«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Impeachment da Presidente seria golpe???

Versão da Presidente Dilma

Usar crise como mecanismo para chegar ao poder
é versão moderna do golpe, diz Dilma

Victor Martins e Álvaro Campos

Segundo a presidente, algumas pessoas propõem ruptura da democracia como saída da crise; ela pede união para superar dificuldades
Dilma Rousseff
discursa durante entrega de casas do programa "Minha Casa, Minha Vida" em
Presidente Prudente - SP

Durante entrevista a uma rádio de Presidente Prudente (SP) nesta quarta-feira, 16, ela afirmou que o governo trabalha diuturnamente para garantir a estabilidade política e econômica. “Temos de nos unir e o mais rapidamente, independente das nossas posições, e tomarmos o partido do Brasil, que leva a mudança da nossa situação”, afirmou. A presidente disse que algumas pessoas propõem uma ruptura da democracia como saída da crise e classificou esse movimento como “versão moderna do golpe”.

“Acredito que tem ainda no Brasil, infelizmente, pessoas que não se conformam que estejamos em uma democracia que tem legitimidade popular”, disse. “Essas pessoas torcem para o quanto pior melhor, e isso em todas as áreas, na economia e na política”, avaliou. Segundo a presidente, em nenhum país que se passou por dificuldades foi proposto ruptura da democracia. “Todos (que querem uma ruptura) esperando oportunidade para pescar em águas turvas. O Brasil tem solidez institucional”, ponderou.

Em discurso de entregas de moradias do programa Minha Casa Minha Vida na cidade [de Presidente Prudente – SP], Dilma criticou os que apostam "no quanto pior, melhor" para a política e a economia. Segundo ela, essa postura só leva ao pior, "porque nós conquistamos a democracia com imenso esforço e a base da democracia é a legalidade dada pelo voto de cada um".

Após um breve silêncio, a presidente emendou: "qualquer forma de encurtar o caminho da rotatividade democrática é golpe, sim. Principalmente quando esse caminho é feito só de atalhos questionáveis", afirmou. "Outro caminho é torcer para o Brasil piorar, ter o pessimismo na cabeça. Quem acha que tudo vai dar errado, chama o erro para si mesmo e quem acha que tudo está ruim, chama a dificuldade para si mesmo", completou a presidente.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Política – Quarta-feira, 16 de setembro de 2015 – 09h15 – Internet: clique aqui.

Versões dos críticos ao governo Dilma

Bicudo rebate Dilma e diz que impeachment
“não é golpismo”

Pedro Venceslau

“Esse negócio de falar que é golpismo, é golpismo de quem fala. Estamos agindo de acordo com o que a Constituição diz”, afirmou Bicudo
Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior
Dois juristas de renome unem seus pareceres solicitando o impeachment da Presidente Dilma
Cartório em São Paulo

Os juristas Hélio Bicudo, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), e Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se reuniram nesta quarta-feira, 16 de setembro, com líderes dos grupos anti-Dilma, num cartório de São Paulo, para fazer os reconhecimentos de firmas do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que será protocolado nesta quinta-feira, 17, na Câmara dos Deputados.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tinha devolvido o pedido apresentado por Bicudo para que fosse adequado aos padrões exigidos pelo Regimento Interno da Casa. Diante disso, os grupos anti-Dilma aproveitaram a ocasião para articular que o parecer de Reale Júnior e o dos movimentos fossem juntados ao de Bicudo. O objetivo dos grupos é "dar simbolismo" ao ato.

Depois de assinar os documentos, Bicudo rebateu a fala de Dilma para uma rádio do interior de São Paulo, de acordo com a qual propor uma ruptura da democracia como saída para a crise é uma "versão moderna de golpe". "Impeachment não é golpismo, é um remédio prescrito na Constituição; é golpismo de quem fala que é golpe", disse Bicudo.

Reale Júnior, por sua vez, disse que hoje já existe ambiente político para o pedido de impeachment. Ambos, Reale e Bicudo, defenderam o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992. "Assinei em 1992, sou doutor em impeachment", brincou Bicudo, que naquele ano era deputado federal pelo PT.

