«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Onde está o ajuste das contas do Governo?

“Pacote de bondades” de Michel Temer chega 
a R$ 125 bilhões

Alexa Salomão

Mesmo com pressão sobre o Orçamento, governo tenta ampliar apoio político no curto prazo a fim de aprovar projetos como a PEC que fixa teto para o gasto.
Ou seja, gasta-se mais agora para tentar gastar menos depois, seria isso???
MICHEL TEMER
assina aumento dos benefícios do Bolsa Família e mais verbas para educação básica de Estados e Municípios
Palácio do Planalto - Brasília (DF), 29 de junho de 2016

O presidente em exercício Michel Temer anunciou nesta quarta-feira, 29 de junho, um aumento médio dos benefícios do Bolsa Família de 12,5%, mais a liberação de R$ 742,8 milhões para a educação básica de Estados e municípios. Apesar de elevar a previsão de gastos no momento em que o mercado espera corte de despesas, o reajuste não surpreendeu especialistas em contas públicas. Foi recebido como mais uma benesse na leva de concessões que o governo vem promovendo desde que assumiu em 12 de maio e que já soma cerca de R$ 125,4 bilhões em gastos e renúncias fiscais – com impactos já neste ano e até 2018.

O corte imediato de despesas é considerado difícil e a avaliação é de que ainda é preciso esperar a decisão final do impeachment. A visão geral é de que o governo adotou como estratégia cimentar apoio político, ainda que ele cause pressão sobre as contas públicas no curto prazo, para garantir a aprovação de reformas de longo prazo, polêmicas, mas fundamentais para a retomada do crescimento. Entre as prioridades estariam a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC), que fixa o teto para o gasto, e a reforma da Previdência.

O que fizeram de concreto até agora foi ampliar o déficit para conseguir incluir uma série de aumento que eles acham que precisam ser feitos, como o aumento do funcionalismo e a negociação das dívidas dos Estados, que era importante. No entanto, não está clara qual a contrapartida dos Estados nem como o teto dos gastos vai funcionar. Falta clareza”, afirmou Nelson Marconi, coordenador executivo do Fórum de Economia da Escola de Economia de São Paulo Fundação Getulio Vargas (FGV). [ . . . ]
MANSUETO ALMEIDA
Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda
Economista especialista em contas públicas

Mudanças de longo prazo

Segundo o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, não é verdade que o governo esteja cometendo “excessos” que pioram a situação das contas públicas. “Nós chegamos aqui e encontramos uma situação muito complicada, até pagamento de tarifa de banco estava atrasado. E agora estamos dizendo não para um bocado de coisas”, afirmou.

Mansueto, porém, ressaltou que a atual equipe está focada em realizar um ajuste fiscal estrutural e de longo prazo. “Até amigo meu que trabalha no mercado financeiro já veio aqui cobrando as medidas de curto prazo e eu respondo: historicamente o Brasil só fez ajustes de curto de prazo, cortando investimento e elevando carga tributária. Já sabemos que não é o caminho”, disse. Segundo ele, a primeira mudança importante é a fixação do teto de gastos: “Acho que as pessoas ainda não entenderam como ele será rigoroso e a imensa mudança que vai promover”.

IMPACTO DAS MEDIDAS NAS CONTAS

* R$ 68 bilhões é a despesa prevista com o reajuste ao funcionalismo, incluindo inativos até 2018
* R$ 50 bilhões é a despesa prevista com ajuda aos Estados, por meio de renúncia fiscal, até 2018
* R$ 2,9 bilhões é a despesa prevista com o Rio de Janeiro após o Estado decretar calamidade
* R$ 2,8 bilhões é a despesa anual prevista com o reajuste do Bolsa Família, além de recursos para a educação básica
* R$ 1,7 bilhão é a despesa prevista com ampliação, por meio de renúncia fiscal, do Supersimples

ENQUANTO ISSO...

Mais de 11,4 milhões de trabalhadores brasileiros
estão desempregados

UOL, em São Paulo

Os setores mais atingidos foram Construção Civil, a Indústria e o Comércio.
Setores tem taxas de desemprego de 5,1%, 3,9% e 1,7%, respectivamente.
 
