«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

SÍNODO SOBRE A FAMÍLIA TEM INÍCIO

Papa Francisco abre o Sínodo:

"Falar com clareza, ouvir com humildade"

Salvatore Cernuzio

Durante seu breve discurso esta manhã, Francisco recordou aos Padres sinodais as atitudes necessárias para exercitar a "sinodalidade", pelo bem da Igreja e da família
Papa Francisco na celebração de abertura do Sínodo Extraordinário sobre a Família

Parresia [franqueza, coragem] e humildade. Abrindo a primeira congregação geral do Sínodo Extraordinário, o Papa Francisco falou aos Padres sinodais sobre as atitudes justas para o exercício da "sinodalidade" para percorrer um caminho comum.



Em um breve discurso, o Papa agradeceu a todos aqueles que trabalharam "com dedicação, paciência e competência", por muitos meses, nos temas e textos para a realização desta grande assembleia no Vaticano.

A todos os presentes - cardeais, patriarcas, bispos, padres, monges e freiras, leigos e leigas - recorda: "Vocês são portadores da voz das Igrejas particulares, reunidas a nível de Igreja local em Conferências Episcopais". Um voz que deve ser “sinodalidade", disse o Papa, destacando que "é uma grande responsabilidade” trazer "as realidades e as problemáticas das Igrejas, para as ajudar a caminhar na via que é o Evangelho da família."

Uma condição geral para isto é "falar claro". "Ninguém - adverte Francisco – diga: 'Isto não se pode dizer; alguém pensará de mim isto ou aquilo...' É preciso dizer tudo o que sente com parresia". Isto para evitar que se repitam casos como no último consistório, de fevereiro de 2014, quando - revela o bispo de Roma - "um cardeal escreveu-me dizendo: pena que alguns cardeais não tenham tido a coragem de dizer algumas coisas, com receio que o Papa pensasse algo diferente. Isto não é bom, isto não é “sinodalidade”, porque temos que dizer tudo aquilo que no Senhor, se sente no dever de dizer: sem respeito humano, sem acanhamento". Mas, ao mesmo tempo- acrescenta o Papa- "ouvir com humildade e acolher com o coração aberto o que dizem os irmãos."

Com estas duas atitudes exercitam-se o espírito de colegialidade e sinodalidade necessário "para o bem da Igreja e da família". Um espírito que o Santo Padre quis que estivesse presente também na eleição do relator, o cardeal Peter Erdo, do Secretário-Geral, mons. Bruno Forte, e dos presidentes delegados: o cardeal André Vingt-Trois, arcebispo de Paris, Louis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.

"Os dois primeiros - diz Bergoglio - foram eleitos diretamente pelo Conselho pós-sinodal, também eleitos pelos participantes do último Sínodo. Como os delegados presidentes devem ser escolhidos pelo Papa, eu pedi ao Conselho pós-sinodal para propor os nomes, e eu nomeei aqueles que o Conselho me pediu."

Portanto, "falar com parresia e ouvir com humildade" são as duas chaves para enfrentar este tão discutido Sínodo Extraordinário. "E fazei-o com muita tranquilidade e paz"- disse o Santo Padre- porque "o Sínodo decorre sempre cum Petro et sub Petro e a presença do Pai é garantia para todos e custódia da fé."

Fonte: ZENIT.ORG – Roma, 6 de outubro de 2014 – Internet: clique aqui.


Sínodo sobre a Família terminará com um documento votado pelos Padres sinodais

Iacopo Scaramuzzi
Vatican Insider
03-10-2014
Sínodo dos Bispos - Vaticano
O Sínodo Extraordinário sobre a Família, que começa neste domingo, dia 05 de outubro, e se estende até o dia 19, terminará com um “documento final” – uma Relatio Synodi – votado pelos padres sinodais; em seguida, será entregue ao Papa e, junto com um pequeno questionário, será enviado às Conferências Episcopais de todo o mundo em vista do próximo Sínodo Ordinário, que acontecerá em 2015. É uma das novidades ilustradas nesta sexta-feira, dia 03 de outubro, pelo secretário do Sínodo, o cardeal Lorenzo Baldisseri, durante uma entrevista coletiva no Vaticano. O cardeal italiano indicou que gostaria que a troca de ideias na reunião fosse “livre”, mas também “serena” e “leal”.

