«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Inacreditável até onde a corrupção chegou ! ! !

Ex-ministro de Lula e Dilma, Paulo Bernardo, é preso
por receber R$ 7 milhões em propina, diz PF

Fausto Macedo, Julia Affonso, Ricardo Brandt,
Fabio Serapião e Mateus Coutinho

Paulo Bernardo era beneficiário de um terço dos valores desviados em contrato da CONSIST, que forneceu sistema eletrônico para empréstimo consignado de servidores federais
PAULO BERNARDO SENDO DETIDO PELA POLÍCIA FEDERAL EM BRASÍLIA
Quinta-feira, 23 de junho de 2016

O ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicações) nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff recebeu pelo menos R$ 7 milhões de propinas do esquema de desvios alvo da Operação Custo Brasil, deflagrada nesta quinta-feira, 23 de junho. De 2010 a 2015 o esquema teria gerado R$ 100 milhões em propinas, referentes a contrato da empresa Consist Software, por serviços indiretos para o Ministério de Planejamento.

Bernardo foi preso na manhã desta quinta, alvo central da Custo Brasil – decorrência das descobertas da Lava Jato, em Curitiba. O operador das propinas arrecadadas com a Consist, o ex-vereador do PT Alexandre Romano, o Chambinho, confessou em delação premiada que havia propinas para o PT, para Bernardo, para o ex-ministro Carlos Gabas (Previdência e Aviação Civil), entre outros. A defesa do ex-ministro considerou a prisão ilegal.

O delegado regional de Combate e Investigação contra o Crime Organizado da Polícia Federal, em São Paulo, Rodrigo de Campos Costa explicou que Bernardo tinha direito a 9,6% do valor de 70% do contrato da Consist – que era destinado à corrupção. Pelo acerto, alvo da Custo Brasil, a empresa ficava com apenas 30% dos recebimentos.

“Dos 70% repassados, havia diversos parceiros que iam alterando ao longo do tempo. Desses 70%, no início, por exemplo, 9,6% ia para o escritório vinculado ao sr. Paulo Bernardo. O Alexandre Romano, que era um dos colaboradores, recebia por volta de 24%”, afirmou o procurador da República Andrey Borges de Mendonça. “80% da parte destinada ao Alexandre Romano (ficava com o PT).”
ALEXANDRE ROMANO
Este ex-vereador do PT de Americana (SP) foi quem delatou e ajudou a desvendar o esquema de corrupção
entre a CONSIST e o Governo Federal

Segundo o procurador da República Andrey Borges, depois que Bernardo saiu do Ministério do Planejamento e assumiu o Ministério das Comunicações, seu percentual no bolo da propina caiu para 4,5%, até chegar a 2%.

O dinheiro foi repassado para o escritório do advogado Guilherme Gonçalves, que atuava para o PT do Paraná e para as campanhas da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ex-ministro. Os dois são alvos de uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), que julga os casos de alvos da Lava Jato com foro privilegiado.

A corrupção atingiu o “coração do governo”
ANDREY BORGES DE MENDONÇA
Procurador da República que integra a força-tarefa da Operação "Custo Brasil"

O procurador da República Andrey Borges de Mendonça, que integra a força-tarefa da Operação Custo Brasil, deflagrada nesta quinta-feira, 23 de junho, declarou que “infelizmente, a corrupção não é um privilégio da Petrobrás, ela está espraiada como um câncer em diversas instituições”.

A Petrobrás foi o alvo primeiro da Operação Lava Jato, a maior investigação já realizada no País contra malfeitos com recursos públicos. A Lava Jato descobriu que a organização criminosa que desviou dinheiro da estatal petrolífera estendeu suas ações para outras empresas públicas e ministérios, entre eles o do Planejamento, Orçamento e Gestão, quando a Pasta era dirigida por Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisy Hoffmann (PT/PR).

O procurador demonstrou perplexidade e indignação ante os valores desviados. “Cem milhões de reais foram desviados de funcionários públicos, que se privaram de medicamentos e de suas necessidades básicas para abastecer os cofres públicos.”