O ex-ministro tucano foi inclusive o relator do pedido que foi protocolado na Câmara na época. Questionado sobre um eventual governo Michel Temer, Hélio Bicudo disse inicialmente que preferiria a opção de novas eleições. "Temos que ter eleições livres e gerais para escolher o novo presidente." Em seguida, porém, reconheceu que esse é o cenário mais improvável.

"Temer terá a nossa vigilância", disse. Terminado o ato, os manifestantes dos grupos anti-Dilma entoaram palavras de ordem contra o PT e receberam aplausos de Bicudo, que recebeu uma Bandeira do Brasil.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Política – Quarta-feira, 16 de setembro de 2015 – 16h51 – Internet: clique aqui.

“Quem sofre a crise não quer dar golpe,
quer se livrar da crise”,
diz FHC em resposta a Dilma

Pedro Venceslau e Letícia Sorg

Ex-presidente rebate fala de petista, segundo quem, “usar crise como mecanismo para chegar ao poder é versão moderna de golpe” 
Fernando Henrique Cardoso
Participa de debate durante o lançamento de seu último livro
Livraria Cultura - São Paulo 
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) respondeu nesta quarta-feira, 16 de setembro, à fala da presidente Dilma Rousseff em um evento no interior de São Paulo na qual ela disse que usar a crise pela qual o país passa para chegar ao poder é uma "versão moderna do golpe".

"Quem sofre a crise não quer dar golpe, quer se livrar da crise. Na medida em que o governo faz parte da crise, começam a perguntar se [o governo] vai durar. Mas não é golpe", disse o tucano aos jornalistas antes de participar de um evento na capital paulista.

O ex-presidente participou na tarde desta quarta-feira de um debate com os jornalistas Ricardo Gandour, diretor de conteúdo do Grupo Estado, e Eliane Cantanhêde, colunista do jornal, em uma livraria em São Paulo, onde ele lançou o livro "A miséria política - crônicas do lulopetismo e outros escritos".

Durante a palestra, o tema impeachment voltou ao ser mencionado. "Em tese você precisa ter muito cuidado com o impeachment por causa da democracia. Mas se acontecer tal e tal coisa, aí não tem jeito. Têm vários processos em andamento no TCU e TSE. Vamos ver no que isso vai dar".

FHC lembrou que, durante o processo de impeachment contra o presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, ele e outras lideranças como Ulysses Guimarães estavam reticentes em aderir ao movimento até que Pedro Collor, irmão do presidente, deu uma entrevista à revista Veja afirmando que PC Farias, ex-tesoureiro da campanha de Collor, era "testa-de-ferro" do presidente e possuía grande influência nas decisões tomadas no governo . "Aí era um fato. Não há o que fazer", completou.

O ex-presidente também ressaltou que o impeachment não é uma questão "penal".  "A pessoa que sofre impeachment não sofre mais nada. Vai para a casa. Não foi acusado de ser ladrão ou criminoso, mas de ser irresponsável politicamente".

Ao falar sobre a Operação Lava Jato e seus reflexos na cena política, FHC voltou a ser cauteloso ao falar sobre a possibilidade de impedimento da presidente. "Eu tenho dito ao PSDB e a quem queira ouvir: vai devagar que eu não sei quem vai estar em pé. Estamos sentindo isso no Congresso. Quem vai ter poder real depois da Lava Jato?".

Questionado sobre o que teme ao pedir que seu partido vá devagar, FHC fez uma referência aos políticos citados no esquema de corrupção da Petrobrás. "Eu Temo que façam alianças precipitadas com gente que vai ser expurgada", afirmou.

Segundo FHC, se houver um impeachment, o Brasil vai clamar por união e será difícil para os partidos não atender esse apelo. Ele evitou, contudo, apontar quem lideraria esse processo.

"Não sei quem é que vai ser capaz de ter um discurso compatível com o momento, mas espero que seja a oposição", disse, ressaltando que o novo discurso político precisa unir o social com o econômico e o político.
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Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Política – Quarta-feira, 16 de setembro de 2015 – 19h51 – Internet: clique aqui.

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