“A Relatio post disceptationem, ao final da primeira semana, constituirá a base para a prossecução dos trabalhos da segunda semana nos ‘circuli minores’, que os padres debaterão em vista do documento final, chamado de ‘Relatio Synodi’. Este documento, no final, será entregue ao Santo Padre”, explicou o cardeal italiano. O documento final, “Relatio Synodi”, é diferente da costumeira mensagem final de qualquer assembleia sinodal (encomendado desta vez ao cardeal Gianfranco Ravasi) e substitui as propostas (“propositiones”) que nestas reuniões normalmente os padres sinodais entregavam ao Papa. “Não haverá ‘propositiones’, mas este documento, que, para que fique claro, é uma única ‘propositio’”, explicou Baldisseri ao responder aos jornalistas.

O texto será submetido a uma votação “na aula” no sábado dia 18 de outubro à tarde, com um escrutínio simples que contemplará apenas duas possibilidades: a aprovação (“placet”) ou a desaprovação (“non placet”), continuou o cardeal. Também as relações que cada um dos grupos de trabalho (os “circuli minores”) apresentará na plenária serão submetidas a uma votação. O documento “será publicado em tempo oportuno, um ou dois dias depois” da votação; depois, servirá de base “para a segunda assembleia”, o Sínodo Ordinário também sobre a família, que o Papa Francisco convocou para 2015. Este documento será “enviado às Conferências Episcopais” de todo o mundo, “para reações” e, eventualmente, para que consultem a base. O documento final do Sínodo Extraordinário, além disso, irá acompanhado de um pequeno questionário, porque o tema da família é muito amplo e há outros argumentos que não terão sido levados em consideração. Neste sentido, não haverá “decisões” ao final do Sínodo Extraordinário, que termina no próximo dia 19 de outubro.

“Todos estamos conscientes de que a comunhão fraterna cresce na liberdade, graças à qual se enriquece o debate e podem ser identificadas as decisões pastorais mais adequadas para a família no contexto de hoje. Efetivamente, é importante expressar-se claramente e com coragem”, destacou Baldisseri. “Manifestar o próprio pensamento revela a qualidade do homem, tornando-o responsável diante de Deus e diante dos homens. No clima de um debate sereno e leal, os participantes serão chamados a não fazer prevalecer o próprio ponto de vista como exclusivo, mas buscar juntos a verdade”.

De qualquer maneira, o Papa, que estará presente o tempo todo, “quer uma abertura; há uma porta que até agora esteve fechada e ele quer que se abra”, indicou Baldisseri. “Estamos no começo do Sínodo, e o Santo Padre deu liberdade para poder discutir”, explicou ao responder a uma pergunta dos jornalistas com relação à possibilidade de considerar a concessão da comunhão aos divorciados recasados. “As conclusões virão no final do Sínodo. Estou consciente de que temos muitas expectativas – acrescentou o cardeal –, mas deverão esperar”. E indicou que os livros, entrevistas e discursos que os cardeais divulgaram nestes meses sobre o tema são “contribuições”.

Quando à comunicação, Baldisseri e o porta-voz vaticano, o padre Federico Lombardi, explicaram como será a cobertura do encontro por parte da Sala de Imprensa do Vaticano: uma série de tuítes sobre o que acontece nas entrevistas coletivas e um sítio exclusivo. “Não apenas os textos que serão publicados no boletim, mas também as entrevistas com os padres sinodais estarão disponíveis”, anunciou o padre Lombardi. As entrevistas coletivas da primeira semana se concentrarão nos discursos na aula; as da segunda semana, sobre o trabalho nos círculos menores: nesta segunda semana, acrescentou Lombardi, haverá encontros com os padres sinodais, que “responderão, todos juntos, em várias línguas ou por grupos linguísticos, às perguntas dos jornalistas.

Em relação às entrevistas coletivas, Lombardi explicou que em cada uma delas haverá um “longo e detalhado resumo sobre todas as intervenções tanto da tarde como da manhã, tanto aquelas preparadas como aquelas espontâneas”. No entanto, os discursos dos padres sinodais “não serão publicados todos, porque são muito longos este ano em relação aos anos anteriores, pelo que se pensou em simplificar o trabalho”. No boletim serão publicados “todos os nomes dos padres que tenham feito intervenções e todos os temas que se tenha tratado”, mas sem atribuí-los individualmente aos seus autores. “Os padres, na aula, poderão dizer coisas diferentes dos textos preparados, que eram os que nos sínodos anteriores eram distribuídos”, respondeu por sua vez Baldisseri quando os jornalistas perguntaram se não haveria uma maior transparência comunicativa. Seja como for, indicou, no passado tratava-se de “sínteses que não proporcionavam muitas informações”.

Traduzido do inglês por André Langer.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Segunda-feira, 6 de outubro de 2014 – Internet: clique aqui.

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