«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

MAIS CÃES QUE CRIANÇAS NO BRASIL!

Brasil tem mais cachorros de estimação do que crianças, diz pesquisa do IBGE

CAROL KNOPLOCH

Cerca de 44% dos domicílios têm cães, o que equivale a mais de 52 milhões de animais; 
crianças são 45 milhões

O cachorro é o melhor amigo do brasileiro em 44,3% dos domicílios, o que equivale a 28,9 milhões de lares no país, segundo pesquisa inédita divulgada pelo IBGE nesta terça-feira [2 de junho]. A população de cachorros foi estimada pelo instituto em 52,2 milhões, indicando média de 1,8 cachorro por domicílio com esse animal. Já a população de gatos foi estimada em cerca de 22 milhões

Os números mostram que, hoje, é possível dizer que o Brasil tem mais cachorros do que crianças, já que, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2013, o país tinha 44,9 milhões de crianças de 0 a 14 anos.

Os dados relacionados aos cachorros são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), elaborada pelo IBGE, em convênio com o Ministério da Saúde, que visitou cerca de 80 mil domicílios, em 1.600 municípios de todo o país, no segundo semestre de 2013. Essa informação apoiará o planejamento do Ministério da Saúde para a compra de vacinas.

BEM MENOS GATOS

Em relação à presença de gatos, 17,7% dos domicílios do País possuíam pelo menos um, o equivalente a 11,5 milhões de unidades domiciliares. A população de gatos em domicílios brasileiros foi estimada em 22,1 milhões, o que representa aproximadamente 1,9 gato por domicílio com esse animal.

Também foi verificado que 75,4% (24,9 milhões) deles tiveram todos os animais vacinados contra raiva nos últimos 12 meses.

As regiões Sudeste e Centro-Oeste (84,3% e 81,7%, respectivamente) apresentaram resultados superiores aos das regiões Sul, Norte, Nordeste (63,5%, 67,1% e 70,1%, respectivamente).

Fonte: O Globo – Saúde – 02/06/2015 – 10h00 – Internet: clique aqui.

Por que eles são tantos?

Cecília Ritto e Bianca Alvarenga

Causas demográficas e econômicas mostram que o fenômeno, 
similar ao de países ricos, vai se acentuar daqui para a frente 

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Além de entreterem as famílias que têm filhos, os bichinhos são frequentemente a alternativa escolhida para preencher o vazio em lares com pouca gente – e esses lares têm se tornado cada vez mais numerosos. Isso porque, na maioria dos países desenvolvidos, as mulheres vêm tendo menos bebês, e, quando os têm, decidem fazê-lo mais tarde. Ao mesmo tempo, há o aumento da população idosa, cujos filhos já saíram de casa. Ninho e berço vazios reunidos, sobram espaço, tempo e dinheiro para os bebês de quatro patas.

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), outro mapeamento do IBGE, a média de filhos por mulher, de 6,6 em 1940, baixou para 1,9, em 2010. Em contrapartida, a faixa etária em que as mulheres decidem ter filhos vem aumentando – entre as que possuem renda superior a cinco salários mínimos, a idade é 32 anos. A mesmo Pnad confirma que o número de idosos no país tem subido – a proporção deles na população foi de 8,2% em 2000, para 11,7%, em 2015. Outro índice que atesta a mudança no perfil da população brasileira é o que mostra o aumento dos domicílios onde mora uma só pessoa: em nove anos, houve um crescimento de 35%, sendo a maior parte dos chamados “arranjos unipessoais” composta de pessoas  com mais de 50 anos – potenciais pais de um totó.

Aos motivos demográficos, juntam-se os econômicos para explicar a multiplicação dos bichos. O alto custo de criação de filhos e o aumento do valor do metro quadrado dos imóveis residenciais nas grandes cidades contribuem para afugentar delas as famílias que têm crianças. Em Portland, no Estado do Oregon, autoridades constataram um crescente êxodo de famílias com filhos pequenos. Pesquisa com 300 casais que haviam deixado a cidade revelou que, na maior parte dos casos, a decisão de mudar se deu, sobretudo, por causa  do alto preço das moradias e do desejo de oferecer aos filhos mais espaço. São questões que afligem menos famílias sem crianças ou pessoas que moram sós.

Por tudo isso, a população canina deve continuar crescendo no Brasil, enquanto a de crianças seguirá caindo, indicam as projeções. Em 2020, haverá no país 41 milhões de crianças e quase o dobro disso de cães: 71 milhões de animais, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpert). [ . . . ]
Para efeito de comparação, no mesmo período a população infantil brasileira vai encolher, ano a ano, 1,3%. “Esse fenômeno também tem relação com a subida da renda das famílias”, diz o demógrafo Reinaldo Gregori, diretor da Consultoria Cognatis. [ . . . ]

Com tantos cachorros em busca de carinho e tantos donos loucos para mimá-los, o mercado voltado para pets não conhece crise. “Mantivemos nossa taxa de crescimento. No ano passado, vendemos mais de 16 bilhões de reais em produtos”, explica José Edson de França, presidente executivo da Abinpet. O Brasil já é o segundo entre os maiores mercados mundiais para produtos de animais domésticos, atrás apenas dos Estados Unidos. Os gastos com cães e gatos são superiores aos realizados com bebês.
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Fonte: VEJA – Especial – Edição 2429 – Ano 48 – nº 23 – 10 de junho de 2015 – Pgs. 68-75.

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