«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 24 de julho de 2016

Donald Trump? Engana-me que eu gosto!

Helio Gurovitz 
DONALD E MELANIA TRUMP
O candidato à Presidente dos Estados Unidos apresentou sua esposa na convenção do Partido Republicano
Trump, agente de Putin. Donald Trump vem detonando os pilares da política externa americana. Sua plataforma não menciona um Estado palestino e considera Jerusalém “capital indivisível” de Israel. Desprezando tratados internacionais, ele disse que só defenderia os aliados da Otan que “cumprem suas obrigações”. “Trump se desmascarou como agente do presidente russo, Vladimir Putin”, escreveu Jeffrey Goldberg na The Atlantic.

A plagiadora se desculpa! A redatora Meredith McIver assumiu a culpa por ter plagiado Michelle Obama ao escrever o discurso que Melania Trump [esposa de Trump] leu na Convenção Republicana. Ex-bailarina, Meredith trabalha há mais de dez anos para Trump e já assinou cinco livros com ele. Melania a convocou depois de rejeitar um discurso verificado em sistemas antiplágio. Meredith pediu desculpas. 
HOPE HICKS
Inexperiente e esforçada. Aos 27 anos, a ex-modelo e ex-atleta Hope Hicks foi guindada, sem nenhuma experiência com política, ao posto de assessora de imprensa da campanha de Trump. Como Meredith, emergiu numa organização que valoriza mais a lealdade que a competência. [Pelo visto, a aparência também!] Já teve de rebater o papa, lida com 250 pedidos de entrevista por dia e, segundo Trump, “está fazendo um belo trabalho”.
PAUL MANAFORT

Experiente e discreto. O cérebro da campanha de Trump é o discreto Paul Manafort, sócio de uma empresa de Washington conhecida por vender acesso aos políticos que ajuda a eleger. “Podem chamar de tráfico de influência. Eu chamo de lobby”, disse Manafort num depoimento à Justiça. Seu currículo reúne uma invejável lista de autocratas e ditadores, do zairense Mobutu Sese Seko ao ucraniano Victor Yanukovich.

Justo e equilibrado. Rupert Murdoch não hesitou ao demitir da Fox News o executivo Roger Ailes, acusado de assédio sexual por mais de 20 mulheres. Ailes criou o canal conservador há 20 anos e se tornou homem de confiança de Murdoch. Foi o artífice da polarização política americana e, sem ele, não haveria Trump. Às acusações de machismo, respondia ter sido “o primeiro a pôr uma mulher como âncora em horário nobre”.

Incoerências trumpianas!

Cláudia Trevisan
Correspondente / Washington
DONALD TRUMP - aquele que pensa nos trabalhadores americanos!
Em 1983, constrói a Trump Tower, edifício de 58 andares, com auxílio de
mão de obra de imigrantes ilegais pagos abaixo do salário mínimo!

Com sua fortuna de bilhões de dólares, Donald Trump é um óbvio sócio do clube do 1%, mas adotou uma retórica populista que o apresenta como campeão da classe trabalhadora branca dos Estados Unidos da América [EUA], nostálgica do período em que fábricas ofereciam empregos estáveis e imigrantes eram menos visíveis na paisagem americana.

O empresário que vive em um dos endereços mais caros do mundo – a 5.ª Avenida de Nova York – atacou elites, grandes empresários, doares de campanha e a mídia no discurso em que aceitou a candidatura do Partido Republicano à presidência, na quinta-feira [21 de julho]. No melhor estilo dos caudilhos latino-americanos, Trump usou um tom demagógico e autoritário e prometeu restaurar a grandeza de uma nação supostamente em declínio.

Acordo todos os dias determinado a ajudar pessoas em todo este país que foram negligenciadas, ignoradas e abandonadas”, declarou. Trump se vê como o agente da mudança, em contraposição à democrata Hillary Clinton, caracterizada em seu discurso como a representante do status quo e dos interesses econômicos que influenciam as decisões em Washington.

Sem nunca ter disputado uma eleição nem ocupado um cargo público, Trump explorou a imagem do outsider [alguém de fora] capaz de transformar as regras do jogo político. “Ninguém conhece o sistema melhor do que eu, e é por isso que só eu posso consertá-lo.”

Desprezado por grande parcela da elite e dos doadores de campanha republicanos, o bilionário espera que seu discurso mobilize as bases do partido e atraia trabalhadores brancos democratas descontentes com os efeitos da globalização e a crescente diversidade da população dos EUA.

Eleitora de Trump, a comentarista política Monica Crowley afirma que a eleição presidencial de 2016 é marcada menos pela divisão ideológica entre progressistas e conservadores e mais pela separação entre elites e cidadãos comuns. Para ela, seu candidato seria a personificação americana do movimento de revolta contra o status quo em andamento em diferentes partes do mundo, que teve uma de suas manifestações na decisão dos britânicos de abandonarem a União Europeia.

O mesmo tom nacionalista que impulsionou a campanha do Brexit está presente na retórica de Trump. Em seu discurso, ele proferiu a máxima que resume sua visão da relação dos EUA com o mundo: “Americanismo, não globalismo, será nosso credo”.
ROGER STONE - um dos "conselheiros" de Donald Trump.
Este consultor republicano que ajudou Nixon e George W. Bush ganharem a presidência,
Stone supostamente devia US$ 405.035 em impostos não pagos.

Como observou reportagem do New York Times, a imagem dos EUA como um país construído por imigrantes – repetida por virtualmente todos os grandes líderes americanos – esteve ausente do discurso de Trump. Os imigrantes descritos pelo republicano são assassinos e traficantes que devem ser expulsos dos EUA, especialmente se são de lugares ao sul da fronteira [do México] ou professam a fé muçulmana.

A candidatura insurgente do bilionário tomou de assalto o Partido Republicano e rompeu com posições tradicionais da legenda em favor:
* da globalização,
* do internacionalismo e
* de uma reforma migratória que abra caminho para 11 milhões de imigrantes regularizarem sua situação nos EUA.

Roger Stone, um dos mais próximos conselheiros de Trump, disse na sexta-feira que todos os presidentes republicanos bem-sucedidos moldaram o partido à sua imagem e semelhança. “Nós voltaremos a ser uma classe média de pessoas trabalhadoras de novo. Nós estamos deixando o country clube dos Bushs”, afirmou Stone, que trabalhou como lobista dos cassinos de Trump, é obcecado por moda e divide seu tempo entre a Flórida e Manhattan.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Internacional – Domingo, 24 de julho de 2016 – Pág. A12 – Internet: clique aqui; Pág. A10 – Internet: clique aqui.

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