«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sábado, 20 de junho de 2015

ECONOMIA: LADEIRA ABAIXO!!!

 Desemprego em maio é o maior em 23 anos

Rachel Gamarski

Mês teve resultado negativo de 115.599 vagas puxado pelos juros altos e pelo ajuste fiscal,
que elevaram os custos das empresas
Manoel Dias - Ministro do Trabalho:
"Nós vivemos agora (uma situação) difícil no Brasil"

O mercado formal de empregos em maio registrou o pior índice dos últimos 23 anos no Brasil. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado ontem, o mês fechou com resultado negativo de 115.599 vagas. Essa é a primeira vez que o mês apresenta resultado negativo, segundo a série histórica do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), iniciada em 1992.

O fechamento de vagas é hoje uma das maiores preocupações do governo, pois é resultado, entre outros fatores, da política de elevação da taxa de juros pelo Banco Central (BC) e do ajuste fiscal em curso. Essas medidas têm aumentando os custos das empresas.

Em 2014, maio criou 58.836 vagas, considerando apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE. No acumulado do ano, o governo já fechou 243.948, na série com ajuste. Esse é o pior número registrado nos primeiros cinco meses pelo menos desde 2002. O resultado de maio deste ano está dentro das projeções e muito próximo ao pior resultado esperado pelo mercado financeiro, que variava as intenções entre -20 e -124.448 empregos. "Nós vivemos agora (uma situação) difícil no Brasil", afirmou o ministro do Trabalho, Manoel Dias, ao divulgar os números.

A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE. Após esse período, há um ajuste da série histórica, quando os empregadores enviam as informações atualizadas ao governo.

Indústria

A maioria dos setores demitiu. O pior resultado foi da indústria de transformação com o fechamento de 60.989, o que reflete o difícil cenário da economia. De forma otimista, Dias afirmou que, com as reformas fiscais que o governo está promovendo, será possível recuperar a economia. "No decorrer deste ano, a gente vai recuperar o investimento e, por consequência, a criação de novos postos de trabalho."

Outro destaque negativo foi o corte de vagas no setor de serviços, com um fechamento de 32.602. Em terceiro lugar no saldo negativo, apareceu a construção civil, com -29.795 postos de trabalho. O comércio veio em seguida e também demitiu mais do que contratou. O setor fechou 19.351 vagas.

Agricultura

A agricultura foi o único setor que teve resultado positivo. Foram abertas 28.362. No mês passado, o setor agrícola também foi o único a contratar mais do que demitir, porém de forma menos expressiva que em maio.

O ministro do Trabalho está confiante na recuperação e disse que, após encontro com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores, o setor está confiante em recuperar a produção a partir de setembro, o que abriria vagas ou, pelo menos, não fecharia.

Manoel Dias evitou falar que os números divulgados pelo ministério foram ruins e ressaltou que o MTE investirá R$ 150 bilhões do Fundo de Garantia, o que resultará na criação de 3 milhões de postos de trabalho na construção civil, terceiro setor que mais demitiu no último mês.
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BALANÇO

58.836
foram as vagas criadas em maio de 2014, considerando os dados enviados pelas empresas.

243.948
foi o total de vagas fechadas no acumulado deste ano, o pior resultado para o mês desde 2002.

60.989
foram as vagas fechadas na indústria de transformação.

32.602
foram as vagas fechadas no setor de serviços.

Fonte: Agência Estado – Citado por: Tribuna do Norte – Economia – 20/06/2015 – 00h00 – Internet: clique aqui. Edição impressa: O Estado de S. Paulo – Economia – Sábado, 20 de junho de 2015 – Pg. B4.

Emprego industrial cai pela 43ª vez

Vinícius Neder e Idiana Tomazelli

Em abril, custo com a folha de pagamentos na indústria teve a maior queda real, em 12 meses, desde o final de 2003
Mais trabalhadores estão perdendo seus empregos!
Cresce procura pelo Seguro Desemprego e assistência para mudar de ramo de trabalho

O desemprego na indústria renovou um recorde de baixa em abril. Com a queda de 5,4% na comparação com igual mês de 2014, o emprego industrial atingiu o menor nível de pessoal ocupado da série histórica iniciada em 2000, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 43 meses, ou três anos e sete meses, de queda nessa base de comparação.

Segundo Fernando Abritta, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, o desempenho ruim da indústria nos setores automotivo, de insumos para a construção civil e de eletroeletrônicos vem puxando o recuo no contingente ocupado.

