«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Cresce o número de leitores entre jovens

Maria Fernandes Rodrigues

Em sua quarta edição, pesquisa “Retratos da Leitura” aponta,
no entanto, que 44% da população não lê e que 30% nunca comprou um livro na vida
ADOLESCENTES ENTRE 11 E 13 ANOS SÃO OS QUE MAIS LEEM POR GOSTO (42%)

Há um pouco mais de leitores no Brasil. Se em 2011 eles representavam 50% da população, em 2015 eles são 56%. Mas ainda é pouco. O índice de leitura, apesar da também ligeira melhora, indica que o brasileiro lê apenas 4,96 livros por ano – desses, 0,94 são indicados pela escola e 2,88 lidos por vontade própria. Do total de livros lidos, 2,43 foram terminados e 2,53 lidos em partes. A média anterior era de 4 livros lidos por ano.

Os dados são da quarta edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita pelo Ibope por encomenda do Instituto Pró-Livro, e foram revelados na tarde de ontem, 18 de maio, em seminário em São Paulo. Agora, outros encontros devem ser organizados para avaliar os resultados e um livro com essas análises será lançado na Bienal do Livro.

Foram ouvidas 5.012 pessoas, alfabetizadas ou não, o que representa, segundo o Ibope, 93% da população brasileira. Para a pesquisa, é leitor quem leu, inteiro ou em partes, pelo menos um livro nos últimos 3 meses. Trata-se de um amplo levantamento quantitativo que busca entender o comportamento do leitor.

Para 67% da população, não houve uma pessoa que incentivasse a leitura em sua trajetória [isso é estarrecedor!], mas dos 33% que tiveram alguma influência, a mãe, ou o responsável do sexo feminino, foi a principal responsável (11%), seguida pelo professor (7%).

A Bíblia é o livro mais lido em qualquer nível de escolaridade e o livro religioso aparece em todas as listas: últimos livros lidos, livros mais marcantes. 74% da população não comprou nenhuma obra nos últimos três meses. Um dado alarmante: 30% dos entrevistados nunca comprou um livro [! ! !].

E um dado interessante: aumentou o número de leitores na faixa etária entre 18 e 24 anos – de 53% em 2011 para 67% em 2015. A pesquisa não aponta os motivos, mas Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional de Editores, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o boom da literatura para este público pode ter ajudado mais do que uma ação para manter o jovem que sai da escola interessado na leitura. Adolescentes entre 11 e 13 anos são os que mais leem por gosto (42%), seguidos por crianças de 5 a 10 anos (40%).

A leitura ficou em 10.º lugar quando o assunto é o que gosta de fazer no tempo livre.

Aos não leitores, perguntaram sobre as razões para não terem lido nada nos três meses anteriores à pesquisa e as respostas mais frequentes foram:
* falta de tempo (32%),
* não gosta de ler (28%),
* não tem paciência (13%),
* prefere outras atividades (10%),
* dificuldades para ler (9%),
* sente-se cansado para ler (4%).

Entre os escritores preferidos dos brasileiros estão Monteiro Lobato, Machado de Assis, Paulo Coelho, Mauricio de Sousa, Augusto Cury, Zibia Gasparetto, Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Chico Xavier, John Green, Ada Pellegrini, Vinicius de Moraes, José de Alencar e Padre Marcelo Rossi.

Depois da Bíblia, o livro mais marcante para os entrevistados foi A Culpa é das Estrelas [sexto romance de John Michael Green, publicado em janeiro de 2012].

ALGUNS NÚMEROS

59% das mulheres e
52% dos homens se dizem leitores

81% dos entrevistados disseram ler mais em casa. Quanto ao e-book, ele é mais lido em cyber cafés e lan houses (42%) e no transporte público (25%)

50% dos professores disseram não ter lido nenhum livro nos três meses anteriores à pesquisa e 22% tinham lido a “Bíblia”

30% dos entrevistados responderam que o tema é o fator que mais influencia na escolha de um livro. Já o público entre 5 e 13 anos escolhe pela capa (27%)

Fonte: O Estado de S. Paulo – Caderno 2 / Literatura – Quinta-feira, 17 de maio de 2016 – Pág. C3 – Edição impressa.

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