver mais amor cristão em uma união irregular do que em um casal casado pela Igreja”. O padre Adolfo Nicolás, superior geral dos jesuítas, atravessa a pé a entrada vaticana do “Petriano” com uma pasta preta na mão. Pode-se ler o lema dos jesuítas escrito em árabe: “Para a maior glória de Deus”. O chamado “papa negro”, que dirige 18 mil religiosos de 112 países, acredita que “o Sínodo está completando o Concílio”.

Eis a entrevista.

A moral familiar será atualizada?

Pe. Adolfo Nicolás: A discussão, livre e franca, está se dirigindo para uma mudança, para a adequação pastoral à realidade dos tempos de hoje. É um sinal histórico, porque nestes anos houve forças que trataram de fazer retroceder a Igreja em relação à grande estação conciliar.

E quanto à comunhão aos divorciados recasados?

Pe. Adolfo Nicolás: Não se pode impedir que o Sínodo discuta a este respeito, como queriam alguns. Os bispos não foram convocados para insistir em ideias abstratas a golpes de doutrina, mas para buscar soluções para questões concretas. É muito significativo que o Papa e muitos padres sinodais fizeram referência, em suas intervenções, aos textos do Concílio. Também o cardeal Martini, até o final de seus dias, esperava que a Igreja que se manifestasse fosse essa Igreja que escuta.

Os “conservadores” dizem que a doutrina está em perigo...

Pe. Adolfo Nicolás: Não é correto absolutizar. Por exemplo, o caso das uniões de fato. Não quer dizer que se existe um defeito, tudo esteja mal. Mais, há algo bom onde não se prejudica o próximo. Francisco insistiu sobre isso: “Todos somos pecadores”. É preciso alimentar a vida em todos os âmbitos. A nossa tarefa é aproximar as pessoas da graça, e não afastá-las com preceitos. Para nós, jesuítas, é uma prática cotidiana. A Inquisição sabe muito bem disso.

Como?

Pe. Adolfo Nicolás: Nosso fundador, Santo Inácio de Loyola, foi submetido oito vezes ao exame da Inquisição depois de ter falado em escutar o Espírito. Naquela época, assim como agora, para nós conta mais o Espírito, porque vem de Deus, do que as regras e as normas, que, ao contrário, vêm dos homens. A moral familiar e sexual necessitam de doçura e fraternidade. Não se trata de dividir, mas de harmonizar. Não se pode evangelizar as pessoas a golpe de Evangelho. Só a decisão de se concentrar em Cristo nos salva de disputas estéreis, das controvérsias ideológicas abstratas. As lacunas e imperfeições não invalidam a integridade da evolução da família na sociedade das últimas décadas. Se há algo negativo, não significa necessariamente que tudo seja negativo.

Traduzido do espanhol por André Langer.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Quarta-feira, 8 de outubro de 2014 – Internet: clique aqui.

Os casais estão roubando a cena no Sínodo

John L. Allen Jr.
Crux
07-10-2014

Embora o Sínodo dos bispos sobre a família, que está sendo realizado de 5 a 19 de outubro, seja, primeiramente, uma reunião de prelados, durante os dois primeiros dias do encontro foram os leigos, em grande parte, aqueles que roubaram a cena.
Cynthia e George Campos - casal das Filipinas - cumprimenta Papa Francisco
Uma vez que esse é um encontro sobre questões familiares, o Sínodo convidou 12 casais de todo o mundo para estar entre um grupo conhecido como "auditores", ou seja, pessoas que tomam parte nas discussões, mas não tem direito de voto.

Até agora, porém, a falta de direitos de voto não tem impedido esses casais de causar uma boa impressão.

Para ser justo, parte da razão que os comentários avultam é porque o Vaticano não forneceu muita informação em termos daquilo que os bispos estão dizendo, apenas uma lista de quem está falando todos os dias, por isso há uma tendência natural para enaltecer tudo o que está disponível.

Mesmo assim, os casais têm virado algumas cabeças.

Ontem, o Sínodo ouviu o casal Ron e Mavis Pirola de Sydney, Austrália, casados há 55 anos e que têm quatro filhos. Eles forneceram uma dose de vida real, contando aos bispos sobre os amigos cujo filho gay disse que queria levar o seu parceiro para casa no natal.

Os Pirola explicaram que seus amigos além de fiéis católicos, são também pais amorosos que queriam que seus netos os vissem acolher o parceiro de seu filho na família. Sua resposta, disseram os Pirola, poderia ser expressa em quatro simples palavras: "Ele é nosso filho".

O casal Pirola usou o episódio para ilustrar como os clérigos podem aprender algo com as famílias sobre como obter um equilíbrio entre a defesa da doutrina da Igreja, mas também mostrar "misericórdia e compaixão".