O desemprego no país atingiu, em média, 11,2% nos três meses até abril. É a maior taxa registrada pela pesquisa, que começou a ser feita em 2012.

No período, o número de desempregados no Brasil chegou a 11,4 milhões de pessoas.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31 de maio) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. A pesquisa usa dados de trimestres móveis, ou seja, de três meses até a pesquisa. Na de abril, são usados dados de fevereiro, março e abril.

O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Comparação com resultados anteriores

Entre fevereiro e abril de 2016, a taxa de desemprego foi de 11,2%:
* no trimestre anterior (nov-15 a jan-16), havia sido de 9,5%;
* um ano antes (fev-15 a abr-15), havia sido de 8%;
* no trimestre encerrado em março (jan-16 a mar-16), havia sido de 10,9%.

O número de desempregados chegou a 11,4 milhões de pessoas:
* no trimestre anterior (nov-15 a jan-16), havia sido de 9,6 milhões (alta de 18,6%);
* um ano antes (fev-15 a abr-15), havia sido de 8 milhões (alta de 42,1%);
* no trimestre encerrado em março (jan-16 a mar-16), havia sido de 11,1 milhões (alta de 2,9%).

População ocupada

Segundo a pesquisa, nos três meses até abril, 90,6 milhões de pessoas tinham trabalho. Esse número caiu 1,7% em um ano, representando 1,5 milhão de pessoas.

Na comparação com o trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, a queda foi de 1,1%.
 
Número de carteiras assinadas cai 4,3%

Aproximadamente 1,5 milhão de pessoas ficaram sem carteira assinada em um ano, de acordo com a pesquisa, uma queda de 4,3%. Na comparação com o trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, a queda foi de 1,8%.

Esses números são apenas de carteiras assinadas no setor privado, não levando em conta trabalhadores de setores públicos, segundo o IBGE.

Rendimento médio de R$ 1.962

O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores nos três meses até abril foi de R$ 1.962, caindo 3,3% em um ano. No mesmo período de 2015, o rendimento era de R$ 2.030. [E a inflação, só sobe!!! Custo da alimentação está pela hora da morte!!!]

Em comparação com o trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, o rendimento ficou estável, segundo o IBGE.
 
Emprego cai na indústria, comércio e construção

Em relação ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, três atividades tiveram queda no emprego:
* indústria (-3,9% ou menos 473 mil pessoas),
* construção (-5,1% ou menos 400 mil pessoas) e
* comércio (-1,7% ou menos 302 mil pessoas).

As demais ficaram estáveis, segundo o IBGE.

Em um ano, a indústria demitiu -11,8% ou 1,6 milhão de pessoas. Enquanto os setores de informação, comunicação e atividades financeiras  demitiu -7,8%, ou seja, menos 820 mil pessoas ficaram sem trabalho nessas áreas.

Por outro lado, houve aumento de emprego em transporte, armazenagem e correio (5,3%, ou 227 mil pessoas); serviços domésticos (5,1%, ou 306 mil pessoas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou 384 mil pessoas).

Três pesquisas sobre emprego

O IBGE fazia outras duas pesquisas mensais com dados de desemprego, mas agora tem apenas a Pnad Contínua mensal, que é nacional.

A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) media a taxa mês a mês, com base em seis regiões metropolitanas: Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. A última divulgação da PME foi em março e indicou que o desemprego atingiu 8,2% em fevereiro.

A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) foi divulgada até fevereiro deste ano e, depois, encerrada. Segundo ela, o número de trabalhadores na indústria em 2015 caiu 6,2%, quarto ano seguido de queda e o maior tombo desde 2002, quando a pesquisa começou a ser feita.

Fontes: O Estado de S. Paulo – Política – Quinta-feira, 30 de junho de 2016 – Pág. A4 – Internet: clique aqui; Portal UOL – Economia – Empregos e Carreiras – 31/05/2016 – 22h25 (última atualização) – Internet: clique aqui.

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