«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

FIQUE POR DENTRO DAS ELEIÇÕES - LEIA!

Com a opção de Marina,
mapa de apoio aos candidatos está definido
 
 
STEFÂNIA AKEL
 
 
Os principais grupos políticos do País já têm suas posições para o 2º turno da disputa presidencial, ainda que com diversas dissidências partidárias
Aécio Neves recebe apoio de Marina Silva
 
Com a manifestação de apoio formal da ex-candidata Marina Silva (PSB) ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, os principais grupos políticos já têm suas posições definidas no segundo turno, ainda que com diversas dissidências partidárias.

O cenário mostra uma ampla convergência em torno da candidatura do tucano, invertendo a tendência vista em pleitos anteriores.

Uma semana após ficar em terceiro lugar na eleição presidencial, Marina declarou ontem [domingo, 12/10], em São Paulo, apoio a Aécio. Em seu pronunciamento, ela afirmou que a decisão teve como base a carta de compromissos anunciada pelo tucano no sábado e que “a alternância de poder fará bem ao Brasil”.

Também no fim de semana, a família de Eduardo Campos recebeu o tucano em Pernambuco e o filho do ex-candidato, João Campos, leu carta de apoio a Aécio. No decorrer da semana passada, PV, PSC, PSB, PSDC se manifestaram favoravelmente ao candidato do PSDB.

Já a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) recebeu o apoio formal do PROS, enquanto o PSOL de Luciana Genro optou por recomendar voto em Dilma ou nulo. O governador reeleito de Santa Catarina no primeiro turno, Raimundo Colombo (PSD), já afirmou que trabalhará pela petista no segundo turno. Além de PROS e PSD, a coligação de Dilma é formada pelo PP, PR, PRB, PDT e PCdoB. A coligação de Aécio é composta por DEM, PTB, SD, PMN, PTC, PT do B, PTN.

Dissidências

As dissidências dentro dos partidos, porém, foram abrangentes. O senador Cristovam Buarque (PDT) contrariou orientação do presidente da sigla Carlos Lupi e declarou apoio ao tucano. A executiva paulista da Rede Sustentabilidade, grupo político de Marina, ficou rachado após a decisão da ex-ministra. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, uma carta conjunta deve ser apresentada nesta segunda-feira, na qual integrantes da executiva estadual renunciarão as suas funções. O número de desligamentos pode chegar a sete. Oficialmente, na semana passada, a Rede recomendou voto em Aécio ou nulo, mas em seguida classificou a posição como um "grave erro político".

No PSB, Roberto Amaral, presidente interino do partido, foi contra a decisão oficial da legenda e declarou apoio pessoal a Dilma. "A rebeldia do Amaral não muda nossa convicção e tampouco mudará a nossa decisão", declarou o deputado Beto Albuquerque, vice na chapa derrotada de Marina. Com isso, Amaral deve ser afastado da direção do partido.

O PMDB, partido de Michel Temer, candidato a vice na chapa de Dilma, também mostra-se dividido, com a ala do senador Jarbas Vasconcelos optando por Aécio. Em Minas, por outro lado, o partido fez carta formal de apoio a Dilma. Neste fim de semana, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), reeleito no último dia 5 de outubro, sinalizou para uma composição na Câmara com o PSDB. "Não vejo dificuldade nenhuma de se posicionar em apoio a um futuro governo Aécio", afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Política/Eleições – 13 de outubro de 2014 – 13h27 – Internet: clique aqui.

Eleitorado da terceira colocada se decidiu antes dela
 
 
Carlos Melo
Cientista político e professor do Insper

Cientista político analisa impactos da decisão da ex-ministra de apoiar tucano
Marina Silva decide apoiar Aécio Neves à Presidência da República
 
Eleição é fenômeno dinâmico: repleto de acontecimentos, adesões, críticas, ataques e contra-ataques cotidianos. No 2.º turno, o processo é ainda mais vertiginoso. Tudo se precipita. Longe vai o tempo em que caciques procrastinavam e, por fim, conduziam as bases ao rumo pretendido. O processo de transferência é controverso e duvidoso, há cada vez menos condutores naturais de votos. O eleitor vota de acordo com o líder, ou é o líder que se antecipa ao eleitor? Leonel Brizola, que na campanha presidencial de 1989 apoiou Luiz Inácio Lula da Silva contra Fernando Collor, é exceção, não a regra. Na maioria das vezes, a definição do eleitor se impõe.