Ontem, foi a vez de um casal das Filipinas (foto), casados há 27 anos e que também tem quatro filhos. Ambos estão envolvidos com o movimento "Casais para Cristo", uma associação de leigos reconhecida pelo Vaticano.

Cynthia e George Campos disseram aos bispos que, em determinado momento, eles tentaram lançar um programa de extensão para casais em "situação irregular", como as pessoas que não estão casadas ​​na Igreja, que vivem juntas sem casamento, ou cujos casamentos fracassaram e elas se casaram novamente sem a anulação.

A organização não saiu do chão, disse o casal Campos, em parte porque eles foram informados por representantes da Igreja que seu grupo é destinado somente para casais casados ​​na Igreja.

Essa experiência, segundo eles, levou-os a esperar por mais "caridade pastoral" na Igreja, que possa promover "formas inovadoras de acompanhamento" e uma "participação inclusiva na vida da Igreja".

Em outras palavras, esse casal filipino aproveitou a sua participação no Sínodo para defender uma maior política "de portas abertas" no catolicismo, que tente reunir as pessoas que entraram em conflito com as regras, em vez de mandá-las embora.

É certo, porém, que o poder real em termos de como lidar com essas questões ao longo do Sínodo pertence aos bispos, e, ao final, fica a critério inteiramente do Papa Francisco decidir o que fazer com os seus conselhos.

Após o segundo dia, no entanto, ninguém pode confundir esses casais leigos com uma mera vitrine no Sínodo. Aconteça o que acontecer, eles estão dando a esse grupo de prelados algo para pensar.

Traduzido por Claudia Sbardelotto.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Quarta-feira, 8 de outubro de 2014 – Internet: clique aqui.

Sínodo: quando uma família fala

Santa Sé
07-10-2014
 
 
O primeiro dos casais que participam do Sínodo, os australianos Ron e Mavis Pirola, tomou a palavra nessa segunda-feira perante os bispos.
Ron e Mavis Pirola - casal da Austrália - no Sínodo dos Bispos
 
Eis o texto.

Há 57 anos, eu olhei do outro lado de uma sala e vi uma jovem muito bonita. Passamos a nos conhecer ao longo do tempo e, no fim, demos o enorme passo de nos comprometer mutuamente em matrimônio. Logo descobrimos que viver a nossa nova vida juntos era extraordinariamente complexo. Como em todos os matrimônios, tivemos momentos maravilhosos juntos e também momentos de raiva, de frustração e de lágrimas, e o medo persistente de um matrimônio fracassado. Mesmo asim, aqui estamos, casados há 57 anos e ainda apaixonados. Certamente, é um mistério.

Aquela atração que sentimos pela primeira vez e a força que continuou nos mantendo unidos era basicamente sexual. As pequenas coisas que fizemos um pelo outro, os telefonemas e os bilhetes românticos, o modo como planejamos os nossos dias ao redor do outro e as coisas que compartilhamos eram expressões exteriores do nosso desejo de sermos íntimos um com o outro.

Quando cada um dos nossos quatro filhos chegou, foi uma grande alegria pela qual ainda damos graças ao Senhor diariamente. Certamente, as complexidades da paternidade e da maternidade tinham grandes recompensas e desafios. Houve noites em que ficamos acordados perguntando onde havíamos errado.

A nossa fé em Jesus foi importante para nós. Íamos à missa juntos e olhávamos para a Igreja em busca de orientação. De vez em quando, olhávamos os documentos da Igreja, mas eles pareciam vir de outro planeta, com uma linguagem difícil e não muito relevante para a nossa própria experiência.

Na nossa jornada diária juntos, fomos principalmente influenciados pelo envolvimento com outros casais e alguns padres, principalmente nos movimentos leigos de espiritualidade, particularmente as Équipes de Notre Dame e o Worldwide Marriage Encounter. O processo era de escuta orante às histórias de cada um e de ser aceito e de se afirmar no contexto do ensino da Igreja. Não havia muita discussão sobre a lei natural, mas, para nós, eles eram exemplos daquilo que o Papa João Paulo II mais tarde se referiria como um dos maiores recursos da Igreja para a evangelização.

Aos poucos, percebemos que a única característica que distingue a nossa relação sacramental de qualquer outra boa relação centrada em Cristo é a intimidade sexual e que o matrimônio é um sacramento sexual com a sua expressão mais plena na relação sexual. Acreditamos que, enquanto os casais não reverenciarem a união sexual como uma parte essencial da sua espiritualidade, será extremamente difícil apreciar a beleza dos ensinamentos da Humanae vitae. Precisamos de novos caminhos e de linguagens credíveis para tocar os corações das pessoas.

Como sugere o Instrumentum laboris [documento preparatório ao Sínodo], a Igreja doméstica [a família] tem muito a oferecer à Igreja em geral no seu papel evangelizador. Por exemplo, a Igreja enfrenta continuamente a tensão entre a afirmação da verdade e a expressão da compaixão e da misericórdia. As famílias enfrentam essa tensão a todo o momento.