O ramo "meios de transporte" registrou queda de 10,5% em abril ante abril de 2014 e teve a maior contribuição para o recuo do índice. Em "máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações" a queda foi de 12,4% na mesma base de comparação e, no ramo "produtos de metal", segmento que atende à demanda da construção civil, de 10,8%.

Para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), "a crise no mercado de trabalho da indústria brasileira mudou de patamar". "Essa crise do emprego industrial é generalizada e ocorre há um bom tempo", disse a entidade, em relatório divulgado hoje.

A pesquisa do IBGE mostrou também que a inflação elevada está corroendo os ganhos dos trabalhadores e, com isso, o custo com a folha de pagamentos na indústria registrou, em abril, a maior queda real (3,3%) no acumulado em 12 meses desde dezembro de 2003.

Segundo Abritta, o custo com a folha de pagamentos na indústria vem registrando queda desde janeiro de 2014.
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Fonte: Agência Estado – Citado por: Tribuna do Norte – Economia – 20/06/2015 – 00h00 – Internet: clique aqui. Edição impressa: O Estado de S. Paulo – Economia – Sábado, 20 de junho de 2015 – Pg. B4.

Economia brasileira dá sinais de piora e
enfrenta processo de “estagflação”

Vinicius Neder e Ricardo Leopoldo

Dados divulgados ontem surpreenderam os analistas de mercado, com uma combinação de atividade econômica cada vez mais fraca e inflação mais alta; para especialistas, a situação lembra, ainda que em dose menor, a crise dos anos 1980 e 1990
José Márcio Camargo
Professor do Departamento de Economia da PUC-Rio

Um conjunto de dados divulgados ontem (19 de junho) mostrou a piora da situação econômica, com o aprofundamento do que os especialistas chamam de estagflação - uma combinação de economia parada com inflação alta. Para alguns economistas, o quadro lembra, ainda que em doses bem menores, as crises enfrentadas pelo Brasil nos anos 1980 e 1990.

“O quadro de estagflação já existe desde o ano passado, mas agora ingressa num estágio mais grave”, disse José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e economista-chefe da Opus Gestão de Recursos.

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, avançou 0,99% em junho, maior taxa para o mês desde 1996. Já o Ministério do Trabalho informou o fechamento de 115.599 postos de trabalho em maio, o pior resultado para o mês desde 1992.

“O quadro é pior do que o de estagflação. Temos recessão com inflação”, disse Antonio Corrêa de Lacerda, professor da PUC-SP. “Isso remonta ao início dos anos 80, com a crise da dívida, e ao início dos anos 90, com a crise do (ex-presidente Fernando) Collor”, completou o economista, referindo-se aos momentos em que o Brasil declarou moratória da dívida externa e o governo confiscou a poupança da população para conter a inflação.

PIB em queda

O dia começou com o Banco Central (BC) divulgando o IBC-Br, indicador que procura antecipar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de toda a renda gerada no País). Em abril, o índice caiu 0,84% em comparação a março.

O BC também fez revisões no IBC-Br: em fevereiro, a alta passou de 0,59% para 0,70%, mas em março, a contração de 1,07% passou para uma queda de 1,51%, reforçando ainda mais as perspectivas de retração da economia neste ano.

Com o recuo da economia, o mercado de trabalho continua a piorar. O corte de 115.599 vagas divulgado ontem ficou acima da previsão de fechamento de 52 mil postos de trabalho feita por analistas do mercado ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Logo depois da divulgação do IBC-Br, foi a vez de a inflação surpreender os analistas. O IBGE divulgou o IPCA-15: a taxa de 0 99% veio acima das projeções de mercado, que variavam de 0,71% a 0,90%, segundo levantamento do Broadcast.
Antonio Corrêa de Lacerda
Professor do Departamento de Economia da PUC-São Paulo

“A inflação neste ano deverá subir 9% e o PIB terá forte queda, entre 1,5% e 2%”, disse Monica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson de economia internacional, em Washington.

Camargo, da PUC-Rio, projeta retração de 1,5% no PIB este ano, enquanto Lacerda, da PUC-SP, é ainda mais pessimista, prevendo que a economia encolherá 2,0%.

Para a economista Silvia Matos, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), os dados de ontem corroboram sua projeção de recuo de 1,6% no PIB este ano.

Fonte: Estadão Conteúdo – Citado por: A Tribuna.com.br – 20/06/2015 – 08h47 – Atualizado em 20/06/2015 – 08:48 – Internet: clique aqui. Edição impressa: O Estado de S. Paulo – Economia & Negócios – Sábado, 20 de junho de 2015 – Pg. B1.