Claro que a adesão de Marina Silva à candidatura do PSDB é importante para Aécio Neves: não se despreza apoio, menos ainda de uma adversária que, no 1.º turno, teve 21,3% dos votos válidos. A adesão reforça o tônus positivo da campanha tucana e isola Dilma Rousseff, dá boas imagens ao programa de TV e propicia a fixação de um discurso mudancista, permitindo a utilização de metáforas grandiloquentes, mas não é exatamente assim. Os principais aliados e assessores da ex-senadora Marina já haviam se posicionado e, como uma maré, a levaram ao mar de ondas do ex-surfista Aécio.

Positivo para Aécio, mas, nesta altura, possivelmente neutro para Dilma: de acordo com as pesquisas, também o eleitorado de Marina, independentemente da opinião dela, já se posicionou majoritariamente em favor de Aécio e, em menor medida, em relação a Dilma. Fatos e áudios vindos de escândalos na Petrobrás talvez sejam mais efetivos que o pronunciamento da ex-senadora. Dilma não pode perder o que nunca teve, nem Aécio ganhar o que já conquistara.

Quem parece ter perdido mais foi mesmo Marina. Não pela decisão - de resto, legítima -, mas pela demora, pela espera, pela aparente indefinição e por ter retirado de Aécio menos do que exigiu "programaticamente", para usar sua expressão favorita. Políticos mais sagazes sentem mais cedo o pulsar das ruas e se antecipam a eleitores. Marina, atropelada pelos fatos, mais uma vez foi a reboque das circunstâncias. Seu apoio é quase um romance de outono: pode-se senti-lo, é claro, mas mais proveitoso seria se o vivesse mais cedo.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Política – Internet: clique aqui – Acesso em: 14/10/2014 às 09h50.

O PT AMARELANDO

Eliane Cantanhêde
Dilma Rousseff e Lula
 
Responda se puder: foi a Dilma que abandonou o Lula ou foi o Lula que abandonou a Dilma? Pela primeira vez, desde 2002, Fernando Henrique Cardoso, para o bem e para o mal, aparece mais na campanha do que Lula.

O PT ganhou a Presidência em 2002, 2006 e 2010, mas, a cada mandato, lá se vai um naco da aura e das cores do partido, que era vermelho e está amarelando, até azulando.

Candidatos petistas à antiga, de estrela vermelha no peito e 13 para todo lado, andam meio em extinção. Alguns, levando um banho.

Alexandre Padilha (SP) e Gleisi Hoffmann (PR) amargaram o terceiro lugar, apesar de terem sido até ministros de Dilma. Lindbergh Faria (RJ) chegou em quarto. O PT mais atrapalhou que ajudou.

Quem escondeu o vermelho, a estrela e, até onde deu, o 13, se deu bem. O também ex-ministro Fernando Pimentel levou Minas no primeiro turno. Delcídio Amaral (MS) chegou na frente ao segundo turno. Camilo Santana disparou no Ceará.

Em comum, os três coloridos têm o seguinte: deixaram o padrinho Lula e a madrinha Dilma de lado e se penduraram em outras referências, menos vermelhas e pouco petistas.

Pimentel, que fez aliança com Aécio Neves para a eleição do prefeito da capital, tem jeitão tucano, discurso tucano e um nome muito parecido com o do seu adversário tucano, Pimenta da Veiga. Próximo e amigo de Dilma, ele surfou nos velhos acordos de Aécio com o PT - lembra do Lulécio e do Dilmazia?

Outro ironizado como "petista tucano" ou "tucano petista" é Delcídio, cujo adversário agora é do PSDB. Já Camilo Santana agarrou-se mais aos irmãos Cid e Ciro Gomes, do Pros, do que a Lula e Dilma. É dos Gomes que vem sua força. Como vem de Jaques Wagner, mais do que do PT, a força de Rui Costa na Bahia.

Como pano de fundo, os 73% que querem mudança. Se Dilma vencer, Lula pula dentro. Se perder, ela que se cuide. Lula já tem um(a) culpado(a). Além da imprensa, claro.

Fonte: FOLHA DE S. PAULO – Colunistas – 14/10/2014 – 02h00 – Internet: clique aqui.

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