Tomemos a homossexualidade como um exemplo. Alguns dos nossos amigos estavam planejando o seu encontro de Natal em família quando o seu filho gay disse que queria trazer também o seu parceiro. Eles acreditavam plenamente na doutrina da Igreja e sabiam que os seus netos os veriam acolher o seu filho e o seu parceiro à família. A sua resposta poderia ser resumida em poucas palavras: "Ele é nosso filho".

Que modelo de evangelização para as paróquias que estão enfrentando situações semelhantes no seu próprio bairro! É um exemplo prático daquilo que o Instrumentum laboris diz a respeito do papel do ensino da Igreja e da sua missão principal para que o mundo conheça o amor de Deus.

Na nossa experiência, as famílias, Igrejas domésticas, são muitas vezes modelos naturais das portas abertas para as Igrejas de que fala a Evangelii gaudium [exortação apostólica do Papa Francisco].

Uma nossa amiga divorciada diz que às vezes não se sente totalmente aceita na sua paróquia. No entanto, ela vai à missa regularmente e sem reclamar, junto com seus filhos. Para o resto da sua paróquia, ela deveria ser um modelo de coragem e de compromisso diante das adversidades. Com pessoas como ela, aprendemos a reconhecer que todos nós carregamos um elemento de fragilidade em nossas vidas. Apreciar as nossas próprias fragilidades nos ajuda a reduzir enormemente a nossa tendência de julgarmos os outros, o que é um obstáculo para a evangelização.

Nós conhecemos uma viúva idosa que vive com seu único filho. Ele está agora na casa dos 40 anos e tem síndrome de Down e esquizofrenia. Ela cuida dele de uma forma inspiradora, e o seu único medo é quem vai cuidar dele quando ela já não for capaz.

As nossas vidas são tocadas por muitas dessas famílias. Essas famílias têm uma compreensão básica daquilo que a Igreja ensina. Elas certamente se beneficiariam de um melhor ensino ou de melhores programas [pastorais]. No entanto, mais do que qualquer outra coisa, elas precisam ser acompanhadas na sua jornada, acolhidas, ouvidas nas suas histórias e, acima de tudo, afirmadas.

O Instrumentum laboris observa que a beleza do amor humano reflete o amor divino, como lembrado na tradição bíblica nos profetas. Mas as suas vidas familiares eram caóticas e cheias de dramas complicados. Sim, a vida familiar é "complicada". Mas assim também é a paróquia, a "família de famílias".

O Instrumentum laboris questiona como "os sacerdotes (podem ser) mais preparados (…) ao apresentar os documentos da Igreja relativos ao matrimônio e à família" (n. 12). Mais uma vez, uma forma pode ser aprendendo com a Igreja doméstica. Como disse o Papa Bento XVI: "Isso demanda uma mudança de mentalidade, particularmente em relação aos leigos. Eles não deve mais ser vistos como 'colaboradores' do clero, mas verdadeiramente reconhecidos como 'corresponsáveis' pelo ser e ação da Igreja". Isso também requer uma grande mudança de atitude dos leigos.

Temos oito netos maravilhosos e únicos. Rezamos por eles nominalmente todos os dias, porque diariamente eles são expostos às mensagens distorcidas da sociedade moderna; até mesmo quando caminham pela rua indo para a escola, tais mensagens estão em outdoors ou aparecem nos seus smartphones.

Um elevado respeito pela autoridade parental, religiosa ou secular já não existe mais há tempos. Então, os seus pais aprendem a entrar nas vidas dos seus filhos, a compartilhar os seus valores e esperanças por eles e também a aprender com eles, por sua vez. Esse processo de entrar nas vidas das outras pessoas e de aprender com elas, assim como compartilhar com elas, é o coração da evangelização. Como o Papa Paulo VI escreveu na [Exortação apostólica] Evangelii nuntiandi, "os pais não somente comunicam aos filhos o Evangelho, mas podem receber deles o mesmo Evangelho profundamente vivido". Certamente, essa tem sido a nossa experiência.

De fato, nós repercutimos a sugestão de uma das nossas filhas sobre o desenvolvimento daquilo que ela chama de paradigma nupcial para a espiritualidade cristã, um paradigma que se aplica a todas as pessoas, sejam solteiras, celibatárias ou casadas, mas que faria do matrimônio o ponto de partida para compreender a missão. Ele teria um fundamento bíblico e uma base antropológica sólidos e enfatizaria o instinto vocacional à generatividade e à intimidade experimentados por cada pessoa. Ele nos lembraria que, cada um de nós, é criado para a relação, e que o batismo em Cristo significa pertencer ao Seu Corpo, levando-nos a uma eternidade com Deus, que é comunhão trinitária de amor.

Traduzido por Moisés Sbardelotto.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Quarta-feira, 8 de outubro de 2014 – Internet: clique aqui.

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