ENQUANTO ISSO, NA “PÁTRIA EDUCADORA”...

Governo corta 47% dos investimentos previstos para as universidades federais

Victor Vieira

Obras e compras de materiais vão perder R$ 1,2 bilhão dos R$ 2,59 bilhões
reservados para as 63 instituições de ensino neste ano
Unifesp: Universidade Federal de S. Paulo
 Corte pode comprometer reforma de biblioteca e laboratórios da instituição
 

O Ministério da Educação (MEC) cortou em 47% os investimentos nas 63 universidades federais do País em 2015. Esses recursos são usados em obras, além da compra de computadores e móveis, por exemplo. A medida faz parte do ajuste de contas feito pelo governo federal desde o início do ano. Segundo gestores de universidades ouvidos pelo [jornal] O Estado de S. Paulo, a redução será de cerca de R$ 1,2 bilhão.

No Orçamento de 2015, a previsão era de R$ 2,59 bilhões para investimentos, segundo cálculos dos gestores. Agora, o limite para gastos nessa categoria é de R$ 1,34 bilhão. A assessoria de imprensa do MEC disse que o limite das despesas de investimento neste ano seria 73% do que foi reservado pelo governo para gastos (empenhado) em 2014, mas não detalhou cifras.

O secretário de Educação Superior da pasta, Jesualdo Farias, confirmou o corte de 47% ao Estado. “Vamos trabalhar, primeiro, para que todas as obras que estão sendo realizadas sejam concluídas”, disse. “E com a perspectiva de adiar novas obras, de forma que não comprometa cursos que estão em funcionamento.”

Segundo Farias, serão feitas nas próximas semanas reuniões com cada um dos dirigentes das instituições para definir prioridades. “O orçamento de 2015 não vai poder cobrir todas as demandas. Vamos programar uma parte para este ano e outra para 2016”, explicou. No ano passado, segundo balanço do MEC, havia 456 obras em execução nas federais.
Soraya Smaili - Reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Soraya Smaili, reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e outros dirigentes da instituição publicaram nesta quinta-feira, 18 de junho, uma carta de protesto contra os cortes, classificados como “violentos”. A perda de recursos para investimentos na Unifesp será de aproximadamente R$ 25 milhões.

Segundo Soraya, o corte pode comprometer a reforma da biblioteca e dos laboratórios da instituição, a construção do câmpus na zona leste e a compra de equipamentos para o segundo prédio do Hospital São Paulo, já em fase final de construção, mas com um ritmo mais lento. Também podem ser prejudicadas as obras em prédios dos câmpus de Diadema e de Osasco, esperadas há mais de cinco anos.

A Unifesp aumentou em 825% o total de alunos entre 2004 e 2014, mas foi alvo de críticas por criar novas vagas e faculdades sob condições precárias. “Ao fazermos as reformas em passo mais lento, adiamos a consolidação dessa expansão”, criticou Soraya. “E também a continuidade da expansão.”

Segundo Jesualdo Farias, secretário do MEC, serão priorizadas as federais em maior dificuldade. “A expansão vai continuar, mas no ritmo que o orçamento permite”, disse. A partir de julho, acrescentou, os repasses de dinheiro para investimentos serão normalizados.

Incerteza

O decano de Planejamento e Orçamento da Universidade de Brasília (UnB), César Augusto Silva, também lamentou a perda de recursos, estimada em R$ 31 milhões na instituição. “O grande problema é que ficamos até o meio do ano sem saber o que seria cortado”, reclamou.

De acordo com ele, devem ficar prejudicadas as obras do novo prédio da Faculdade de Medicina e a restauração do Instituto Central de Ciências, conhecido como Minhocão, principal prédio do câmpus.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou, em nota, que o montante de investimentos da instituição para este ano não foi definido. Como foram contratados antes do corte de verbas, os editais em andamento serão mantidos. Novos projetos, afirmou a reitoria, devem ter a licitação concluída apenas em 2016.

O MEC afirmou ainda, também em nota, que “priorizou as despesas de custeio das universidades”. Segundo a pasta, o limite de empenho para 2015 ficará 4% maior quando comparado com os valores empenhados no ano passado. Acrescentou ainda que o orçamento das 63 federais saltou de R$ 8,6 bilhões, no ano passado, para R$ 9,5 bilhões neste ano.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Metrópole / Educação – Sábado, 20 de junho de 2015 – Pg. E3 – Internet: clique aqui.

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