«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

O personagem sinistro e oportunista de plantão!

Os métodos de sempre

Editorial

Quem Paulinho da Força representa e quem está por
detrás desse deputado?
PAULINHO DA FORÇA
Como é mais conhecido o deputado federal Paulo Pereira da Silva - Partido Solidariedade - São Paulo

Causa espécie o poder que o deputado Paulinho da Força, líder do Solidariedade [SD], parece ter no governo do presidente em exercício Michel Temer. O parlamentar representa uma bancada de apenas 14 deputados, mas é cortejado por Temer como se fosse capaz de decidir qualquer votação em favor do Planalto. Tendo sido a vanguarda da defesa do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e sendo o personagem notório que é, Paulinho deveria ser mantido a uma distância prudente do gabinete presidencial, mas o sindicalista não só ali parece se sentir em casa, como está à vontade para cobrar participação no governo.

Circulam informações de que Temer teria decidido ressuscitar o Ministério do Desenvolvimento Agrário e dá-lo a algum indicado por Paulinho. Segundo relatou o jornal Valor, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou a recriação da pasta e Paulinho já teria até um candidato para o cargo, o deputado Zé da Silva (SD-MG), da bancada ruralista.
EDUARDO CUNHA e PAULINHO DA FORÇA
Dois poderosos aliados e amigos - Paulinho sempre foi um tenaz defensor de Cunha

O Ministério do Desenvolvimento Agrário foi extinto logo que Temer assumiu a Presidência no lugar de Dilma Rousseff, afastada pela Câmara. O gesto integrava o suposto esforço do presidente em exercício para enxugar a máquina pública, cujo inchaço foi uma das grandes marcas do governo petista.

As funções daquele Ministério, voltado para a reforma agrária e a agricultura familiar, foram incorporadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social. No entanto, já por pressão de Paulinho, Temer transferiu em maio passado cinco secretarias da antiga pasta para a Casa Civil, entre as quais justamente a que lida com reforma agrária, sob a qual funciona o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e a que trata da agricultura familiar. Somadas, as secretarias têm um orçamento de cerca de R$ 1 bilhão.

Os cargos devem ser todos ocupados por indicados por Paulinho, incluindo alguns apadrinhados de José Rainha Júnior, ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra e conhecido baderneiro e invasor de terras, que chegou a ser recebido por Temer em audiência arranjada por Paulinho no mês passado. O ministro Eliseu Padilha esclareceu, como se isso fosse necessário, que a decisão de presentear os amigos do sindicalista com cargos relacionados à reforma agrária foi “política”. [Quem diria, Rainha de braços dados com um dos maiores “pelegos” do Brasil, o Paulinho da Força Sindical!!!]
 
ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA
Deputado Estadual pelo Solidariedade
de São Paulo - filho de Paulinho
As concessões do Planalto a Paulinho não pararam aí. Um filho do sindicalista, o deputado Alexandre Pereira da Silva [foto ao lado], foi nomeado no começo do mês para dirigir a Superintendência Regional do Incra em São Paulo. Sua experiência na área agrícola e fundiária, conforme informa o Solidariedade, limita-se à produção de pimentões em um sítio da família em Jundiaí. Por essa razão, a nomeação de Alexandre foi muito mal recebida por funcionários do Incra, que chegaram a organizar um protesto.

O Solidariedade surgiu em 2013 em meio a várias denúncias de que as listas de apoio à criação do partido haviam sido fraudadas – muitos servidores do Congresso denunciaram que seus nomes apareceram nas fichas sem que tivessem firmado nada, e apareceu até a assinatura de um morto. Esse vício de origem, que demonstra profundo menosprezo pelos padrões morais e éticos e desmoraliza a própria democracia, não é acidental. O Solidariedade age conforme manda o manual do sindicalismo de resultados que está na essência mesma da Força Sindical – e que visa somente a amealhar benefícios para quem tem a carteirinha do sindicato, sempre na base da esperteza e da chantagem.

Assim, Paulinho começa a fincar sua bandeira no Palácio do Planalto depois de fazer ameaças explícitas a Temer. Em maio, julgando-se preterido na formação do governo, o sindicalista sugeriu que poderia até mesmo unir forças com as centrais sindicais petistas para infernizar Temer. “Aí a situação dele complica mesmo”, disse Paulinho na ocasião.

Se realmente decidir restabelecer o Ministério do Desenvolvimento Agrário apenas para acalmar Paulinho, Temer pode até conseguir comprar um pouco de tranquilidade, mas dará um sinal de fraqueza que os oportunistas profissionais seguramente saberão aproveitar.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Notas e Informações – Quinta-feira, 28 de julho de 2016 – Pág. A3 – Internet: clique aqui.

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