Secretário de Gestão da Prefeitura de São Paulo
foi preso na “Custo Brasil”
VALTER CORREIA DA SILVA
Era secretário de Gestão da Prefeitura Municipal de São Paulo - gestão de Fernando Haddad (PT)

O secretário de Gestão da Prefeitura de São Paulo, Valter Correia da Silva, foi um dos presos na Operação Custo Brasil, nesta quinta-feira, 23 de junho, que apura desvios de mais de R$ 100 milhões em propinas, entre 2010 e 2015, de contrato no Ministério do Planejamento.

Correia é apontado como um dos beneficiários da propina desviada do contrato da empresa Consist Software, no Ministério do Planejamento, entre 2010 e 2015, para serviços do sistema de empréstimos consignados dos servidores federais. O esquema foi descoberto pela força-tarefa da Operação Lava Jato, que em agosto de 2015 prendeu o ex-vereador do PT Alexandre Romano, alvo da 18ª fase (Pixuleco II).

O alvo é ex-chefe da Assessoria Especial para Modernização da Gastão do Ministério do Planejamento. Em março de 2015, ele foi nomeado pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para o cargo de secretário de Gestão municipal. Seu nome foi citado pelo delator do caso, Alexandre Romano, conhecido como Chambinho.

“A entrada da empresa JD2 ocorreu porque Valter Correia (Secretário-executivo-adjunto do Ministério do Planejamento) colaborou com a renovação do Acordo de Cooperação do qual a Consist era beneficiária. João Vaccari disse que isso era possível”, afirmou Chambinho, no anexo de sua delação sobre o esquema. “A JD2 iria receber 50% do valor de 1/3 que era dedicado ao Ministério do Planejamento Paulo Bernardo.”

Segundo o delator, um dos sócios da JD2, Dércio Guedes de Souza (preso nesta quinta), afirmou que o valor recebido pela empresa seria divido “entre Valter Correia, Carlos Eduardo Gabas e Josemir”.

Advogado de campanhas de Gleisi Hoffmann
tem prisão decretada 

PAULO BERNARDO E SUA ESPOSA GLEISI HOFFMANN 
Ele já foi ministro de Lula e Dilma Rousseff e ela é senadora pelo PT do Paraná

O advogado Guilherme Gonçalves, jurídico na área eleitoral da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), teve pedido de prisão decretada na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato que levou para a cadeia nesta quinta-feira, 23 de junho, o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicação) – marido da senadora. O advogado foi apontado em delação premiada do ex-vereador do PT Alexandre Romano, o Chambinho,  como pessoa que operava o recebimento da propina paga pela empresa Consist Software, em contrato que atuou nos  empréstimos consignados do Ministério do Planejamento.

“Inicialmente os honorários acordados com a Consist foram de 25,8%”, contou ele, em depoimento prestado no dia 14 de agosto à delegada de Polícia Federal Renata da Silva Rodrigues. O porcentual teria sido aumentado para 32%. “Posteriormente, a pedido de Gushiken, destinou aproximadamente 9% para o escritório Guilherme Gonçalves”, revelou Romano, em colaboração espontânea prestada na oitiva.

O ex-ministro Paulo Bernardo (governo Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff), segundo Romano, ainda indicou posteriormente uma segunda empresa que se beneficiaria dos honorários, que era ligada a «“eles (o Partido dos Trabalhadores)”». “1/3 dos 32% iria para o Ministro do Planejamento Paulo Bernardo, por intermédio do advogado Guilherme Gonçalves”, explicou Chambinho.

No anexo de sua delação premiada, o ex-vereador petista explicou que o advogado das campanhas de Gleisi emitia “notas contra a Consist” para receber os valores. O advogado teria recebido mais de R$ 6 milhões em propina, da empresa Consist Software, que desde 2010 prestava serviços indiretamente para o Ministério do Planejamento.

O advogado é ligado ao PT e atuou nas campanhas da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

A senadora é alvo de investigação da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República. Em delações premiadas, o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef afirmaram que Gleisi recebeu R$ 1 milhão do esquema de corrupção na estatal durante a campanha de 2010.

Fonte: ESTADAO.COM.BR – Blog Fausto Macedo Repórter – Quinta-feira, 23 de junho de 2016 – 11h54 – Internet: clique aqui; 14h26 – Internet: clique aqui; 12h24 – Internet: clique aqui; 10h47 – Internet: clique aqui.

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