«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A missão, sem "charlatanismo"

Maria Teresa Pontara Pederiva
Settimana News
22-07-2016

Todo apaixonado sente um forte desejo de falar sobre a pessoa amada, tecer os seus louvores, iluminar-se apenas com o pensamento do próximo encontro, compartilhar a própria alegria com aqueles com os quais se encontra.
DOM VÍCTOR MANUEL FERNÁNDEZ
Arcebispo e Reitor da Universidade Católica de Buenos Aires

Víctor Manuel Fernández, reitor da Universidade Católica de Buenos Aires, um dos mais próximos colaboradores e amigos de Bergoglio, publicou no ano passado Quince motivaciones para ser misioneros: para caminar con el Papa Francisco [Quinze motivações para ser missionários: para caminhar com o Papa Francisco], um breve ensaio que agora foi traduzido ao italiano pela Editrice Missionaria [veja foto da capa abaixo].

"Como gostaria de encontrar palavras para encorajar uma estação evangelizadora mais ardorosa, alegre, generosa, ousada, cheia de amor até ao fim e feita de vida contagiante!" (Papa Francisco, Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, n. 261): daí a necessidade de fortes motivações para induzir as pessoas a embarcarem na estrada da missão.

E de onde partir, quando nos dirigimos aos leigos? Da experiência mais comum para a grande maioria deles: a do amor humano. Todo apaixonado sente um forte desejo de falar sobre a pessoa amada, tecer os seus louvores, iluminar-se apenas com o pensamento do próximo encontro, compartilhar a própria alegria com aqueles com os quais se encontra.

E nós, que conhecemos Jesus Cristo e nos deixamos agarrar por Ele, se fizemos a experiência do amor do Pai em nossa vida, por que não deveríamos fazer o mesmo? Além do mais, isso aconteceu com os discípulos de Emaús e com muitos outros ao longo dos séculos: por acaso nós, homens do terceiro milênio, somos cristãos diferentes? Quem ou o que nos torna paralisados e incapazes de testemunhar?

O missionário [todo cristão batizado!] é uma pessoa como as outras, em nada perfeita, mas entusiasmada, sim, porque vive na certeza do amor de Deus, uma pessoa que vive na confiança em Deus e nos outros, guiado por uma espiritualidade capaz de transformar o seu coração (uma "mística" do anúncio que se alimenta da Palavra).

Fernández nos guia, assim, à redescoberta do anúncio, tarefa de cada cristão que decide "restituir" os muitos dons recebidos, dedicando uma parte do próprio tempo à missão, com a vida e as escolhas cotidianas (não são necessárias coisas extraordinárias, porque um leigo tem uma família, um trabalho...).
Tradução:
"Sair para anunciar:
como papa Francisco nos estimula à missão"

O original é em espanhol:
"Quince motivaciones para ser misioneros:
para caminar con el Papa Francisco"
.
Ainda sem previsão de publicação no Brasil.

Como nos lembra o Papa Francisco, "a primeira motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus, aquela experiência de sermos salvos por Ele" (Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, n. 264): se não sentimos a necessidade de fazer isso, talvez devamos concluir que não nos sentimos mais amados?

Se "contemplarmos" o Evangelho, se nos determos nas suas páginas, se formos capazes de lê-lo com o coração, chegaremos à conclusão de que não há nada melhor a ser transmitido aos outros. "O Evangelho é o que é indispensável para ser feliz, para crescer, para se realizar como ser humano, porque responde às necessidades mais profundas de cada pessoa, às inquietações, às angústias e aos seus sonhos mais preciosos."

Mas "ser missionário – continua Fernández – significa se tornar libertadores de escravos" e desejar que o Reino do Senhor transfigure a terra inteira, porque nada neste mundo é indiferente para eles. Sem medo das mudanças, porque a missão não é feita para pessoas que se agarram às próprias seguranças e costumes, ao contrário: é preciso ter a coragem de derrubar todas as estruturas que não servem (ou não servem mais) para a missão.

E, acima de tudo, sem esquecer a "mística do encontro", sem a qual aquele que acredita ser cristão nada mais é do que "um insuportável charlatão que não acredita naquilo que pretende transmitir". [Quem não realiza, primeiramente, em si mesmo/a o encontro com o Ressuscitado, não poderá transmiti-Lo aos outros!]

Traduzido do italiano por Moisés Sbardelotto. Acesse a versão original deste artigo, clicando aqui.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Segunda-feira, 25 de julho de 2016 – Internet: clique aqui.

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