«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Mães pedem socorro ! ! !

As mães de hoje avisam: precisam de ajuda

Edison Veiga e Paula Felix

Pesquisa mostra que, exaustas, muitas já até esqueceram
o filho em loja ou na escola
A SOMA DE CUIDAR DOS FILHOS, CUIDAR DA CASA E, ALGUMAS VEZES,
TRABALHAR FORA SOBRECARREGA DEMAIS AS MÃES!

As mães precisam de ajuda e nem todo mundo percebe isso. A rotina é tão cansativa e diferente da mostrada em propagandas que algumas chegam a esquecer os filhos em locais públicos ou permitem que eles durmam em suas camas por falta de energia para fazê-los dormir sozinhos. Elas não querem o rótulo de “mães perfeitas”, que têm dedicação exclusiva às crianças: a mãe brasileira se define como alguém que “ama seus filhos, mas também ama o seu trabalho, seu parceiro e tem outros objetivos na vida”.

O perfil foi traçado pela pesquisa A Nova Mãe Brasileira, feita pelo Instituto Qualibest e pelo site Mulheres Incríveis. Foram ouvidas 1.317 mil mães, todas com mais de 18 anos – 81% delas têm de um a dois filhos.

Dois terços das mães brasileiras consideram a rotina difícil, exaustiva ou impossível. Apenas 9% dizem se identificar com a imagem da mãe que aparece na mídia e 70% também afirmaram que se sentem julgadas ou cobradas.
SE O MARIDO E OS FILHOS AJUDAREM NAS TAREFAS DE CASA,
A VIDA DAS MÃES TORNA-SE MAIS LEVE!

“Chamou-nos a atenção que, quando solicitamos às entrevistadas que fizessem um pedido, 40% disseram querer ajuda nas atividades domésticas”, afirma a jornalista Brenda Fucuta, idealizadora da pesquisa. “Ela quer mais ajuda para cuidar da casa do que dos filhos: isso mostra que ser mãe é difícil, mas a grande questão é resolver a administração da casa.” O desafio atual da mãe brasileira parece ser envolver o cônjuge e as crianças nas tarefas domésticas.

Atitudes

A pesquisa perguntou às mães se elas já tomaram alguma atitude com os filhos que consideram constrangedora ou vergonhosa:
* “Dei umas palmadas”, responderam 33%.
* “Deixei ele ficar assistindo TV ou vídeos na internet para eu poder descansar, dormir ou fazer alguma outra atividade do meu interesse” (28%),
* “Ofereci comida industrializada” (21%),
* “Já ameacei ir embora de casa e deixá-lo para outros cuidarem” (15%),
* “Já dei uma surra” (10%),
* “Já dei remédio para que ele se acalmasse” (3%),
* “Deixei-o trancado sozinho em casa” (2%),
* “Esqueci-o numa loja ou na escola” (2%).
LUCIANA CATTONY (e Henrique, seu filho)
criou o site "Maternidade Real"

De certa forma, os dados da pesquisa mostram que há uma discrepância entre o discurso-padrão da maternidade sonhada com a vida real enfrentada pelas mães, em que dificuldades se somam aos prazeres. Foi por vivenciar isso na pele que a publicitária Luciana Cattony, de 38 anos, decidiu criar o site Maternidade Real. Ela é mãe de Henrique, de 5 anos. “Quero dar leveza e alegria para as mães, mas ninguém fala sobre o lado difícil da maternidade. Isso também é importante.”

Desde maio, a cineasta Helen Ramos, de 29 anos, “desromantiza” a maternidade em seu canal Hel Mother, no YouTube. As experiências com o filho Caetano, de 2 anos, estão entre os temas abordados. “Ninguém chegava antigamente e até recentemente para falar que a amamentação será difícil, todo mundo só falava que é o maior amor do mundo. Depois que eu tive filho, percebi como foi importante saber a verdade.” Helen diz que é fundamental que mais mulheres falem sobre suas dificuldades e consigam pedir ajuda para as pessoas que estão ao seu redor.
HELEN RAMOS
criou um canal para mães no YouTube:
"Hel Mother"

A designer e ilustradora Thaiz Leão, de 26 anos, mãe de Vicente, de 2, chegou à maternidade com as referências de “mãe ideal” passadas por filmes e propagandas, e se deparou com uma situação completamente diferente. “Eles mentiram para mim, pelo menos em parte. Eu não sabia que iria dormir tão pouco, eu não sabia que um bebê tinha tantas necessidades e que, para algumas delas, eu seria impotente. Eu achava que estaria no controle, mas esquece, não havia controle algum.” Foi assim que ela resolveu fazer ilustrações sobre o tema e criou a página Mãe Solo.

Realidade

“As famílias que aparecem na mídia para vender margarina trabalham com a imagem da família e mães ideais. Mas a família real não é assim o tempo todo. Existem conflitos, separações e todos os outros sentimentos, porque são seres humanos. Se o meu real está muito longe disso, gera um conflito com consequências diferentes para as diferentes pessoas”, avalia a psicóloga Ceneide Maria de Oliveira Cerveny, professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e autora do livro A Família como Modelo [Ed. Livro Pleno].
THAIZ LEÃO - criou a página "Mãe Solo"

Gabriela Malzyner, professora do curso de formação em psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP/SP), diz que as mães não precisam buscar uma fórmula para exercer a maternidade. “A mãe tem de trabalhar, sair com o marido e com os amigos. Essas trocas são importantes, porque o bebê tem de entender que ele não é o único interesse da mãe, isso pode ser nocivo para ambos.”

Não conheço nenhuma mãe que não ame seu filho acima de qualquer coisa, mas todas têm algo para desabafar.”

Fonte: O Estado de S. Paulo – Metrópole – Domingo, 17 de julho de 2016 – Pág. A24 – Internet: clique aqui.

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